1

2.7K 261 207
                                    



Sn pov:

- Que saco, Clara! Deixa eu sair - resmungo.

- Já falei que não, vc vai ficar quietinha aqui até melhorar!! - ela retruca.

- Cara, EU TÔ BEM! - falo e ela ignora.

Bom, sai do hospital há 2 dias, porém ficar em casa tá sendo pior. Tive algumas sequelas, o que é bem normal depois da coma. Felizmente só to tendo dificuldades de locomoção e não é nada grave, algumas sessões de fisioterapia vão resolver isso rapidinho.

Mas, na cabeça da Clara eu to completamente incapacitada de fazer as coisas sozinhas, ela não deixa eu sair nem fazer literalmente nada sozinha! O único lugar que eu posso ir é pra porcaria da fisioterapia e ela ainda vai junto, tá sendo uma merda.

- Cara, qual é - vou até a cozinha atrás da garota.

- Porra Sn, não começa! - murmura.

- Mano, eu tô há 2 dias trancada nessa merda de apartamento não sei nem o que é ar puro!

- Para de fazer drama, vc tá saindo pra ir na fisioterapeuta

- MANO - digo indignada - Porra, belo passeio - continuo.

- Sn, pelo amor! Como vou deixar vc andando de cadeira de rodas por ai?!

- Nem preciso dessa porra, tô usando porque vc fica me obrigando - retruco.

- Então tenta andar sem, mas se vc cair vc vai dar seus pulos pra levantar! - ela diz e eu reviro meus olhos.

Voltei para o meu quarto e deitei na cama, peguei o controle e abri o Spotify. Só música mesmo pra fazer eu me desligar do mundo.

Depois de alguns minutos, Clara veio até meu quarto pra avisar que ia em algum lugar. Eu to brava com ela, então nem prestei atenção! Escutei apenas "vou" "rapidão", então conclui que ela iria em algum lugar.

(...)

Ainda estava deitada no meu quarto ouvindo músicas até que a porcaria da campainha toca.

- Não é possível que essa filha da puta esqueceu a chave - murmurei enquanto tentava me sentar na cadeira de rodas.

Apertaram o botão de novo.

- JÁ VAI - gritei sem paciência.

Bom, a Clara não é porque a chave dela não ta no claviculário.

- Quem será o capeta que tá me infernizando uma hora dessas - vou reclamando até a porta. Quando girei a maçaneta e vi quem era fiquei paralisada por 5 segundos.

- Oie! - Jenna diz e eu sinto meu coração ficar quentinho.

- Oi - digo ainda em choque.

- Como vc tá? - ela pergunta e eu vou para trás, dando espaço para ela entrar.

- Bem, eu acho - digo sem acreditar. Eu lembro de tudo, de exatamente tudo...não é fácil olhar pra ela sem lembrar da nossa "vida". - e vc? - pergunto após uma pausa.

- Vou bem! - ela diz.

- Vem, senta aqui! - acompanho ela até o sofá. - Quer beber alguma coisa? - pergunto.

- Não, obrigada! Acabei de sair da cafeteria. -a garota aponta para a direção da mesma.

- Tudo bem - digo sem jeito.

- Desculpa vir aqui sem avisar...tentei ligar pra Clara mas ela não atendeu, aí quis arriscar - ela diz e eu sorrio.

- Relaxa, tá de boa! E...muito obrigado por se importar comigo - digo e agora ela sorri.

- Imagina! Fiquei preocupada - Jenna diz. - Como ta sendo a recuperação? - continua.

- Ah, péssimo! A Clara não deixa eu sair de casa pra nada, fazer o que - dou de ombros.

- Sério?! - ela faz uma cara de confusa.

- Uhum.

- Vou falar com ela e tentar te tirar desse cativeiro - a garota fala e segura minha mão. Confesso que travei.

- Por favor - digo sem graça.

(...)

Mais ou menos 30 min depois a Clara chegou, ela tinha ido no mercado.
A Jenna ainda estava lá comigo, ficamos conversando sobre coisas aleatórias, como livros. Ela ficou o tempo todo cuidando de mim, foi muito fofo da parte dela! Toda hora ficava perguntando se eu tava me sentindo bem, se eu precisava beber ou comer alguma coisa...era pra mim tá fazendo isso porque ela é visita, mas né...

.   .   .   .   .   .   .   .   .

Eu prometi!!!
(e nem demorei, sou boazinha demais af)

Espero que gostem!
Votem, por favor.

Não revisado.

[2] Who is that stranger girl? - Jenna Ortega & S/n Onde histórias criam vida. Descubra agora