straight from 𝗧 𝗢 𝗞 𝗬 𝗢. | bill kaulitz.

❛❛CHAPTER 001❜❜

ㅤ「POV 𝗢𝗙 𝗜𝗧𝗢 [ 𝗡𝗢𝗠𝗘 ] • Leipzig, 07 de mɑio de 2007. 」
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❛❛ agora eram exatamente 15:15 da tarde, o vento estava forte do lado de fora de casa, minha mãe cantava no andar de baixo enquanto cozinhava algo, eu a amava, amava muito a minha família, eles eram o mais importante pra mim em toda a minha vida. Lembro-me genuinamente de como eu costumava ser feliz em Tokyo, minha infância tinha tudo para ser perfeita, era apenas eu, meu irmão, mamãe e papai, Kenzo era apenas dois anos mais velho que eu, o que fazia com que fossemos inseparáveis, brincávamos todos os dias na rua com nossos vizinhos e assistíamos desenho animado na TV juntos todos os sábados, durante os dias da semana íamos pra escola, e na volta passávamos no parquinho, mas naquele dia o caminho pra casa foi diferente.

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                                      𝖿𝗅𝖺𝗌𝗁𝖻𝖺𝖼𝗄

Mamãe chegou em casa brava, ligava e ligava pra papai, mas ele não atendia, ela gritava e xingava dentro de casa, apertava a palma da mão contra suas unhas grandes e afiadas, ela me olhou, pude notar seus belos olhos arredondados em um rubor leve avermelhado, ela se abaixou e abriu os braços, eu corri até ela a abraçando, suas lágrimas molharam meus grandes cabelos negros, junto ao meu moletom, ela me afastou de seu corpo, passando o polegar sobre minha bochecha.

[ Mamãe ] — você e seu irmão são tudo pra mim, querida, me prometa que sempre será a minha doce menininha. — do outro lado da casa a porta da sala foi destrancada, mamãe me olhou com aquele olhar doce e aconchegante que por alguns segundos me fizeram acreditar que tudo sempre daria certo. — suba para o quarto, [ Nome ], a conversa é com o seu pai agora.

Não questionei, apenas obedeci de cabeça baixa, fui subindo as escadas lentamente, degrau por degrau, meu irmão Kenzo estava parado na frente do quarto, ele me estendeu a mão, não exitei em correr para os seus braços para um abraço apertado.

— eles estão brigando de novo, não é? — olhei pro meu irmão com os olhos levemente marejados, ele balançou a cabeça em negação, enxugando minhas lágrimas com o polegar.

No andar de baixo o barulho era alto, gritos raivosos e coisas se quebrando a todo instante, mamãe chorava, papai gritava e se desculpava como sempre, era sempre as mesmas desculpas bestas como "não me deixe", "não irei voltar a vê-la" e "eu te amo, prometo que vou mudar", até eu que tinha sete anos de idade na época sabia que ele estava mentindo e que nunca mudaria. Quando voltei pra realidade da vida, Kenzo estava sentado em um cantinho escuro do quarto bagunçado enquanto chorava, meu corpo tremia, minha visão escurecia e as lágrimas quentes rolavam pelo meu rosto avermelhado e inchado de tanto chorar. Não me lembro de muita coisa depois daquilo, apenas de sentir uma dor de cabeça tremenda e uma ardência muito irritante, lembro também que naquele momento as coisas ficaram turvas, minha visão ficou embaçada e a última coisa que me lembro foi de mamãe gritar no andar de baixo para meu pai ir embora, depois daquilo eu apaguei.

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                                   𝗱𝗶𝗮𝘀 𝗮𝘁𝘂𝗮𝗶𝘀.

Talvez tenha demorado um pouco pra que eu percebesse que meu querido pai tinha uma outra família, e que era um drogadinho de merda, minha mãe nunca comentou sobre isso com a gente, tivemos que descobrir sozinhos.

Voltei a realidade quando escutei um trovão alto do lado de fora, aquele era meu clima favorito de toda a vida. Me levantei da cama, não fazia muito tempo que eu tinha tomado banho, não tinha nada de muito interessante pra fazer em casa, então pensei "por quê não dar uma volta?, o que pode dar de errado?".

[ alguns minutos mais tarde ]

Ok, foi uma péssima ideia, agora me encontro correndo feito louca de um cachorro enorme no meio do nada, era eu na frente ele atrás, tava' tão concentrada em me libertar daquele bicho raivoso que nem percebi que nem ali mais ele estava, só me dei conta quando olhei pra trás de relance, mas quando voltei a olhar pra frente novamente, dei de cara com alguma coisa dura, que me fez cair com as costas no chão.

— ai caralho, minha cabeça. — me levantei rapidamente enquanto xingava mentalmente todo mundo.

[ ??? ] — ou sua sonsa, você não olha por onde anda não? — ele tava falando desse jeito comigo? que filho da puta arrombadinho.

— não, eu não olho porra nenhuma, e a culpa não é minha se você tava aí parado no meio do caminho parecendo um poste, seu porco espinho mutante.

[ ??? ] — você me chamou de que, trombadinha? pra sua informação, você é a errada de vir na direção dos outros parecendo um touro raivoso, soltando fogo até pelas pregas do rabo. — ele me respondeu ríspido.

Quando eu estava prestes a responder, minha respiração foi falhando e a vista foi escurecendo, por um segundo senti como se minha alma estivesse vagando sobre o ambiente pouco movimentado, fiquei em estase, tudo parecia estar lento.

[ ??? ] — segura ela, seu bosta, ela vai desmaiar. — foi a última coisa que escutei antes da minha cintura ser agarrada, e depois eu não me lembrava de mais nada.
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☆ᱺ é a ruby aqui galerinha do mau, eu não sei se gostei de como isso aqui ficou, mas qualquer coisa eu reescrevo depois.

☆ᱺ caso queiram algum pedido especial, é só deixar aí nos comentários.