Perfeita · jeongcheol ᴾᵀ⁻ᴮᴿ [SVT]

Capítulo Único

Ei, pessoal... Tem sido uma semana difícil. Como estão se sentido? Espero que todos estejam bem.

Bem, essa é a primeira fanfic de Seventeen em qual trabalhei, e não pretendo fazer dela a última. "Perfeita" faz parte de uma série de fanfics baseadas em músicas, a S.S.S. (Short Stories based on Songs). Dentro dela teremos várias oneshots e short-fics, inspiradas em diversas músicas. É um projeto em qual venho pensando por um tempo, e essa é apenas a segunda história que tenho sucesso em terminar.

E espero que possam aproveitá-la, tanto quanto eu me entretive ao escrevê-la. Gostaria muito de ler alguns de seus comentários e opiniões. Vocês não fazem ideia do quanto eles nos incentivam a continuar.

Bem, até a próxima! Quem sabe num futuro próximo.

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O beijo dele estava com um gosto diferente.

Ou talvez ele apenas estava enlouquecendo. Ao menos, foi nisso que ele decidiu em se convencer a primeira vez que sentiu.

Mas então aconteceu novamente. Uma segunda, uma terceira, uma quarta, e tantas outras vezes... O suficiente para que ele tivesse certeza que apenas não era o mesmo. Não tinha o gosto de seu habitual hidratante labial de cereja. Ou o sabor misto de cereja e morango de quando eles já tinham respirado tanto do mesmo ar que começavam a ter o mesmo gosto. Agora, havia algo a mais, ligeiramente amargo, quase imperceptível. Ainda assim, isso foi tudo que foi preciso para Jeonghan saber.

Havia outro alguém.

Então, as mensagens começaram, e ele estava sempre no celular. Sorrindo, polegares voando pela tela, como se não houvesse amanhã. Não importava se era em um dos encontros entre amigos ou quando estavam sozinhos no pequeno apartamento de Jeonghan, quando ele vinha visitá-lo durante a noite. E, da mesma forma, independentemente de onde estivessem, ele não conseguia desviar o olhar. Curioso sobre quem seria aquele alguém que o fazia sorrir tão abertamente, quem seria aquele estranho que o fazia se apaixonar bem diante de seus olhos.

Não deveria ser uma surpresa. Ele sabia que estava fadado a acontecer. No entanto, de alguma forma, ele ainda foi pego desprevenido. E agora tudo o que lhe restava era esperar que o que quer que fosse que eles tivessem chegasse ao fim.

Mas não chegou. Ele ainda apareceria ocasionalmente, ainda o procurava quando ele sentia a necessidade. Ainda o beijava como se ele fosse o único; o tocava como se ele fosse a única pessoa a ter permissão para tal; e o abraçava apertado durante a noite como se ele fosse algo de grande importância. Até que isso também começou a mudar, logo quando Jeonghan se sentia seguro que não iria. Lentamente, ele começou a se afastar de seu toque, como se ele não pudesse suportar a ideia dele. Não importava se era apenas o simples encostar de lábios, ou se eles estavam pele contra pele, ele sempre se certificava de manter as mãos de Jeonghan longe dele. Quando se beijavam, suas mão iriam ser seguradas firmemente entre seus corpos; e na cama, ele as manteria presas acima de sua cabeça, contra o travesseiro ou os lençóis. O fizera com tanta frequência que Jeonghan não tivera outra opção a não ser se acostumar. Porque ele não era, o único, ou alguém importante. Ele nunca havia sido.

Então ele começou a falar sobre ela enquanto dormia. Ela. Agora ele sabia que aquele alguém era uma ela. E honestamente... Talvez ele realmente estivesse enlouquecendo. Pois ele começou a fazer o mesmo em seu próprio sono.

Era ela bonita? Deveria ser. Assim como ele.

— Me mostre como te tocar — ele sussurrou, subindo em seu colo. — Assim como ela faz — ele não acrescentou, naquela noite em que ele apareceu na porta de sua casa, radiante. Na mesma noite em que ele finalmente entendeu o que aquele gosto amargo realmente era. O batom dela. Aquela mancha no canto de sua boca era inconfundível. Ele podia sentir o gosto do batom dela. Era como se ele também a estivesse beijando.