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Lyra








- Você está linda! Giu solta um gritinho animado.

Porra... eu pareço um cordeirinho prestes a ser levado ao matadouro.

Franzo os lábios, olhando para as joias que Giu trouxe para mim.

Rubis.
Safira.
Esmeralda.

- As esmeraldas- ela diz- são lindas, combinam com a cor dos seus olhos.

Sorrio, e as pego.

- São perfeitas- coloco o colar com esmeralda no centro e pequenas pedras brancas, depois pego os anéis que são no mesmo estilo do colar, que parecem um arco e não chegam a ser um círculo.

Giuseppina aponta para o anel solitário perto de uma pulseira branca, que parecem flocos de neve.

O anel tem uma enorme esmeralda no meio.

Decido também pegar a pulseira.

Giu sorrir.

- Eram de sua mãe- ela diz emocionada.

Admiro a pulseira em meu pulso, percebendo que há uma pequena moeda no centro e...A+A.

As iniciais deles.

Limpo a garganta, não deixando as emoções me dominarem.

- Obrigada- digo pegando os brincos de esmeralda.

- Eu não poderei acompanhá-la- diz ela- eu até diria que gostaria, mas estaria mentindo.

Rio, Giuseppina era boa em manter seu humor afastado das pessoas, mas comigo ela não precisava disso.

- Também prefiro que você fique longe disso, não é algo pros seus olhos de corsa.

- Eii- ela diz rindo.

Batidas desenfreadas soam da porta, Giu imediatamente tira o sorriso de seus lábios, ficando séria.

A porta se abre e Regina entra em toda sua glória de merda. É claro que ela usaria um vestido preto, ela é totalmente contra isso, e deixou bem claro.

- Já está quase na hora, só vim para me certificar que está tudo em ordem.

Claro, ela não confia em mim, e muito menos na minha capacidade de escolher uma roupa " adequada" para ocasião.

Ela me lança uma olhar curioso, e não diz nada sobre a roupa, se ela não gostou não disse nada, muito menos deixou seu desgosto transparecer .

O que é um grande avanço, considerando sua antipatia.

Ela se aproxima, e meu corpo entra na defensiva.

Mas apenas estende sua mão direita, há um lenço cobrindo algo.

Pego de sua mão, mantendo distância dela.

Desenrolo o lenço e me surpreendo com uma adaga preta e uma serpente enrolada no cabo, levanto ela até os meus olhos.

- O símbolo da casa- diz ela indo em direção a porta- você vai precisar- e sai sem dizer mais nada.






                                •••






                          

                              Ezra







O final é onde tudo começa...Onde histórias criam vida. Descubra agora