Dia 1

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Era mais um dia como qualquer outro. Ou ao menos deveria ser. Lucy acabara de chegar junto com sua equipe, considerada a "mais forte", de um trem vindo da cidade de Onibas. Eles haviam acabado de cumprir uma missão simples e com um pagamento razoavelmente bom. O único problema era efetivamente a própria equipe que fez a missão.

Algo que era simples, se tornou um pandemônio. Natsu e Gray destruíram mais coisas do que o valor da recompensa talvez fosse capaz de pagar e Erza puxou briga desnecessária com um grupo que, aparentemente, insultou a confeitaria favorita dela.

Isso resultou em: recompensa usada para pagar os danos e Lucy com alguns ferimentos oriundos de uma briga por bolo. Sim. Bolo.

— Maldição — praguejava Lucy pela décima vez desde que chegaram em Magnólia.

— Poxa, Luce, não precisa ficar com raiva. — Natsu disse enquanto andava despreocupado com ambos os braços atrás da cabeça e os olhos fechados. — Ao menos a gente se divertiu.

Ele soltou um daqueles sorrisos capaz de acabar com a Guerra Mundial – em dias normais. Mas hoje não é um dia normal. Lucy estava puta. Seu aluguel venceria em uma semana e pelo visto, ela teria que usar o dinheiro de emergência.

Lucy suspirou profundamente, tentando se segurar para não esganar o dragon slayer ao seu lado.

— A culpa é sua, cabeça de fósforo! Se você controlasse esse seu fogo de merda, metade das coisas não teriam sido destruídas. Tá precisando treinar o controle, seu idiota! — Gray disse alfinetando o amigo.

— Minha culpa seu cu, picolé de cueca! Se você não tivesse me acertado com aquele ataque bosta do martelo de gelo, eu não teria perdido o foco. Fora que se eu destruí uma metade, você destruiu a outra! — Natsu rebateu.

Ambos já estavam cara a cara, emanando magia e aura de guerra, estavam prontos para brigar novamente e quebrar mais coisa ainda.

Lucy já suspirou umas três vezes desde que começou essa briguinha infantil. Mas ela ia conseguir se controlar.

— Vocês vão continuar brigando? — Erza disse firme com uma aura densa e assustadora. — Lucy está certa! É realmente inadmissível o que vocês fizeram! Destruíram praticamente toda a praça central da cidade! Vocês precisam melhorar e não trazer desonra e sujar o nome da Fairy Tail.

Erza dizia enquanto andava com os olhos fechados e cenho franzido. Lucy suspirou mais uma vez.

— Mas Erza, não foi você que destruiu aquela feira toda só porque aqueles caras falaram mal da confeitaria que você gosta? — Happy disse zombeteiro com ambas as mãos na boca.

— Aquilo era uma situação atípica! — Ela respondeu empunhando uma espada para o ar. — Lucy, por favor, me puna! Eu trouxe desonra para a Fairy Tail.

— Gente, eu estou realmente me segurando para não xingar todos vocês, simplesmente porque os amo, mas se continuarem torrando a porra da minha paciência, vou mandar todos vocês tomar no meio do cu. — Lucy que já andava bem a frente disse entre-dentes.

— Teoricamente só de dizer isso ela já não está nos mandando tomar naquele lugar, Natsu? — Happy questionou.

Depois disso, Lucy desistiu de vez de ouvir aqueles quatro e acelerou o passo para chegar logo em casa. Ainda estava amanhecendo o dia, então pretendia passar em casa antes para deixar suas coisas, colocar a roupa suja para lavar e tomar um banho antes de ir para a guilda para que Wendy pudesse dar uma olhada nos seus machucados.

Ao chegar em seu endereço, a primeira coisa que Lucy notou foi um papel colado em sua porta. Aviso de vencimento. Ela pegou o aviso com raiva, por lembrar o dinheiro perdido nessa missão idiota e o amassou, jogando na lixeira da cozinha assim que entrou em casa. Quando ela se virou para colocar sua mochila sobre a mesa, ela entrou em choque: sua casa estava totalmente revirada. Não revirada de estar destruída, mas revirada de estar praticamente tudo fora do lugar. Parecia que alguém tinha entrado ali e procurado incessantemente por algo.

7 dias para se apaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora