Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]

Namoram?

— Ela deve ter publicado algo depois de olharmos aquele blog ridículo. — Sana puxou seu celular do bolso, mas imediatamente viu Tzuyu levantar-se, pegando o aparelho de sua mão. — Que foi agora?

— Você vai mesmo perder tempo olhando esse blog bobo quando deveríamos estar planejando seu encontro com a Nayeon? — a Chou não era a melhor em disfarçar os seus interesses, e isso ficava claro a cada segundo. — É só ignorar essas pessoas e a Park.

— Como se fosse super fácil ignorar tudo isso.

Tzuyu viu a multidão aproximando-se, bem como os sorrisinhos bobos e os gritinhos incontidos de algumas garotas ao vê-las tão próximas.

— Merda!

— Por que não quer que eu entre no blog?

— Não é isso, Sana.

— Eu não vejo outra explicação. Tem algo lá que eu não possa ver?

— Não tem nada lá. Nadinha. Nada mesmo. — Tzuyu correu os olhos pelo local, vendo a multidão triplicando a cada segundo. — Várias fofocas, mas nenhuma sobre nós.

— Me devolve o celular agora! — a rosada esbravejou.

E sem mais opções, Chou Tzuyu enroscou seus dedos no moletom da garota, trazendo-a para perto de uma só vez. Talvez o ideal fosse tentar disfarçar toda aquela confusão.

— Você pode, por favor, parar de brigar comigo? Desse jeito as pessoas vão realmente pensar que temos alguma coisa!

— Espera, as pessoas pensam isso? A Nayeon pensa isso? — Sana olhou preocupada para a mais alta. — Droga, Tzuyu!

— Já sei, olha, me bate — a Chou sugeriu.

— Quê?

— Me bate.

— Eu não vou bater em você. Ficou maluca?

— Assim as pessoas vão desistir dessa obsessão ridícula. Vai logo, você já queria me bater por causa da pasta mesmo.

Hesitante, Sana decidiu acertar um leve tapa contra o rosto da Chou, o que imediatamente atraiu os olhos curiosos até dos que estavam nos corredores do prédio à frente. E então, como se nada pudesse piorar aquele contexto, uma voz grita de dentro da multidão:

— SANA E TZUYU ESTÃO BRIGANDO!

Naquele momento, uma correria generalizada começou. Todos que estavam nos corredores, pátio e até mesmo nas salas juntaram-se ao mar de alunos correndo em direção à rodinha formada ao redor da mesa, a famigerada mesa onde Sana e Tzuyu sempre estavam.

Os olhos apavorados das duas garotas ainda buscavam um cantinho para o qual correr e fugir daquela estranha e gratuita fama.

— QUEM COMEÇOU A BRIGA? — gritaram de dentro da multidão, mais uma vez.

— Nós não estamos brigando! — Sana exclamou, e imediatamente os gritos eufóricos e os aplausos começaram. — Na verdade, estamos brigando, mas não é da conta de vocês.

Os ruídos e resmungos tristonhos voltaram a preencher o local. Sana e Tzuyu olharam uma para a outra imediatamente, confusas com tudo aquilo.

— Ei, eu vi, elas se olharam! — alguém falou com grande emoção. — ELAS NAMORAM MESMO!

— Namoram? — Sana quase engasgou ao ouvi-los. — Gente, não, espera aí, não é isso...

— Sei o que pode ajudá-las! — Mina finalmente surgiu entre a multidão. — Beija, beija, beija!

E dentro de segundos, dezenas e mais dezenas de alunos repetiam em coro aquela bendita palavra.