Chamas e Amor - One-Shot

Caos.

[ Narradora ]
Liz — Uma jovem de 21 anos, albina de olhos azuis — entra no escritório de Bakugou — Um loirinho de olhos azuis e 22 anos —, ela trabalha na empresa como administradora, porém de vez em quando ajuda o Bakugou, — Leva uns cafés, faz carinho nele, faz massagem pra acalmar ele e etc — como ela tava de baixa, já que estava grávida, mas não queria ficar em casa sozinha, ela passava os dias fazendo companhia a Bakugou.

Liz entra no escritório de Bakugou e, como de costume, cumprimenta o marido com um beijo na bochecha e um sorriso doce. Ela caminha até a mesa dele enquanto Bakugou termina uma ligação importante. Quando ele desliga o telefone, ele se vira para ela e agradece pela xícara de café que ela trouxe para ele.

— Obrigado pelo café, vida — Ele sorri. — Mas você devia ter mais cuidado, imagina se derruba em cima de você.

— Está me chamando de desastrada, Amor? — Ela riu.

— Só um pouquinho.

— Mas que audácia, é assim que você trata a sua esposa, Katsuki? Que coisa feia!

Liz se sentou na poltrona em frente à mesa de Bakugou e começou a ler alguns documentos para ele. De repente, eles ouvem um som estranho vindo do corredor.

— O que foi isso? — Bakugou perguntou.

— Vou olhar — Ela se levantou, abriu a porta e o Bakugou foi atrás dela.

Eles olharam pelo corredor e logo em seguida, perceberam uma fumaça escura vindo do andar de baixo.

— O que caralhos aconteceu?! — Disse Bakugou levemente stressado

Acontece que um funcionário havia tropeçado em uma tomada, o que fez com que uma máquina grande caísse e pegasse fogo.

O coração de Liz acelerou quando percebeu que estão em perigo. Eles correram até à escada de incêndio, Bakugou tentava abrir a porta, mas ela não cede, chuta a porta mas nada acontece.

Com o fogo se alastrando rapidamente e as saídas de emergência bloqueadas, Liz e Bakugou começam a se desesperar. Eles sabem que precisam encontrar uma maneira de escapar o mais rápido possível, mas suas opções são limitadas.

Todas as pessoas já tinha escapado, com obviamente a exceção deles que estavam no penúltimo andar.

Enquanto o calor e a fumaça aumentam, Liz começava a ter dificuldade para respirar, devido à asma. Bakugou se aproxima dela e a ajuda a acalmar na medida do possível, oferecendo seu casaco para que ela cubra o nariz e a boca e usando a própria bois para cobrir os seus. Eles tomam coragem e começam a procurar uma saída, seguindo pelo corredor em direção ao terraço.

O fogo está se espalhando rapidamente, e o ar está cada vez mais quente e abafado. Liz sente suas pernas fraquejarem, mas Bakugou a segura e a incentiva a continuar.

— Amor, não para, você tem de aguentar, vamos! — Ele ia atrás dela, garantindo que ela não ficasse para trás.

Eles finalmente chegam até ao terraço, mas a porta está trancada — Para que os funcionários não tivessem acesso ao local facilmente—. Bakugou não desiste e começa a chutar a porta com toda a sua força, até que ela finalmente se abre.

Eles fecham a porta do terraço e vão para um canto e se sentam encostados ao muro.

Os bombeiros haviam sido alertados assim que os alarmes disparam.

Enquanto esperam pelo resgate, Liz e Bakugou estão ofegantes e exaustos pelo esforço de terem "escapado" do prédio em chamas. Eles se olham nos olhos, ainda em choque pela situação que acabaram de passar.

Liz coloca a mão na barriga, pensando na situação e que talvez Isabella — A criança que estava na barriga de Liz — nascesse morta devido à fumaça que a mesma ingeriu, e Bakugou a abraça, aliviado por tê-la ao seu lado. Eles se encostam no muro, tentando recuperar o fôlego enquanto a fumaça e o cheiro de queimado continuam, e cada vez mais forte já que o fogo estava a começar a chegar ao Terraço.

Eles conseguiam ver o fogo perto da porta do terraço, o fogo começava a entrar no terraço e a aproximar-se deles.

Eles estavam encurralados entre as chamas e o muro.

Liz, apavorada pela situação e não aguentando mais o calor, se levantou e subiu em cima do muro, ela queria de jogar do prédio porque pra ela era bem mais fácil do que ficar ali queimando, do que ter de fazer um parto em vão, afinal ela preferia pular do que morrer em agonia e sofrimento.

Bakugou, que viu ela subindo no muro, logo agarrou no pulso dela, com medo, medo de que partisse, mas ele sabia o que ela pensava, era nítido, e ele concordava, por mais que não estivesse pronto para perder a tão amada esposa.

Nenhum foi capaz de dizer algo, ele sabia que ela estava certa, ele soltou o pulso dela e virou-se de costas para a mesma, sentindo lágrimas marejando por seus olhos.

Liz também tinha lágrimas em seus olhos, porém continuava em cima do muro.

Ele não escutava nada, não sabia se ela já tinha pulado, se estaria criando coragem ou se havia desistido.

Ele finalmente ganhou coragem e olhou para trás, não havia mais ninguém, agora era apenas ele naquele lugar.

Ele desabou e começou a chorar mais ainda, o grande amor de sua vida estava morta, sua filha nunca nasceria, ele se sentou novamente, encostado ao muro no repleto silêncio.

Ele não queria desistir, de jeito nenhum, ele queria viver pela Liz, mesmo que fique queimado, mesmo que fique com problemas pulmonares, eles estava determinado a sair dali com vida.

Mas ele não podia fazer nada a não ser esperar pelos bombeiros.

Ele preferia continuar queimando, porque pular, mesmo parecendo mais fácil, era muito mais difícil para ele.

Ele temia olhar muro abaixo e ver Liz lá em baixo, então ele ficou quieto enquanto o fogo ainda se aproximava, minutos pareciam horas e ele se perguntava quando finalmente ajuda.

Ele não aguentava mais esperar.

Talvez Liz estivesse esperando por ele no outro lado.

Talvez ele também tivesse desistido assim como ela.

Ele se levantou, avançou rapidamente até ao fogo e deixou que o mesmo o matasse.

Ele queria mesmo poder estar com ela novamente, e já que não havia como sair dali, preferiu não ter de esperar mais.

Passaram dois minutos, os bombeiros chegaram e apagaram o fogo, ambos estavam sem vida, mas o fogo ainda não tinha chegado ao lugar onde eles estavam sentados antes.. oh se eles estivessem esperado mais um pouquinho.
Por vezes,em casos como esse em meio a um incêndio — Envolvendo calor, fumaça e pouca visibilidade —, o desespero que mata

O desespero de enfrentar algo que machuca por dentro e por fora, perder amigos e familiares, deixar tudo para trás e apenas poder esperar.

Talvez eles poderem ficar juntos em uma outra vida.