Mundo Beta.

86 4 0
                                    

__Toya!

__ Não pare Natsuo, olhe para frente! __ dizia o maior, olhando para trás.

__ Vão notar você, diminua o cheiro! __ as ruas eram ocupadas por soldados Alfas correndo de todos os lados, gritos eram ouvidos a distância.

__ Não. O cheiro de vocês ficará evidente.

(...)

__ Fuyumi... Quem são essas pessoas? __ perguntara o irmão caçula agarrado à calça da irmã.

__ Natsuo! Vem... Hu? Cadê o Toya??







__ Shot...

O menino se remexeu na cama.

__ Shoto! Acorda!

__ Me deixa dormir, Fuyumi! __ resmungou.

__ Depois você pode dormir, tem escola hoje. __ disse a maior retirando as cobertas do menino.

Shoto Todoroki. 16 anos. Possuía cabelos bicolores, assim como heterocromia. Era um Beta com cheiro de margaridas. Os cabelos colados na testa denunciavam que estava suando.

__ Ahnn... Tá calor. __ disse indo ao banheiro para fazer sua higiene matinal. __ Eu odeio o calor.

__ Vai com a gente hoje? __ perguntava a albina do outro lado da porta. __ Sabe... vamos lá, ver ela.

__ Hm. Okay.

Depois de fazer sua higiene matinal, desceu as escadas para tomar café.

Ele e seu irmão Natsuo e sua irmã Fuyumi viviam em uma casa um pouco mais distante da escola de Shoto, tinha que acordar cedo. Fuyumi era professora, com 23 anos e Natsuo, de 22 anos ainda estava na faculdade, mas trabalhava em uma floricultura nos finais de semana.

A cidade em que viviam era  Everfree. "Para sempre livre". Uma cidade bem grande, onde a maioria era Beta. Depois dos 11 anos, os cidadãos de Everfree viviam muito bem, sem nenhum contato com o mundo Alphômega. Quer dizer... quase nenhum contato.

Do outro lado da floresta, continuavam a nascer crianças Betas. O governo Alfa não os matava, apenas contatavam os Betas de Everfree para vierem buscar a criança – no maior sigilo possível – e, quando chegava na cidade Beta, era colocada em algum orfanato. Esse era o único contato que Betas, Ômegas e Alfas possuíam, pois de nada sabiam dos acontecimentos de cada cidade. Fuyumi dava aulas para certas crianças órfãs.

__ Bom dia Shoto! __ sorriu o irmão mais velho, sentado na mesa com uma caneca de chá na mão.

__ Bom dia.

Shoto não era um adolescente bem animado, depois dos acontecimentos de quando era uma criança, memórias de seu pai, relacionamento quebrado com sua mãe, e as dificuldades que passaram ele era um menino reservado, quieto e calculista.

__ Shoto vai com a gente hoje, Natsu!

__ Hum? __ colocou a caneca em cima da mesa, surpreso. __ Sério?

__ É. Vou sim. __ colocava o presunto em um pão enquanto falava. __ Vou ver a mamãe com vocês. Já que logo o cio da Fuyumi vai chegar e ficaremos... Separados. __ continuou __ Ah, você vai passar o cio com remédios de novo?

__ Ah! __ soltou a albina __ Não. Eles estão me fazendo mal... Quanto a isso...

__ Vou ajudar ela. __ completou Natsuo, voltando a beber seu chá e lendo o livro.

__ Natsuo!! __ repreendeu.

__ Que foi? A gente combinou de contar pra ele.

__ Não era assim que eu pretendia falar! __ ralhou a mais velha, com uma vergonha constrangedora. Irmãos ajudavam uns aos outros nos cios soltando feromônios tranquilizadores, mas as vezes falar disso só fazia com que essa atividade fosse vista com malícia, o que não era a intensão.

Entre Betas, Ômegas e Alfas (Todobakudeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora