Capítulo 01 - Meu sol.

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Bem, essa é uma shortfic de três capítulos. Eu pensei nela enquanto ouvia Meddle About do Chase, alguns trechos da música vão estar no meio da história. Boa leitura! Votos e comentários são apreciados! ♡

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Era o primeiro dia de Ayan em Suppalo e o ambiente certinho até demais daquela escola causava ânsia no garoto, a forma como todos se deixavam dominar por aquelas regras arcaicas o impressionava, era de seu conhecimento que essa escola era conhecida por suas regras absurdas, mas não que era tanto assim. Bem, ao menos ele tinha achado algo divertido para fazer nesse meio tempo de rotina escolar irritante. Provocar o monitor escolar.

Logo de cara Ayan se sentiu interessado pelo garoto mais alto, ele achava sim extremamente irritante a forma como Akk seguia as regras a risca, apesar disso, algo em ele o seguindo por todo lado como um cachorrinho, mesmo sendo seu primeiro dia de aula, despertou em Aye um pequeno sentimento. Até o momento ele o catalogou como uma breve atração, Akk era bonito, isso era inegável. Em contrapartida, ele era totalmente o contrário do tipo de Ayan. Ele gostava sim de caras altos, assim como fortes e com uma personalidade igualmente rebelde a dele. Mas Akk? Akk era um grande bebê, fofo e esguio, sendo controlado como um robôzinho por todo aquele sistema escolar idiota.

Ele não queria acreditar que tinha mesmo tido uma queda logo pelo Monitor escolar que não o deixava em paz um segundo sequer e, cara, era apenas o primeiro dia. Talvez isso sumisse com o tempo, quando caísse a ficha que Akk era apenas um rostinho bonito que o atingiu em cheio. Com aqueles olhos brilhantes e lábios carnudos, assim como suas bochechas sobressalentes e...

Nós nos conhecemos apenas no outro dia, mas você já me fez sentir de um jeito...

Ayan balançou a cabeça a pendendo para trás na cadeira, a caneta presente em sua mão batendo contra a mesa de estudos enquanto voltava a realidade, ele sentia que estava ferrado, porque Akk tinha mesmo chamado sua atenção, alugando um triplex em sua cabeça com apenas algumas horas de convivência. Ele até mesmo podia se lembrar claramente da reação do rapaz quando o pegou no banheiro dos professores, a forma como seus olhos se abaixaram para sua tatuagem, Aye sentia que havia despertado algo em Akk naquele mesmo momento, contudo sabia que Akk negaria isso até a morte.

Deixando esses pensamentos de lado, o garoto voltou a focar na atividade que estava fazendo antes. Quem diria, no primeiro de aula e ele já estava lotado de atividades, porém não podia culpar a escola por aquilo, infelizmente. A mudança de uma escola para a outra dias depois do início do primeiro semestre acarretando isso a ele.

[...]

Tudo começou com o intuito de provocar o Monitor, tirar ele do sério e desviar sua atenção das artimanhas de Ayan, no entanto, as reações dele eram tão interessantes e únicas que o baixinho se viu provocando Akk até mesmo em momentos inoportunos. Ele gostava da forma como Akk arregalava minimamente seus olhos e ficava estático ao ser ameaçado por um beijo de Ayan, era fofo. Parecia extremamente indefeso aos avanços de Aye, sempre se deixando tão vulnerável. Akk poderia não saber, mas ele era tão transparente que o menino atrevido que sempre tirava sua paz poderia lê-lo até mesmo de olhos fechados, apenas com a forma como as palavras saíam atropeladas por sua boca ou sua respiração parecia mais pesada ao passar do tempo.

Desse modo, quando ele soube sobre o fato de Akk ser virgem, foi meio que impossível não brincar um pouco com isso, ele sabia que Akk era um pseudo-hétero, mas não que ele era um puritano completo!

– Você é virgem? - Escapou por seus lábios seguido de um sorriso ladino, diversão brilhava em sua face, Akk o encarava com as sobrancelhas franzidas em total confusão, murmurando um "O que disse?", como se não tivesse ouvido direito ou talvez quisesse confirmar a cara de pau do menino a sua frente. Aye logo tratou de repetir, seu corpo se inclinando em direção ao do outro rapaz, sentindo o maior ficar tenso à medida em que se tornava cada vez mais próximo, falando mais baixinho e ao pé do ouvido do mais alto, ele podia notar o arrepio que passou pelo corpo de Akk, os poros de sua pele se tornando minimamente visíveis. O sorriso do menino atrevido se alargou mais ainda, se possível, com o efeito que tinha sobre o garoto certinho.

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