Capítulo 7 (Tyler)

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              Irritado, nervoso e chateado, uma mistura de emoções cravadas em meu peito, ao lembrar das últimas horas. Trazer Chris para minha casa não deveria ser uma opção, mas em meio as desespero de vê-la desmaiada parecendo morta em meus braços, não conseguia pensar em mais nada, tinha de traze-la para minha mãe tentar concertar o estrago que eu fiz. E assim foi as duas horas que se passaram, bronca do meu pai por ter enfrentando aquele desgraçado sozinho, meu irmão me chamando de covarde por tê-lo deixado escapar, minha mãe e minha irmã no quarto de Denise preocupadas com a vida de Chris e oque aconteceria após aquela noite.

           - Ela está bem? - perguntei rapidamente levantando do sofá, assim que vi minha mãe e irmã descendo as escadas.

          - Ela vai ficar - falou minha mãe parecendo um pouco cansada - só pegou de raspão, nenhum dano permanente, logo ela irá acordar apenas com uma dor de cabeça. - Ela falou e deu uma grande e profunda respirada, antes de sentar agora no sofá onde eu estava e continuar- Mas temos assuntos mais importantes para tratar agora. Você acha que os outros virão atrás de nós, agora que sabem que também estamos aqui? - perguntou ela ao meu pai.

          - Provavel, eles precisam se certificar que não vamos atrapalhar seus planos - Meu pai falou pensativo, agora em pé andando de um lado para o outro - E quanto esta garota em nossa casa, você acha que será confiável contar tudo a ela Tyler?

        - Eu acredito que sim, Chris é um pobre e inocente menina que estava  no lugar errado e por pouco... - respirei fundo para não deixar as emoções das lembranças invadirem meus pensamentos - quase perdeu sua vida.

         - Não seria a primeira vez que você levaria uma garota para a morte, né maninho? - falou Dean em seu tom ironico, logo se retirando da sala.

        Aquelas palavras me atingiram em cheio, embora quisesse revidar dando um grande soco na sua cara, eu sabia de sua dor e sabia do direito dele de externa-la. Então baixei a cabeça de fiquei quieto.

         - O próximo passo será muito arriscado, mas terá de faze-lo Tyler - falou meu pai sério - Conte a esta menina a verdade e peça segredo, tente ganhar sua confiança, pois depois que ela viu, será pior não ter respostas e ela sair espalhando ainda mais pânico e deduções.

        - Tenho certeza que Christina não irá contar a ninguém. - falei suando o mais confiante possível. Embora houvesse duvidas no meu sentido racional, mas eu na maior parte do tempo acreditava em minha palavras, minha doce garota, era apenas curiosa demais.

        - Não tenha tanta, você lembra do que aconteceu da última vez - Mamãe falou - Quero que prometa que vai vigiar os próximos passos dessa garota após a revelação e caso ela arrisque nossa existência, medidas drásticas serão tomadas.

         - Não somos assassinos, mesmo que pareçamos como monstros - respondi indignado com as palavras severas de minha mãe que acertaram meu peito, só de me imaginar machucar Christina, porra essa garota mexe comigo.

         - Pela sobrevivência as vezes é necessário grandes sacrifícios - completou meu pai.

         - Calma mãe, se ele não fizer, eu mesma faço - desta vez foi Denise que falou, mas não em tom ameaçador, chegou a ser tranquilizador, principalmente ao se virar para mim e dar umas piscadela e um sorriso meigo que só ela tem - eu prometo.

                                                                         ................................

         Estava ao lado dela, sentado observando aquela garota linda deitada sobre a cama, em um sono profundo, me fazendo prender-me ao olha-la e considera-la como um anjo. Chris finalmente estava acordando abrindo os olhos, meio tonta, tentou levanta-se de uma vez, mas eu a deitei novamente, foi quando ela percebeu minha presença e ficou ainda mais agitada.

         - Tyler? - ela falou com sua voz doce e rouca d quem acabara de acordar de um profundo sono - Onde estou?

          - Oi adormecida - tentei suar o mais simpático possível - está na minha casa, relaxa, está tudo bem, você lembra do que aconteceu?

           - Eu... eu, ai meu Deus - ela expressou-se bastante assustada - eu lembro, que dor na minha cabeça, oque vocês fizeram comigo? - ela se encolheu na cama, como se fugindo o mais longe possível de mim, oque me deu um grande dor no peito. 

          - Calma gatinha, eu sei que você quer respostas, e eu vou responde-las, ,mas preciso que fique bem calma primeiro, preciso que descanse - falei tranquilizando-a, mas não funcionou.

           - Não - ela gritou de volta - você vai me contar agora Tyler e eu não vou descansar aqui, vou para minha casa, meu Deus, minha mãe, ela deve estar louca.

        - Tudo bem Christina, vou tentar resumir o máximo possível para você ir logo para casa, você não está numa prisão - falei um pouco chateado com o comportamento dela, embora entendesse. - Não, eu novamente repito não sou o assassino, aquele cara era, e preciso que confie em mim, você não deveria ter visto oque viu daquela forma, mas tudo bem, uma hora você iria descobrir. 

          - Oque você é Tyler? oque vocês são? Como você acendeu aquela luz que transformava em espada? Jesus estou ficando louca? - Ela falou desesperada.

         - Não Chris, tudo que você viu era real e eu realmente, assim como aquele cara, assim como minha familia, conseguimos emergir poder de nossos corpos através de luz - falei não observando a expressão de espanto que ela deve ter feito, mas precisava que ela confiasse em mim, então juntei minhas forças e na palma de minha mãos fiz minha luz brilhar, mostrando um pouco de meu poder.

          Christina ficou um tempo parada e incrédula observando minha mão, logo em seguida respirou fundo e continuou - Como vocês fazem isso? Vocês são bruxos, feiticeiros, uma seita? 

       - Não, digamos que seja um pouco de feitiço sim, mas chamamos de Deathlighters.

       - Death oque?

       - Isso mesmo luzes da morte. Um poder divino e sobrenatural dado aos humanos de forma inesperada, mas depois lhe conto melhor sobre, preciso que me prometa que não vai contar sobre mim e minha familia para ninguém, nem sobre minha espécie.

        Ela finalmente ficou em pé - Isso é loucura, alguma brincadeira? Olha primeiro quem iria acreditar nessa história? Chega é loucura demais para mim, vou embora para casa.

       Antes que ela saísse em direção a porta, agarrei aqueles braços finos e delicados, e a girei em minha direção, novamente tinha aquela garota sobre meu domínio - Você precisa prometer Christina, não pode contar para ninguém, confiar em ninguém sobre isso e principalmente, tome cuidado princesa, eu agora temo que você esteja na mira do assassino. - No inicio ela ficou de olhos assustados, mas depois foi se tranquilizando.

          - Tudo bem, eu prometo - falou ela se soltando de meu aperto e partindo para porta, ,mas antes virou-se mais uma vez a me olhar. - Mas eu ainda quero respostas mais claras, você terá de me contar tudo, se quiser mantermos a todos nós seguros.

          - Eu prometo - falei sorrindo para ela - e Chris lembre-se, o bem e o mau existe em todos cantos, assim como na minha raça, existem deathlighters mocinhos e aqueles que querem muito mais poder. - ela sentiu minhas palavras e súplica, consentiu com a cabeça, virou-se e foi embora.


A Casa Dos Malliks - Livro 1 - Trilogia Magia & PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora