O engano.

Só fica quieta

Olhei para Naruto, que encarava o chão com muita raiva

- Ei... o que fazemos? - Perguntei

- Você não pode falar não... então bebe uma água e venha para cá, o mais rápido possível- Ele respondeu

Engoli em seco e voltei minha atenção para o homem a minha frente. Forcei um sorriso e disse que tudo bem

- Fiquei com medo de me rejeitar na frente de todas essas pessoas - Madara sorriu

- Mas era o que eu ia fazer mesmo, mas disseram que eu não podia - Eu disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e ele riu ainda mais alto

- Te disseram certo então - ele passou a mão no meu ombro e eu o encarei com o cenho franzido

- Por favor, não me toque - Eu disse seriamente e ele continuou rindo

Ele me levou até um canto onde ficava o bar, se encostou no balcão falou alguma coisa com o bartender e voltou sua atenção para mim

- O que quer beber? -

- Água - Eu disse pegando meu celular para ver se tinha alguma mensagem de Naruto ou Sasuke

- Primeiro, vou ficar com isso - Ele puxou o mesmo da minha mão

- Devolve! - Eu disse segurando o pulso dele

- Segundo, aqui não tem a opção água - Ele virou seu braço e em um único movimento torceu meu braço me fazendo o soltar

"Merda..."

- O que você tem de mais fraco aqui? - Perguntei para o bartender

- Temos...- Ele tinha começado a falar quando Madara o interrompe

- Ela vai beber o mesmo que eu -

O garoto concorda e vira de costas, eu comecei a observar melhor aquele lugar, a música alta, mulheres quase peladas, homens nojentos... Era realmente um lugar péssimo... Karin não tinha como estar aqui...

- O que está procurando? - Madara sussurrou em meu ouvido, o que me fez recuar

Quase tropecei, mas consegui segurar no balcão

- Não estou procurando ninguém - Eu disse

- Então que tal olhar só para mim? - Ele segurou meu queixo e me fez o encarar

- Não vim para ficar te olhando, vim para beber uma coisa e vazar - Bati no braço dele - E já disse para não me tocar, não é? - Cruzei os braços

"Que merda eu estou fazendo???"

Mesmo sentindo o medo por todo meu corpo, continuei o encarando e mais uma vez ele sorriu

- Então tudo bem, dessa vez vamos só tomar isso - Ele me entregou um copo

Tomei um gole, aquilo era forte demais... Senti meu corpo arrepiando e coloquei o mesmo em cima do balcão

- Bom, isso aqui é horrível! - Fiz uma careta - Agora pode devolver meu celular? -

- Só vou devolver quando você for embora, e para ir embora precisa beber tudo. Então vamos conversan...- Ele falava e no mesmo segundo peguei o copo e tomei de uma vez

- Pronto, seu tempo acabou, agora me devolve - Eu disse impaciente enquanto ele me encarava boquiaberto

Depois de alguns segundos em silêncio ele começou a rir alto, não sei se era impressão minha, mas parecia que todos estavam nos olhando... Senti um arrepio na espinha

- Agora eu entendi -

Quando ele disse isso minha atenção voltou para o mesmo

- Seja la o que você entendeu, não te nem aí. Então me dá meu celular agora, preciso ir -