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À caminho da casa de Tails, não demorou nem 5 segundos e eu já estava na frente de sua porta. Pelos barulhos de ferro e batidas de martelo, deduzi que o mesmo não estivesse em casa e sim em sua oficina que ficava nos fundos do quintal. Foi aí que eu tive a brilhante ideia (ou quase) de chegar de surpresa pulando a cerca e indo em direção onde a raposa se encontrava, seria isso invasão de privacidade? Bem, não sei.

Dei alguns passos de forma rápida e silenciosa e já o avistando distraído concertando algo dentro de seu avião, tomei impulso e apertei seus ombros:

- Buuu! Te peguei Tails!

-AGH! - Pude senti-lo tremer de medo, tadinho.

- Misericórdia Sonic, por um segundo eu pensei que poderia ser seu fantasma vindo me assombrar.

- Haha não seja por isso, pode me encostar, eu tô vivo ó! Aqui é carne, osso e espinhos.

Depois disso, caímos no riso tanto que caíram até algumas gotículas de lágrimas do meu olho mas dessa vez eram de felicidade. Tinha me esquecido o quão bom era está em sua presença, uma pena que era só de passagem...

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- E o que lhe trouxe até minha humilde residência? - Perguntou-me curioso, com sua risada ainda se desfazendo aos poucos.

- Era apenas para lhe mostrar que estava bem e que não tinha com o que se preocupar! Estou passando na casa de todo mundo pra avisar.

- Ahh sim, entendo mas poxa é uma pena pois queria que ficasse :(

- Qualquer dia desses bora marcar de passar um dia só nós dois, que tal hein??

- Eu topo!

- Então está marcado!!

- Bem Tails, agora eu tenho que ir... - Ao me despedir, lhe dei um abraço apertado e reconfortante. Acho que não é surpresa mais pra ninguém o quanto eu gosto disso, não é mesmo?

- Até mais, Sonic!! - Posso vê-lo acenar para mim de longe na medida em que ia acelerando meus passos até a casa de knucles. Por que meus amigos tinham que morar tão longe uns dos outros?

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Ao chegar na residência de Knuckles aperto a campainha. Passou-se alguns minutos e nada do echidna contestar do outro lado, foi assim que dei algumas batidas na porta e mais uma vez toquei a campainha.

Por fim, me conformei de que talvez ele poderia não está em casa naquele momento ou poderia está dormindo. "Outra hora eu volto aqui" pensei.

Já havia perdido muito tempo, justamente quando eu decido ir à casa de Blaze, Silver e Mephiles, a pior de todas...

Não me levem a mal mas eles moram na região rural da cidade, é deveras afastado do convívio com o restante da sociedade e o caminho para chegar lá de noite é sinistro.

O sol já estava se pondo, antes de escurecer tratei de acelerar meu passo e peguei atalho por um bosque alí perto, era difícil enxergar sobre aquelas árvores e a iluminação não favorecia nada. Foi aí que senti esbarrar com algo pelo caminho...

- Ai! Vê se olha por onde anda, seu idiota. - A coisa, ou melhor, aquele alguém de voz grave familiar resmungou.

- Me desculpa, mas também o que você queria que eu fizesse?! Como alguém vai enxergar num lugar desses? - ergo minha mão no escuro para ajudá-lo.

- Certamente, por isso gosto daqui, é longe de toda a correria da cidade e ninguém me perturba. - O sinto segurar em minha mão e puxo para que possa se levantar.

- Você tá bem?? Se machucou?

- Tô bem, não se preocupe. - Por sorte estávamos seguindo o mesmo caminho, então assim que saíssemos do bosque poderia ver seu rosto.

Ao sair me surpreendo ao perceber que ainda estava de dia, os raios alaranjados do crepúsculo fundindo com aquele azul profundo do céu faziam-se uma bela paisagem. E ao olhar pro lado finalmente me deparei com o rosto daquele desconhecido, ah se eu soubesse antes...

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Por alguns minutos se fez um silêncio mortal, apenas encarando a face um do outro. Era como se alí estivesse diante de mim um espelho feito de carne cujo podia notar algumas semelhanças exceto por sua vestimenta peculiar, parecia não ser daquele século.

 Era como se alí estivesse diante de mim um espelho feito de carne cujo podia notar algumas semelhanças exceto por sua vestimenta peculiar, parecia não ser daquele século

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- Como assim você... Se parece comigo?

- Ah, você jura?? - Respondi em tom sarcástico fingindo surpresa.

- A diferença é que eu sou mais bonito, é claro.

- Tá mais pra um bicho do mato.

- Calado eras poeta.

- Como é convencido. - Reviro os olhos.

Passando-se um tempo, nos sentamos sobre à grama e ficamos alí, admirando o pôr do sol:

- Bem que Maria já dizia que o sol era mais lindo de se ver daqui da Terra... - O vejo surrando quase inaudível.

- Hum? Disse algo?

- Não não, estava só pensando alto aqui.

- Entendi, nem nos apresentamos, né? Me chamo Sonic the hedgehog mas e você?

- Sou Shadow the hedgehog, prazer.

Esse nome... Na hora em que o escutei senti como uma pontada em meu cérebro, eu tinha a impressão de já ter escutado aquela voz e aquele nome antes. Sem dúvidas, aquilo não me era estranho.

Foi aí que recordei...

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