5. Tire isso de mim.

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ATENÇÃO! Esse capitulo contém: gatilho, violência e abuso.

...

Eu estava com um mau pressentimento... Arrepios percorriam por todo o meu corpo assim que pisei na universidade.

-Por que você está assim?- perguntei a Itadori.

Yuji- Assim como?- disse, estava obvio que tinha alguma coisa rolando.

-Você tá todo esquisito- disse mordendo a ponta do lápis, vendo as mão inquietas do garoto bater sobre a mesa.

Yuji- Eu só estou... pensando sobre algo- disse sem olhar pra mim- A gente pode falar sobre depois?- disse por fim, me olhando.

-Ah, claro...- disse voltando a prestar atenção na aula de Nanami, que me fuzilava com os olhos.

Tinha alguma coisa acontecendo com o Yuji, e algo me diz que me envolve... de certa forma.

Horas e horas se passavam, até que no final da aula, Yuji me propõe algo.

Yuji- Quer ir em uma lanchonete antes de irmos para casa?- perguntou.

-Sim, claro- aceitei, fazia um tempo que não saímos juntos.

Subimos na moto e fomos para a lanchonete mais próxima, mas aquela sensação irritante não se desfazia. Me deixava irritada.

Assim que chegamos, nós entramos e nos sentamos em uma mesa do fundo. Fizemos nossos pedidos e quando chegou, perguntei novamente.

-O que foi?- perguntei.

Yuji- Eu não quero ser chato... Mas, tem como... Você voltar pra sua casa?- disse nitidamente nervoso.

-O que?- perguntei sem entender.

Yuji- Eu... Só to com medo do Sukuna te encontrar- disse batendo o indicador na mesa, e por um momento, pude ver seu olhar ir em direção a uma mesa e seus olhos arregalarem, e quando olhei pelo canto dos olhos... Vi a estatura de um homem... Um homem na qual eu já havia desfrutado- Sn?

-Hã?- disse trazendo o olhar por ele novamente.

Ele estava me seguindo? 

Primeiro em minha casa... e agora aqui?

Yuji- Então... Você pode voltar pra sua casa?- disse.

-Ah... Okay...- disse tomando um gole.

Pagamos nossas coisas e saímos do local, indo para a casa do Yuji, buscando as minhas coisas.

-Bom... Nos vemos na faculdade- disse sorrindo.

Yuji- Sim, fico feliz que não tenha se magoado... Acho que é isso que eu mais admiro em você, é feliz e animada independente da situação- disse com um sorriso enorme.

-Hahahaha, bom saber disso- disse retribuindo o sorriso.

Subi na moto e voltei pra porra daquela casa.

Ao chegar, pude ver aquele homem na qual eu infelizmente chamo de pai.

"Pai"- Onde você estava, sua vadia?- disse me pegando pelo cabelo- Sentiu falta do papai, hum?- disse sorrindo.

-U-Uh... P-Pai- disse com dificuldade por conta da dor.

"Pai"- Acha que vou deixar passar o que você fez? Eu levei três pontos na cabeça por sua casa, sua puta- disse me acertando um tapa no rosto.

-M-Me desculpa, p-papai- disse sentindo a ardência dos tapas se fazerem presente.

"Pai"- Tira a roupa- me jogou no chão.

𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙀𝙮𝙚𝙨- 𝙍𝙮𝙤𝙢𝙚𝙣 𝙎𝙪𝙠𝙪𝙣𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora