As águas cristalinas corriam tranquilamente. A grama estava verde com gotículas por conta do orvalho matinal. Flores enfeitavam as àrvores enquanto suas pétalas planavam com o vento tranquilo.
Era uma manhã perfeita.
Sasuke não tinha dúvidas desse fato. Traçava cuidadosamente a sua paisagem favorita.
Sentado num banco de madeira, sem ninguém para tirá-lo de seu mundo.
Bom, não por muito tempo.
- Você sabe que horas são, meu jovem? - questionou uma senhora de cabelos longos vermelhos e com alguns fios brancos, sua pele não tinha mácula ou linhas de expressão e sua voz era calma e reconfortante de ouvir.
Sasuke olhou seu relógio e nele marcavam...
- São sete e sete - respondeu o mais jovem olhando para o pulso.
Sumiu.
A senhora sumiu.
Assim como havia aparecido ela se foi.
Deveria ser o sono?
Ou estaria ele dormindo e aquilo era um sonho?
Tentou passar o dedo na palma da mão e não atravessou.
- Não estou sonhando. - constatou ele.
Uma brisa suave trouxe um cheiro de flores e de outro...
Outro...
Odor?
Sangue?!
Seguiu o rastro do cheiro como um cão de caça.
Será que alguém se machucou?
O que teria acontecido?
Foi então que chegou ao local onde o cheiro era mais forte.
Inconsciente.
Um homem adulto estava caído no chão e em sua cabeça tinha um corte não muito profundo.
O problema eram... seus pulsos.
Não me diga que ele...
- Meu Kami! - exclamou Sasuke colocando uma mão na boca.
Ligou para a emergência.
Por ser menor que aquele homem, não conseguiu tirá-lo do local em que o mesmo estava deitado.
Ele tinha que estar bem!
Ele não podia... não tinha esse direito!
Lágrimas começaram a escorrer enquanto esperava a ambulância chegar. Sasuke havia explicado a situação por telefone.
Após o pronto-socorro chegar ao local, recolheram o homem e começaram os procedimentos.
- Ele vai ficar bem, não vai? - questionou o jovem à socorrista de cabelos loiros e olhos castanhos.
- Não posso te dar falsas esperanças. Ele perdeu uma quantidade considerável de sangue. A não ser que consigamos um doador a tempo, ele não irá sobreviver. - não conhecia aquele homem, nunca havia sequer o visto.
Sua aparência era de palidez e tristeza. O semblante estava abatido e seus olhos pintados com olheiras escuras.
- Eu sou O-. Eu posso doar. Só o salvem. - falou com convicção enquanto olhava o homem desacordado.
『••🩸••』
Sete meses antes
- Lamento muito, senhor Uzumaki. Ela não sobreviveu. - disse o médico com pesar na voz.