━━━━ ★ ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ

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Chittaphon preparava tudo rapidamente com seus colegas de trabalho. Mais um incêndio tinha sido alertado, então eles não perderam tempo em arrumar tudo nos devidos lugares para saírem e chegarem o mais rápido possível. 

A residência era perto, e por mais que fossem cinco da manhã, alguns vizinhos já estavam acordados e evacuado suas casas que se encontravam também em risco por serem bem do lado da casa que estava ardendo.

— Tem uma garota lá dentro, ela não conseguiu sair ao pegar suas coisas mais importantes, ficou presa por causa de um pedaço do teto que caiu. — Uma senhora, já de idade, apontou para o teto que estava caindo. — Salvem ela, por favor, ela ainda é tão jovem. — Chittaphon foi o primeiro a entrar na casa enquanto os outros colegas ligavam as mangueiras para extinguir o fogo que já consumia praticamente a casa inteira. 

Entrando, por mais risco que fosse, mas ele nunca se recusaria a salvar uma vida, ele arrombou a porta do possível quarto quando tirou  pedaço de teto que estava interrompendo a passagem, vendo uma garotinha que parecia ter no máximo uns dezoito anos, tossindo enquanto pedia ajuda, sendo logo segurada pelo bombeiro e levada ao colo enquanto segurava uma pequena mochila.

Saindo da casa, por mais complicações que estivesse tendo, ele conseguiu a colocar em condições na ambulância que veio praticamente ao mesmo tempo que o carro dos bombeiros, colocando-a lá dentro e então voltando para ajudar seus colegas, por mais que tossisse. Sabia que tinha em seus pulmões dióxido de carbono, mas mesmo um pouco longe da casa, ele ajudava, por mais que ainda tossisse. Foi lhe pedido que fosse até a ambulância, mas ele disse estar bem. Não era a primeira vez que ele combatia um fogo e salvava alguém, sempre colocando a vida do próximo à frente enquanto entrava dentro de uma casa em chamas, fosse quem fosse para salvar, tivesse o cadastro que tivesse. Era uma vida e ele nunca deixaria para trás.

Assim que o fogo foi dado como extinto, procuraram saber como foi originado, descobrindo que a jovem era de baixos recursos assim como todos do bairro, pois viram uma botija de gás explodida, essa que originou o incêndio que se alastrou na casa toda.

Ela chorava pois a única coisa que tinha consigo foi o que conseguiu colocar dentro da mochila, esquecendo-se por total do celular e dinheiro, contendo um pequeno diário e um album de fotos além de outras coisas importantes para si, e isso de facto tocou todos os que cuidavam das possiveis queimaduras dela, ouvindo-a em seguida em rezar numa língua que não conheciam, mas parecia ser a nativa da garota, já que ela apresentava características ocidentais.

— Ela está bem? — Chittaphon perguntou, já um pouco recuperado da sua tosse, pronto para se ir embora no carro dos bombeiros, porém decidiu entrar na ambulância quando viu que talvez seria melhor ficar ali dentro, ainda mais porque foi ele que a salvou, ainda mais porque seus colegas ainda achavam bem ele passar pela ambulância, porém ele não pediu nenhum tipo de auxilio, pois já estava sem tosse. Estava mais preocupado com a garota, pois não sabia sequer se ela morava sozinha e seus vizinhos estavam preocupados com o estado de saúde dela, já que somente viram o bombeiro tailandês com ela no colo, a levando para a ambulância.

— Ela não possui queimaduras, mas vem a tossir um pouco. Iremos levá-la para o hospital para ser melhor examinada, e também acompanhada.

— Certo, peço que me levem também, apenas para deixar meus colegas descansados. — Eles assentiram e deram partida assim que fecharam as portas, levando o bombeiro e a salvada para o hospital, onde foram examinados e graças a deus que não tinham nada fisicamente que seja preocupante, porém o trauma na garota era presente, pois ela tinha perdido tudo. Não tinha dinheiro, não tinha nem celular para poder contactar a família, mas assim que Chittaphon descobriu que ela tinha os contactos dos familiares no seu diário, pediu a uma das enfermeiras que emprestasse o celular por um momento, assim para ela avisar, porém, a jovem quis negar, mas o tailandês não deixou. Enfim, ela ligou e uma hora depois, uma garota um tanto parecida com ela — só mudava que ela tinha características coreanas mesmo que notasse-se que ela tinha uma possível descendência de fora — abraçando-a rapidamente e pedindo para ela voltar para casa dela, que iria cuidar dela ao contrário de outros que a abandonaram, que mesmo sendo apenas uma prima — coisa que Chittaphon pensou um tanto se era prima ou possível irmã — ela queria ser como uma irmã mais velha, ou mesmo como uma mãe, por mais que nunca conseguisse ser realmente, já que pelo que o tailandês ouviu, elas tinha um ano de diferença.

— Foi ele que me ajudou a ligar para você. — A garota apontou para o bombeiro, que apenas coçou sua nuca sem jeito, ainda mais quando a garota mais velha entre elas lhe agradeceu.

— Eu apenas fiz o meu trabalho. Nunca me arrependerei de ter salvado uma vida, tenha a pessoa cadastro que tiver, seja ela pobre ou rica. A vida dela estará sempre em primeiro lugar. 

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⏰ Last updated: Apr 18, 2023 ⏰

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Fire Truck | ten chittaphonWhere stories live. Discover now