Arruinando sua vida social

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Na décima quinta barraca exposta no corredor, Chou Tzuyu ainda aguardava impacientemente, deslizando os dedos sobre a mesa sem qualquer inspiração. Era obrigada a permanecer ali, embora já estivesse totalmente convencida de que ninguém compraria seu produto ou contrataria seu serviço. Havia se esquecido do trabalho de publicidade e, de última hora, precisou colocar todos os seus neurônios para funcionar.

O projeto exigido por Kim Taeyeon era relativamente fácil. Os alunos deveriam elaborar um produto ou uma prestação de serviço, de modo que pudessem vendê-los durante a exposição para algum outro aluno. Um contrato fictício deveria ser assinado e entregue à Taeyeon como prova da conclusão do projeto.

As competências desenvolvidas no trabalho envolviam marketing, publicidade e persuasão em vendas. Mas para Tzuyu, as únicas competências desenvolvidas eram, respectivamente, sono e tédio.

Estava há horas naquele banco, olhando os alunos passarem de um lado para o outro, sem sequer encarar sua pobre e feia barraca, até porque, seu negócio não era nem um pouco atrativo. Em especial, aquela placa feita com cartolina.

Já descrente de toda aquela bobagem, Tzuyu se levantou, pronta para juntar tudo e subir para a sala. Entretanto, espantou-se ao ver a garota de cabelo rosa parada à frente, olhando para a placa, um tanto intrigada.

— Gostaria de saber mais sobre o que está vendendo — ela murmurou, curiosa.

— Espera, isso é sério? — Tzuyu olhou para a própria barraca. — Achou isso interessante?

— Você quer uma cliente para tirar total no trabalho ou não?

— Sim, sim, é claro! — Tzuyu limpou a garganta, aproximando-se da garota. — Bem, meu trabalho é ajudar você a conquistar seu interesse amoroso. Ofereço planos infalíveis para que você saia desta faculdade casada.

— Por Deus! — a garota abriu um sorriso eufórico, o que serviu apenas para deixar Tzuyu completamente apreensiva. — Eu amei a sua ideia!

— É o quê?

— Você caiu do céu, não foi? Vamos, onde está o contrato?

— É alguma brincadeira?

— De jeito nenhum! — a rosada negou. — Eu quero contratar o seu serviço. Tenho três interesses na faculdade e preciso terminar o semestre com pelo menos um deles.

— Três?

— Três.

— Três? — Tzuyu mostrou três de seus dedos.

— Algum problema? — Sana indagou.

— Nenhum, contanto que você pague cada centavo e cumpra todas as minhas cláusulas. — a Chou analisou a rosada da cabeça aos pés. — Assine o contrato e eu me responsabilizo por todo resto.

— Parece perfeito! — Sana bateu palminhas desajeitadas. — E quais são as cláusulas do seu contrato?

O sorriso maldoso surgiu imediatamente nos lábios avermelhados da Chou. Puxou o papel abandonado sobre a mesa e, com grande classe, o posicionou em frente aos olhos, pronta para ler tudo que planejou quinze minutos atrás em uma pressa sobre-humana. Afinal, não queria ser pega no flagra por Taeyeon mais uma vez.

— Está fazendo um bom negócio. — a mais alta passou a língua sobre os lábios, os umedecendo lentamente, dispondo-se a apresentar o que escrevera no contrato improvisado. — As cláusulas são...

Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]Onde histórias criam vida. Descubra agora