pintura a óleo

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Avisos antes de ler:

▪︎ Contém +18 mas com sentimentos e sendo mais doce, não esperem algo pesado demais.
▪︎ Boa leitura a todos, espero que gostem.

Caspian mais uma vez deixou a frustração levá-lo, já é a quinta vez desde Edmundo que ele tenta desenhar algo e nada mais do que o belo rosto do Pevensie aparece em suas pinturas, nada mais parece motivá-lo, nem mesmo Edmundo, ele apenas recria imagens que aparecem em seus sonhos mais doces ou obscenos, nada que fosse criativo ou único.

Edmundo se foi levando sua inspiração com ele, Caspian não consegue mais desenhar mesmo depois de tentar tantas vezes, ele não tem mais motivação, não tem criatividade, é como se uma onda de tristeza atingisse sua mente o deixando paralizado, quando ele tenta pintar algo sua mente ficasse em branco total.

Ele tentou falar com Edmundo uma vez quando teve a visita de Susana e seu noivo para a pintura do seu quadro, foi apenas uma decisão e sem um início na tela, Caspian iria iniciar o quadro daqui a algumas semanas antes do casamento. Ele perguntou a Susana sobre sua família, sem deixar claro que gostaria de saber especialmente sobre um deles, Susana o respondeu que todos estavam bem menos seu irmão, Edmundo, que parecia um pouco diferente do normal mas que continua seguindo sua vida normalmente, Caspian ficou feliz em saber que o menor seguia em frente mas foi um pouco frisante saber que ele estava deprimido.

Observando os quadros cobertos no seu ateliê, Caspian focou em um especial coberto por uma toalha dourada, calmamente ele caminhou até o quadro e começou a puxar a toalha o mais lentamente possível. A bela imagem de Edmundo deitado em sua cama foi o gatilho para deixa-lo com um sorriso terno nos lábios. Caspian ainda não teve a coragem necessária para terminar a pintura, não depois que Edmundo se foi o deixando miserável, triste, sem motivação alguma, não é culpa dele, jamais que Caspian culparia o Pevensie por sua inutilidade, é simplesmente culpa do destino que quis assim, não é de Caspian e muito menos de Edmundo que ele ainda esteja se descobrindo.

Suspirando, ele se foi. Caspian decidiu desistir de tudo, ele ficará até o dia em que fará a pintura de Susana pois prometeu a família Pevensie e então finalmente voltará para suas origens, para sua família para que herde os negócios, no fim seu pai e mãe estavam certos, Caspian não se daria bem como artista e a vida fez o maior ato para provar esse ponto.

Como uma forma de espairecer, Caspian resolveu dar uma bela caminhada pela cidade para poder sentir um pouco mais de liberdade, ele se arrumou com uma de suas melhores vestes para um passeio e caminhou até a porta somente para ser surpreendido por um anjo com o braço estendido. Edmundo parecia prestes a bater na porta mas desistiu assim que Caspian a abriu, o mais velho com a boca aberta maravilhado, Edmundo como sempre estava tão belo com sua camisa preta e colete de mesma cor, a calça preta justa e uma bota alta, a diferença é que ele usava luvas da mesma cor que a camisa, Edmundo se vestia de uma maneira vulgar mas que combina tanto com sua aparência, Caspian gostaria de vê-lo usar cores diversas como verde, vermelho ou azul, mas preto parece realçar sua pele.

- Edmundo? - Caspian perguntou em total surpresa, a boca entreaberta e os olhos arregalados.

Edmundo desviou os olhos para o chão por alguns segundos e logo após os voltou para uma troca de olhares com Caspian, seus olhos castanhos continuavam com aquele belo brilho como es tivessem milhares de estrelas ali. Edmundo abriu a boca apenas para fechá-la novamente, ele claramente não sabia o que falar e não planejou o que dizer quando bateu na sua porta.

- E-eu_- Ele começou meio trêmulo - Posso entrar? - Apontou para o quarto.

- Sim, claro - Caspian se afastou da porta dando espaço para que ele entrasse, Edmundo fez.

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