Introdução

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Eu penso naquele dia em que nos conhecemos, teria sido sorte ou maldição?
Eu teria tido dias mais felizes ou mais difíceis se eu nunca tivesse achado seus olhos tão lindos?
Se eu tivesse cancelado meus planos e aceitado aquele convite para ir à praia, então, ao invés de estar indo para o trabalho aquele dia,
eu estaria em uma viagem de ônibus junto a pessoas que eu amava.
Eu não teria te dado meu número, eu não teria conversado com você durante o dia, eu não teria feito planos pra nós.
Eu não teria quase acreditado quando você disse que me amava, e caramba, eu estava tão perto de acreditar.
Tudo combinou para que eu te encontrasse, teria sido sorte ou maldição?
Sinceramente, nem eu sei.
Esses poemas eu escrevi enquanto eu tentava entender o que eu sentia, enquanto, eu tentava entender porque você iria embora da minha vida, como um covarde sem dizer mais nada, enquanto eu tentava me curar de você.
E eu senti a mágoa, a dor, desesperança, a raiva, a saudade, a vontade de te ligar, a vontade de nunca mais te ver.
E é por isso que meus versos não tem ordem, porque nesse processo de cura, não existe ordem alguma.
São mais de 40 dias agora desde que terminamos, eu me sinto curada de você agora, mas isso não quer dizer que vez ou outra eu não me lembre, vez ou outra eu não me culpe.
Vez ou outra eu não preferisse ter me atrasado aquele dia, ter uma consulta aquele dia, ter um compromisso aquele dia. Vez ou outra eu desejo nunca ter te conhecido.
É assim que eu sinto, de toda forma.

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