𝑴𝑶𝑵𝑺𝑶𝑶𝑵 | 𝑻𝒐𝒎 𝒌𝒂𝒖𝒍𝒊𝒕𝒛

𝟎𝟏| 𝐎𝐥𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐠𝐚𝐭𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐭𝐨

Todo jovem no início da sua adolescência só que saber de beber, curtir e até que horas da manhã vai às festas, não vou dizer que eu sou diferente, sempre gostei muito de estar no meio da multidão, dançar e principalmente ser o centro das atenções, as coisas parecem ficar mais intensas quando você sabe o que faz e eu sabia bem o que fazia, desde os meus 9 anos sempre gostei muito de cantar, tocar e está na direção dos holofotes isso era algo que me lembrava que eu ainda estava viva e que talvez a vida não fosse tão ruim assim.

Alemanha, sexta-feira, 8:30 da AM.

— EIMEEEE!?- Lia entrou empurrando a porta do meu quarto com uma força tão grande que por um momento pensei que fosse derrubar a mesma.

— POR DEUS, LIA, ESTÁ MALUCA GAROTA, QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?- perguntei ainda incrédula com a sua atitude totalmente brutal, a garota se aproximou de mim e sentou na ponta da minha cama e começou a me olhar como quem quisesse descifrar o meu humor ou algo do tipo.— Você vai dizer o que quer aqui, ou, vai ficar aí me olhando?- perguntei já sem paciência, ela sabia o quanto aquilo me tirava do sério, lia continuava com seus olhos sobre mim, me analisando como se precisasse tomar cuidado e isso me fez bufar irritada, me sentei de frente para a mesma esperando que ela abrisse logo a boca e falasse o que queria.

— Eime- a garota me chamou com um tom de voz calmo e respirando fundo logo em seguida, criando coragem para falar o que queria- Olha, em primeiro lugar eu juro que foi sem querer, eu não tinha intenção alguma e em segundo você tem que prometer que não vai me matar.- Lia falava rápido e isso me fez olhar para ela com uma cara de confusa.

— O que você aprontou dessa vez? Pelo amor de deus. Lia não me diga que você andou se metendo em encrenca de novo, você sabe como seus pais são e você já foi avisada que se você se metesse em mais uma confusão podia esquecer a audição da banda —Lia tinha um péssimo hábito de está sempre se em encrenca e confusão, isso era quase um passatempo para a garota.

— Eu não arrumei confusão com ninguém eime- a garota me olhou séria.- Só que, eu meio que posso ter falado demais para quem não devia e agora temos uma competição de bandas para irmos e não podemos mais inventar desculpas por que eu meio que já confirmei tudo- As palavras de lia eram rápidas e atropeladas, demorei um pouco para raciocinar mais logo entendi e isso me fez querer surtar.

— VOCÊ OQUE??- perguntei esperando que ela me dissesse ser apenas uma brincadeira sem graça ou algo do tipo, mas, ela apenas abaixou a cabeça e continuou a falar.

— Eu sei que você me disse para não comentar nada com ninguém mais, eu não consegui me controlar, quando ouvi o Marcos falando que a banda dele era melhor e nenhuma outra ganhava deles e acabei fazendo besteira, me desculpa Eime eu juro que foi sem querer, eu não suporto marcos e ver ele se gabando com aquela bandinha de merda dele me deu nos nervos- fechei os olhos e respirei fundo tentando não surtar ou gritar com a garota a minha frente, abri meus olhos novamente olhando para lia, tudo bem que Marcos é um grande idiota de merda, mas, colocar a gente para competir em um concurso de bandas assim do nada é de fato a maior burrice.

— Você tem razão, foi uma completa idiotice da sua parte, mas agora está feito- ditei as palavras ainda chateada com que a garota aprontou- O que Hugo e Miguel acharam disso? Eles concordaram? Provavelmente já que você está aqui, me contando, eles não deviam ter concordado com essa ideia estúpida.- ditei as palavras tentando manter a calma e me perguntando por que aqueles dois embustes concordaram com isso, e foi aí que pude ver os olhos de Lia se arregalaram e a encarei desacreditada.— PUTA QUE PARIU LIA MÜLLER, VOCÊ AINDA NÃO CONTOU PARA OS MENINOS? — eu não conseguia acreditar naquilo, agora tenho toda a conclusão de que lia é maluca.

— CARALHO- Lia soltou ainda com os olhos assustados -Você precisa me ajudar eime, assim que eu contar, eles vão querer me comer viva, você sabe como eles são, por favor, eu te imploro- a garota falou chorosa e se ajoelhou juntando as mãos em sinal de pedido.