Obs: Quando as falas estiverem em negrito e entre aspas as personagens estão falando em Português.
Boston, Massachusetts
Author's view.
Aos cinco anos, Clarice, havia se mudado para os Estados Unidos e agora, aos dezoito, saia de Los Angeles e chegava a Boston. E apesar dos treze anos inteiros morando na Califórnia, Clar nunca havia se sentido realmente em casa.
Mudanças haviam se tornado sinônimos de segundas chances para Miller, segundas chances de se conhecer ou de encontrar o seu lugar no mundo e em seus infinitos caminhos.
Quando uma vez leu em um livro que: “Cada pessoa é um mundo.”, a garota perguntou a si, se morava no mundo certo, se o seu mundo era realmente seu e não de outro alguém. E perdida em meio tanta poesia — algo que ela pensava ser carma de seu nome. — Miller, encarou a frase de Clarice Lispector¹, essa que lhe inspirou seu nome, como algo a se descobrir. Afinal, se cada um é um mundo, vivemos então como satélites, orbitando mundos alheios? Clarice orbitava os mundos certos?
Talvez, esse fosse o motivo do sentimento de não pertencer a lugar algum, que sentia naqueles últimos anos e o motivo de gostar tanto de mudanças, de recomeços.
“Cice, sua mãe precisa de ajuda com as caixas da coxinha. Pode ajudá-la, querida?” Seu pai, um homem alto e de cabelos loiros chamou sua atenção, enquanto transportava mais caixas para o interior do estabelecimento.
“Claro!” Ela respondeu, deixando seus pensamentos e celular de lado. A brasileira, desceu do balcão do novo restaurante de sua mãe e caminhou em direção a cozinha.
“Finalmente, achei que tinha esquecido essa em casa.” A mulher mais velha resmugava em sua língua materna. Os cabelos encaracolados e a personalidade forte era características inconfundíveis das garotas Miller's.
“Em que eu posso ajudar, chefe?” A filha perguntou bem humorada a mãe que levantou sua cabeça em meio a pilhas de caixas.
“Preciso organizar isso aqui, a inauguração já é essa semana e tudo ainda está uma bagunça!” Anna, a mãe, falou com um tom desesperado.
“Calminha Dona Anna, tudo sairá como planejado. Nada de desespero!” A jovem cantarolou.
“O otimismo seu e de seu pai é insuportável, sabia?” A mulher resmungou.
“E eu amo o seu pessimismo, mãe. É o equilíbrio que essa família precisa!” Clarice ajudou a mais velha a abrir um outra caixa que tinha escrito pratos em sua superfície.
“Querida, você pode ir no Walmart? Preciso de alguns produtos para limpar as mesas e a vitrine.” Edward Miller, apareceu na cozinha.
“Claro, cadê a chaves do carro?” Ela perguntou ao pai, que lhe jogou um conjunto de chaves. “ Volto logo, querem algo para jantar? Pensei em passar no Mac'.”
“Quero o de sempre!” O pai avisou.
“Hamburger não é janta, Clarice.” Anna reclamou.
“Eu sei chefe, mas prometo que vai ser só dessa vez.” A menina justificou. “Amanhã eu espero a comidinha caseira da minha mãe, querida.” Ela sorriu amarelo, deixando un olhar cúmplice com seu pai antes de deixar o local.
“Vocês acham mesmo que eu não sei que vocês comem porcaria sempre?” A brasileira mais velha berrou, para que a garota conseguisse escuta-la mesmo longe.Miller não respondeu, apenas gargalhou, saindo do estabelecimento e caminhando até o carro. Eram quase dez da noite e por mais que fosse tarde para estarem esvaziando caixas, a ansiedade de sua mãe não aguentaria esperar para que fossem organizar no dia seguinte. Clar dirigiu até o Walmart mais próximo, não conhecia muito da cidade mais não demorou tanto para chegar em seu destino, ela estacinou o carro no estacionamento quase completamente vazio e partiu atrás do que precisava comprar.
Seu celular apitou indicando uma nova notificação, que ela apenas olhou pela tela de bloqueio. Clarice foi rápida em sua compra e assim que saia com suas compras já pagas, não pode evitar encarar alguns garotos que falavam um tanto quanto alto andando em direção a um dos carros do estacionamento.
Miller destrancou seu carro ainda prestando atenção na conversa alheia, a menina não evitou uma leva risada ao escutar um deles xingar o outro, entrando em uma outra discussão. Um dos meninos se virou para buscar a origem do barulho de carro destrancando e rapidamente, tentando não ser pega prestando atenção onde não devia, Clar adentrou ao seu carro, pronta para sair dali.☄️
Oizinho, primeiro capítulo. Espero que alguém leia e goste! Espero não ter cometido tantos erros ortográficos, também.
se tu está lendo isso, me conte o que está achando, okay?
🥲Clarice Lispector¹: Clarice Lispector (1920-1977) foi um dos maiores nomes da literatura brasileira do Século XX.
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Hᥲᥣᥣᥱᥡ'᥉ C᥆꧑ᥱt- Mᥲtt Stᥙrᥒι᥆ᥣ᥆
FanfictionClarice e seus pais se mudam para Boston após uma nova filial do restaurante de sua mãe se instalar no local. E entre tentativas de encontrar seu lugar no mundo, a latina conhece pessoas que mudará sua vida. Matt Sturniolo × oc. plágio é crime. ...