My Sweet Sin || N.B

03

O despertador tocou estrondoso fazendo com que o som irritante acordasse ao ômega e o alfa que dormiam completamente aconchegados embaixo das cobertas quentinhas. Josh gemeu escondendo ainda mais o rosto na curva do pescoço de Noah, este que grunhiu ao se espreguiçar voltando a abraçar o corpinho pequeno do ômega.
 
- Vamos levantar gatinho ou iremos nos atrasar para o jogo.
 
Noah fala com sua voz rouca e falha pós sono. Josh queria mesmo abandonar o calor do corpo de Urrea e ir tomar banho para que fossem ao jogo. Mais que mentira! Ele nem sequer queria ir, tudo que o ômega desejava era ficar agarrado ao corpo forte do alfa e se manter aquecido e talvez dormirem mais ou até mesmo assistir um filme, jogar conversa fora e sabe-se lá oque mais. Beauchamp só não queria ter que enfrentar o assunto de mais cedo, porque se sentia envergonhado e seu ômega interior está amuado e assustado.
 
- Eu não quero! Não podemos ficar aqui? Eu poderia chupar você e depois fazermos um sexo lento e gostoso, uh?
 
- Não jogue sujo, gatinho. Eu adoraria ficar nesse apartamento o dia todo com você fazendo sexo ou não, mas esse jogo é importante para todos nós do time. E temos que resolver o assunto do babaca o quanto antes.
 
- Eu tentei pelo menos...
 
O garoto de olhos azuis apoiou o queixo no peitoral do alfa e ficou olhando para o mesmo perdido em pensamentos até que inclinou-se selando seus lábios levemente e se afastando.
 
- Vamos tomar banho antes que eu desista.
 
Josh se levantou e tirou suas roupas deixando-as em um pequeno monte na beirada da cama ficando completamente nu. Noah estava apoiado nos cotovelos admirando a visão dos deuses que o ômega estava lhe dando. Urrea, levantou e tirou suas roupas fazendo o mesmo processo do ômega e foi a vez do mesmo admirar a visão que lhe era concedida pelo alfa de olhos verdes.
 
Eles não tinham motivos para ter vergonha já que cada um conhecia o corpo alheio de cor. Ambos seguiram para o banheiro e entraram no Box, assim que a corrente de água quente caiu do chuveiros Josh entrou em baixo da mesma fechando os olhos apreciando a temperatura.
 
- Vire de costas pra mim, anjo. Vou lavar seus cabelos.
 
A voz de Noah o fez abrir os olhos e sorrisos foram trocados antes de Josh acatar ao pedido do mesmo ficando de costas para ele.
 
Urrea pegou o shampoo de morango, que havia comprado especialmente para quando o cacheado fosse para seu apartamento. O julguem, mas ele era muito emocionado e mesmo sabendo do relacionamento do ômega não pôde deixar de cair nos encantos do mesmo.
 
Ele passou um pouco e massageou o couro cabeludo após ter espalhado todo o produto. O ômega gemeu apreciando a massagem em seu cabelo, ele adorava ser cuidado ou melhor ele adora ser cuidado por Noah.
 
- Feche bem os olhos para não cair shampoo como da última vez.
 
O cacheado riu, pois sabia que o alfa não iria se esquecer disso nunca. Entretanto, ele obedeceu e fechou bem os olhos sentindo a água tirar toda espuma de seus cachos. Após, ter tirado tudo Noah passou o condicionador e desembaraçou todo o cabelo do ômega, ter tido tantas irmãs foi de grande ajuda para o de olhos verdes e ele agradecia por isso.
 
Eles passaram um tempo no banheiro e entre brincadeiras, carinho e um ômega escorregando e por pouco não indo direto ao chão ele saíram e se vestiram. Ao adentrarem a sala do apartamento avistaram Zane e Alex sentados no sofá conversando.
 
- Joshy, você está bem? Eu fiquei muito preocupado quando soube e que vontade de matar aquele filho de uma puta.
 
Alex começou a andar de um lado a outro e Josh o segurou pelos ombros fazendo ele o olhar com seus lindos olhos âmbar.
 
- Eu estou bem, mas isso graças ao Nô e ao Zane. E está tudo bem o Nô deu um jeito nele.
 
- Mesmo assim na primeira oportunidade eu chuto o saco dele! E esses hematoma?
 
- Vou fazer milagre com maquiagem para esconder. Estamos atrasados temos que ir logo para a Uni.
 
O cacheadinho não queria falar naquele assunto no momento e todos entenderam, por isso assentem se encaminhando para fora do apartamento.
 
- Zane onde o JJ está?? - Noah questiona o outro alfa.
 
- Eu não sei falei com ele mais cedo e ele estava com a Kiara. - Zane responde com a mão em volta da cintura do ômega moreno.
 
Noah assente e ficam em silêncio até o ômega cacheado se virar para si e o encarar com os olhos brilhantes e seu sorriso adorável.
 
- O que você quer Joshy? - Perguntou já sabendo que o menor queria algo.
 
- Quem disse que eu quero algo? - Se fez de rogado.
 
- Quando você me olha com esse sorriso e esses olhinhos azuis brilhando quer pedir algo. - Pontuou Noah e o ômega bufou.
 
- Podemos passar rapidinho no Starbucks e comprar um Frappuccino? - Perguntou Josh, com seus olhinhos de gato de botas.
 
- Podemos. - Noah estava rendido de mais pelo ômega para dizer não a algo que ele pedisse.
 
- Obrigada, alfa. - Deu um beijinho em seus lábios.
 
O outro casal presente presenciava a cena com ternura, pois sabiam que os amigos estavam felizes em estarem juntos finalmente sem nada ou ninguém para impedi-los.
 
- Por que você não diz sim para tudo que eu peço a você?
 
Alex deu um tapa no braço de Zane e depois cruzou os braços com um lindo biquinho.
 
- Mais eu sempre te dou o que pede ômega.
 
Zane fica com o semblante confuso e arranca risadas de Noah e Josh o deixando ainda mais sem saber o motivo disso tudo.
 
- Ele está fazendo drama Zane.
 
Depois o castanho suspirou e ficou quieto.
 
Os casais foram cada um para seus carros e passaram rapidamente no Starbucks compraram o desejavam indo a caminho da Uni. Eles chegaram a tempo e no caminho Beauchamp escondeu bem com a maquiagem que tinha na sua bolsa e ninguém poderia fazer que haviam marcas em seu corpo.
 
Os dois desceram do carro, assim que Noah deu a volta segurou a mão do ômega e a apertou dando a força e coragem para começarem a entrar no campus. Urrea, sabia o quão ruim eram as pessoas e que o ômega precisaria de todo apoio possível ele estaria lá para ser o pilar de Josh.
 
O casal entrou na universidade indo direto para reitoria, já que mal puseram os pés dentro da mesma e a sra. Shambers os mandou para sala do reitor, este que já estava na presença de Nick.
 
Noah permaneceu de mãos dadas com Josh ficando em pé ao lado do menor. Ele não deixaria que seu ômega se sentasse próximo aquele acéfalo¹ nem morto.
 
- Senhores Urrea e Beauchamp. Sentem-se. - O reitor indicou os assentos e Noah bufou, pois sabia que não tinha como negar já que foi uma ordem clara.
 
Noah sentou no meio e deixou Josh sentando ao seu lado logo agarrando a mão do menor e fazendo um carinho no dorso da mesma.
 
- Eu já ouvi o lado do sr. Kaufmann, agora quero ouvir a versão de vocês. - Corden os olhou cruzando as mãos sob a mesa - Primeiro, desejo ouvir a versão da vítima que no caso foi o sr. Beauchamp e depois a sua Sr. Urrea.
 
- Bem... - Josh estava nervoso e envergonhado, mas com um aperto suave em sua mão o encorajando ele olhou para o reitor - Eu estava no topo da pirâmide quando vi ele e uma das garotas de torcida aos beijos, ele estava me traindo quando o treino acabou eu fui ao vestiário falar com ele, mas digamos que ao dizer que tudo entre nós acabou ele não aceitou bem e partiu para agressão. Tinha muitas testemunhas no local para serem álibis e o senhor pode ver que não estou mentindo.
 
- Certo, Urrea sua versão. - Disse Corden fitando o alfa mais jovem.
 
- Eu estava no chuveiro, mas quando saí e estava me vestindo ouvi a confusão e fui ver o que era. E quando cheguei me deparei com a cena de Nicholas enforcando Josh contra parede o ômega está prestes a ficar inconsciente. Eu o empurrei e ajudei Josh, mas estava possesso de raiva e por este motivo deixei ele aos cuidados de Zane enquanto batia nesse desperdício de ar. No entanto, não gosto de violência mais naquele momento em que vi ele agredindo um ômega meu sangue ferveu já que tenho quatro irmãs e todas são ômegas.
 
- Entendi, mas mesmo assim não aceitamos agressões nesta instituição. Portanto, Nicholas Kaufmann você está expulso desta universidade e não poderá chegar perto deste ômega nunca mais ou farei que sua carreira tenha um fim antes mesmo do início. - O reitor o olhou afiado e o alfa que estava completamente machucado ficou em silêncio para não piorar sua situação - Quanto ao senhor Beauchamp, a direção da universidade e os pais do senhor Kaufmann pagará uma indenização pela agressão sofrida. E você senhor Urrea, será suspenso por uma semana e ficará encarregado por organizar a biblioteca por um mês após a volta da suspensão.
 
- Isso é injusto... - Nick sussurrou, mas todos escutaram.
 
- Disse algo Sr. Kaufmann? - Perguntou o reitor cinicamente.
 
- Não senhor. - Disse a contragosto.
 
- Ótimo! Se retire da minha sala. - Mandou o alfa mais velho e foi obedecido pelo alfa mais jovem. - Sua mãe vai ficar uma fera por ter sido suspenso, mas vai ficar orgulhosa quando souber o motivo. Aliás, faz um tempo que não te vejo por lá Noah.
 
- Vocês se conhecem? - Josh está completamente confuso, mas aliviado com o ponto final que o assunto teve.
 
- James é vizinho da minha família e me conhece desde os meus oito anos. E eu não vou para lá tem uns dois meses a dona Wendy está me cobrando, mas estou cheio de trabalho da faculdade e com essa suspensão vou aproveitar para dar uma visita a eles.
 
- Está certo, agora se apresse para se trocar e arrebentar nesse jogo! Traga essa taça para nós e você jovem Beauchamp brilhe na torcida. - James sorri gentil para os dois.
 
Ambos concordam rapidamente e foram para o campo onde ocorreria o jogo. Eles se separam no vestiário cada um seguindo caminhos diferentes e se encontram 10 minutos depois em frente o mesmo.
 
- Boa sorte eu vou estar torcendo por você! - Josh falou beijando os lábios finos e se afastando.
 
- Brilhe na torcida o primeiro gol que eu fizer vai ser para você. - Noah disse, enchendo o rosto do ômega de beijos escutando a risada fofa com ronquinhos do mesmo.
 
Eles foram para o campo, Noah indo se aquecer e Beauchamp também os cheerleader não tocaram no assunto do momento da universidade e ele agradecia por isso.
 
O jogo deu início, os torcedores estavam em euforia com os primeiros minutos do primeiro tempo. E os cheerleader faziam a nova coreografia com excelência.
 
Em um piscar de olhos já estavam no fim do segundo tempo e Noah não havia feito nenhum gol, mas Josh não ligava o importante é que estavam ganhando de 2×1. O ômega não entendia muito de futebol mais tinha certeza ter sido falta quando o jogador do time adversário puxou a camisa de Urrea que estava com a posse da bola o fazendo cair. O juiz marcou pênalti e os torcedores ficaram em total silêncio, Noah bateria este e antes de o fazer ele olhou para Josh e recebeu um joinha com um sorriso fofo balançando a cabeça.
 
Com isto, Noah bateu o pênalti e assim que a bola balançou a rede do gol a plateia de torcedores foram a loucura gritando o grito de guerra da universidade. Urrea, correu até onde Josh estava e o ergueu no ar dando um longo selinho sem se importar com o que os outros iriam pensar.
 
- Você é o meu amuleto da sorte gatinho. - Disse Noah, pondo o ômega no chão e dando mais um selinho correndo de volta para o campo.
 
Terminando o jogo o placar ficou de 3×1. E todos os jogadores ergueram a taça tiraram foto e depois disso foram ao vestiário tomar banho e ir para festa na fraternidade Beta Alfa comemorar a vitória.
 
Noah tomou um banho rápido e saiu se vestindo, não quis dar trela para os companheiros de time no momento. Ele encontrou Josh já arrumado conversando com uma das amigas dele e passou o braço em sua cintura.
 
- Oi gatinho. - Beijou os cachos úmidos.
 
- Oi Nô. - Sorriu para o alfa.
 
A amiga de Josh saiu de fininho deixando os dois em seu próprio mundinho.
 
- Quer ir para fraternidade ou para o apê?? - Perguntou para o ômega.
 
- Quero ficar de chameguinho assistindo a alguma comédia romântica comendo besteira. - Josh falou beijando o maxilar marcado.
 
- Seu desejo é uma ordem. - Noah guiou o ômega para o estacionamento e entraram no carro indo para o ap.
 
No caminho foram conversando sobre o jogo e Urrea sorriu a cada elogio que recebia do ômega. Ele era tão rendido por o seu coelhinho de olhos azuis. Meia hora depois chegaram no apartamento com várias besteiras já que passaram no delivery e compraram tudo que queriam.
 
Os dois estavam aconchegados do sofá cama e assistiam o filme pela metade. Quando Noah falou aleatoriamente chamando a atenção do ômega para si.
 
- Me sinto envergonhado de dizer isso, mas até anotei a data que me apaixonei por você. - Noah disse, mesmo que constrangido por admitir aquilo ao ômega.
 
E ao ouvir o alfa virou para ele com um sorriso brilhante. O pobre coraçãozinho de Josh batia forte contra seu peito totalmente acelerado com a fala dita pelo alfa.
 
- E quando foi que se apaixonou por mim? - Perguntou curioso.
 
- Desde a primeira vez que eu te vi. Com aquele sweater rosinha chiclete com um cupcake, aquela saia branca, um All star rosa e os cachos decorados com uma coroa de flores. Eu me apaixonei por você, por seu sorriso, por seu jeito dócil, você me cativou assim que meus olhos pousaram em você. Eu me apaixonei no dia 23 de setembro. E posso afirmar com absoluta certeza de que foi e é você o meu primeiro amor.- O alfa de declarava-se, olhando no fundo dos olhos azuis, estes que estavam marejados e reluzentes, transbordando a emoção que sentiam da paixão que o consumia com as palavras do alfa a sua frente.
 
- Então, 23 é o nosso dia? – Josh falou sorrindo sensível e o alfa soltou o ar assentindo com o olhar apaixonado - Acho que esse é meu número da sorte agora, porque a maior sorte da minha vida foi você ter olhado pra mim e se apaixonado.
 
Urrea, não precisaria e nem desejava ouvir mais nada vindo do ômega. Ele puxou o corpo contra o seu e o beijo, bastante diferente do que os quentes e desesperados, ele estava degustando e apreciando a maciez dos lábios alheios. O de olhos verdes explorou a boca do ômega como se dependesse disso para viver e o de olhos azuis suspirava complemente maleável nos braços do alfa. Depois de um tempo com as bocas coladas, ambos se separaram e colaram suas testas fitando um o olho do outro.
 
Naquele momento era o verde no azul e o azul no verde. Era o ponto final para uma história e o início de outra já iniciada com as declarações mais genuínas de ambos jovens apaixonados.

Desculpe qualquer erro.