sangues opostos se atraem.

Carne fresca

-" Katherine, ficou sabendo que chegou um aluno novo de outra escola?"

Me vejo entretida na conversa novamente, olho para minha amiga, que me responde com um sorriso no rosto, já sabendo qual era minha única pergunta.

-" Antes que me pergunte qualquer coisa, é a mais pura e fresca carne, divirta-se.

Abro um sorriso coberto de malicia, nova presa

"No dia seguinte observo toda a escola, não acho ninguém que me pareça novo. Nada me impede de olhar mais um pouco. Meus olhos o caçaram novamente, logo o achei. Eu sentia que o conhecia, era Damon.

Um sorriso coberto de malícia atravessou meu rosto. Seu cabelos vermelhos estavam molhados e caídos sobre seu rosto. Apesar disso, senti seus olhos verdes me fuzilando, dei uma risadinha ainda focada em seu olhar. Um de seus amigos o cutucou, ele voltou a conversar, ignorando meu olhar. Ouvi o sinal bater, dispensando-nos do colégio. Ele se moveu com cautela enquanto saia da sala de aula. Eu o segui no caminho de volta para casa, eu tinha planos para ele, planos que eu não abandonaria com facilidade. Ele andava de bicicleta, mas eu o esperei em um ponto da estrada, no ponto em que eu havia colocado pedras afiadas e pregos para furar os pneus da bicicleta. Assim como previsto, um de seus pneus furou, e eu não estava com vontade de voltar para casa sem a presa ganha. Ele saiu da bicicleta, analisando o pneu furado, analisando a estrada. Ele sabia que alguém havia armado isso, e pela sua expressão, estava preocupado com quem seria este alguém. Eu sai de onde estava, indo em sua direção. Ele se sobressaltou. Eu já havia feito algo parecido antes com um de seus amigos, e ele sabia como acabaria. Alguém voltaria para casa coberto de hematomas, e esse alguém não seria eu. Eu avancei (...)"

"Assim que chego em casa, me surpreendo em dar de cara com minha mãe, ela estava com uma advertência na mão, eu estava suspensa da escola por 2 dias.
Droga, isso tudo só por conta que bati em um garoto? Foi auto defesa ! Ele tocou em mim, nunca deixaria isto impune. "

-" Eu vou amanhã de qualquer jeito, com suspensão ou não.

Minha mãe não ligou, apenas me deu um tapa e me humilhou. Achei leve , é minha mãe, ela é pior que isto, oque deu nela?

Vou até meu quarto e me deito na cama, resmungo ao lembrar que teria de levantar novamente para trocar minha roupa. Assim que tiro minha blusa, ouço meu celular tocando, me aproximo da cama para ver quem era, "número desconhecido (1***)" decido atender, minha curiosidade me atiça.

-" Alo? Katherine?"

Reconheço aquela voz de longe, era Damon o menino de hoje mais cedo. Soltei uma risadinha na chamada

- Oioi, Damon !

Dou uma gargalhada , ele fica frustrado, percebi por sua respiração ficando pesada e mais frequente depois de minha fala.

Horas se passaram e minha mãe estava junto ao meu pai na porta, eles disseram que iriam conversar comigo. Eu não caio mais nessa , eu odeio vocês mamãe e papai. Como o esperado, meu pai acabou comigo, tanto fisicamente e psicologicamente, desta vez ele exagerou no castigo, ele pegou alguns dos copos de vidro que tinham sobre minha cabeceira e jogou contra mim, meu braço estava rodeado de cortes e hematomas. Descontroladamente, lagrimas surgiam e eu me via em pânico de novo.

Passaram-se dois dias depois disto, finalmente poderia voltar ao colégio e finalmente determinaria se eu realmente iria

Quando finalmente é anunciado os quartos, desejava ficar com Damon e lia, só de ranço. E como eu disse, se fez. Lia, Damon e eu ficamos ao mesmo dormitório, a diversão só começou.
Solto uma risadinha maliciosa enquanto Damon me encarava com ódio .