Capítulo 02

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Larissa estava deitada entre o edredom enquanto um filme qualquer passava na televisão do quarto. Sua mãe já tinha voltado para o próprio apartamento, deixando a filha sozinha.

Esticando o corpo no colchão e resmungando, Lari levantou da cama assim que ouviu o telefone da sala tocar. Atirou o tecido grosso para o lado e caminhou até lá. Era estranho o aparelho tocar naquela hora da noite.

— Senhorita Larissa? — o porteiro perguntou.

— Oi. Sim, sou eu sim. Boa noite.

— Posso liberar a entrada do seu amigo Fred Bruno? Ele está bem aqui, parado na frente da portaria.

Larissa paralisou, apertando o telefone na orelha. Ela parou de ouvir no momento em que o nome de Fred foi dito. O sangue que corria pelas suas veias chegou até seus ouvidos e precisou encostar no sofá para se manter em pé. Ele estava ali. O que iria fazer? Estava brava com ele, ninguém a ignorava como ele vinha fazendo.

— Pede para ele entrar, por favor. Obrigada! — disse em voz baixa e eufórica antes da ligação ficar muda.

Voltando o telefone para o gancho, Larissa piscou sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Fred Bruno estava na portaria do prédio e ela, como uma boba, autorizou a entrada dele depois de alguns dias sendo evitada. Era loucura, mas a curiosidade havia vencido e ela precisava ver até onde aquilo tudo chegaria.

Respirou devagar e correu até o quarto, passando as mãos nos cabelos assim que passou na frente do espelho do guarda-roupa. Olhou para o pijama que vestia e gemeu. Tinha que arrumar algo mais elegante para aquele momento, porém, só deu tempo de abrir uma das gavetas, uma batida na porta da sala a impediu de fazer qualquer movimento.

Merda. Merda.

Esfregando as mãos, Larissa sentiu o coração bater contra o peito, implorando para sair, e seu estômago apertou. O ar não entrou em seus pulmões e ela precisou sentar na beirada da cama em busca de amparo.

— Lari? — Fred chamou, batendo novamente na madeira.

Segurando a respiração, Larissa foi até a porta da sala e girou a chave, destrancando-a sem cerimônia. Estava a menos de meio segundo para ver o homem que andava comprometendo sua sanidade mental nos últimos meses. O que falaria e como reagiria na presença dele?





NOTAS: E aí, o que acham? Estou ansiosa só de pensar no reencontro deles.

Obrigada por terem lido até aqui e não esquecem de deixar votinho. Próximo capítulo é o último e tá mega bom kkkkk

Beijos, beijos.

Dane-se a insegurança (Laried)Onde histórias criam vida. Descubra agora