Sadie, uma professora de história e focada totalmente em seu trabalho, vê sua vida mudar drasticamente assim que começa em seu novo trabalho na Academic Magnet High School, na Carolina do Sul. Ao notar a garota nerd que sofria bullying, tenta desesp...
Fazendo essa fic so pq sonhei com a minha professora de química e tô apaixonada. Dps eu faço uma fic baseada em Sandman.
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S/N KEPNER
Para os cristãos, o inferno é um lugar terrível, composto de sofrimento, onde as almas sofrerão eternamente após a morte pagando pelos seus pecados cometidos em vida. Um lugar em ruínas, cheio de fogo, dor e perturbação. Para outros, era apenas um lugar subterrâneo habitado por mortos.
Para pessoas como eu, o inferno é o preço que se paga pela vida. Quanto mais tempo o ser humano vive, mais tempo tem para conhecer o verdadeiro sofrimento. Acredito que não preciso realmente mudar para um mundo subterrâneo para conhecer o verdadeiro sinônimo de "inferno". Não quando Harry Parker e sua turminha me lembravam de como era viver isso todos os dias.
-- PARA! -- gritou fred, meu melhor amigo, ao me ver ser espancada -- PARA, POR FAVOR!
-- segura, aberração! -- Harry falou em tom baixo, mas o suficiente para meus ouvidos aguçados ouvirem antes de receber um soco no estômago.
Por poucos segundos, meus olhos encontraram Fred. Estava sendo segurado por dois garotos maiores que ele, sendo forçado a me assistir cair de joelhos no chão, sem forças. Fred chora e implora para que me deixem ir, mas só após o sinal tocar, finalmente sou liberta das mãos fortes de Steve, um dos amigos de Harry.
-- vê se faz a minha lição direito da próxima vez. -- ele avisou, chutando minha mochila antes de sumir.
Apenas Fred e eu estávamos naquele beco vazio agora. Ele correu até mim, tentando me ajudar a levantar. As lágrimas presas em seus olhos vermelhos mostravam o quanto estava assustado.
-- com cuidado. -- ele pede, me segurando pelo braço. Com sua ajuda, consigo, enfim, ficar de pé.
Ele me solta por poucos segundos, apenas para correr até minha mochila jogada no chão e a pegar, colocando sobre suas próprias costas em seguida. Logo volta até mim, passando um de meus braços por seus ombros e abraçando minha cintura.
-- consegue andar? -- assenti devagar, não conseguindo proferir uma única palavra. -- vamos, irei cuidar de você.
Meu nariz sangrava, assim como o pequeno corte no supercílio. Em minha pele, sei que ficariam marcados todos os socos dados por Harry, assim como os outros ainda não curados.
Fred me leva diretamente ao estacionamento da escola, já vazio após o sinal tocar. Assim que avista seu carro estacionado, ele me guia cuidadosamente até lá, tendo paciência com os meus passos lentos. Para não me machucar, cuidadosamente retirou a chave do carro do bolso e abriu o carro. Abre a porta e me ajuda a sentar no banco de trás. A porta fica aberta enquanto ele abre o porta malas e tira a maleta de primeiros socorros.
Fred e eu nos conhecemos no nosso último ano juntos no fundamental. Agora, no último ano do ensino médio, Fred é praticamente meu irmão. O bullying começou na metade do ano passado, assim que Harry foi transferido para nossa escola após ser expulso da última que frequentou por agredir um professor. Fred e eu somos os principais alvos dele e seu grupo, composto por cinco pessoas. Desde então, Fred sempre anda com uma maleta de primeiros socorros.
-- você sabe que precisamos contar a alguém, não sabe? -- ele pergunta, enquanto dá leve batidinhas com o algodão encharcado de álcool em meu ferimento no supercílio. Faço uma careta de dor. -- me desculpe.
-- você lembra do que aconteceu da última vez que tentamos fazer isso. -- digo, respirando fundo para conseguir falar direito -- você quase morreu. Fred, eles te agrediram tanto que você foi parar no hospital. --
-- eu sei. -- diz -- mas estou disposto a tentar novamente. Odiei ter que ver você passar por isso de novo. --
-- você vê todos os dias e vise versa. -- digo, olhando nos olhos azuis dele.
-- sim. Mas estou esgotado! -- ele continua limpando meu ferimento -- estou disposto a correr o risco para te tirar disso. --
-- mas eu não. -- falei -- você está disposto a se machucar para que eu pare de sofrer. E eu estou disposta a sofrer para que você não volte para o hospital. --
-- você não entende...-- corto a fala dele.
-- não. Você não entende! -- tento me levantar, mas acabo sentando novamente por conta da dor no abdômen -- você não entende. Ele fez com que você parasse no hospital. Não sabemos o que ele pode fazer agora.
Fred fica me olhando com olhos suplicantes, mas não cedi a isso. Ele fica calado e continua cuidando dos meus ferimentos, então deixei com que o assunto morresse ali. Ambos sabíamos o que aconteceria caso isso viesse a tona e Harry ficasse sabendo.
[...]
-- estão atrasados. -- fala a mulher desconhecida assim que Fred abre a porta da sala. -- está tudo bem?
-- quem é você? -- perguntei, estranhando a mulher ruiva sentada na cadeira da professora.
-- chegaram atrasados de mais para receber o comunicado de que substituirei a professora de história. -- ela sorriu, mas não sorri de volta. -- eu sou a professora Sadie Sink.
-- ok. -- falei e tentei caminhar até minha cadeira, mas parei no lugar por causa da dor.
Sadie levanta de sua cadeira rapidamente e vem até mim. A mulher estranha me olha com preocupação, enquanto Fred ainda me segurava. Abaixei meu rosto para que ela não visse os machucados, mas ela o levantou com o indicador. Estávamos atraindo todos os olhares daquela sala, mas a professora parecia não se importar.
-- o que houve com você? -- perguntou ela, bastante preocupada -- precisa ir até a enfermaria? --
-- ela ficará bem, professora. -- disse Fred -- apenas caiu da bicicleta.
Sadie olhou de forma estranha para Fred, o analisando de cima a baixo. Parecia desconfiada de algo.
-- ele está falando a verdade, professora. -- eu disse, me soltando dos dois -- posso ir para o meu lugar agora?
Ela assente devagar, não convencida. Fred me ajuda a caminhar até meu lugar e coloca minha mochila sobre a cadeira, logo me ajudando a sentar. Todos os olhos daquela sala, incluindo os azuis da professora, nos observavam atentamente. Eu não ligava. Já estava acostumada a chegar assim na sala de aula.
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O primeiro cap é sempre o de menos criatividade, odeio passar por ele. Odiei esse.
