Conhecendo a ''Família''

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Capitulo 1

Minha madrasta o caramba!

Quando meu pai resolve se casar.

–– Acorda! ––Senti alguém balançando meu corpo
abro um pouco os olhos ––Mais cinco minutos, pai.
–– Não te dou nem meio minuto mocinho, levante já! ––Ele puxou minha coberta
–– Que droga pai!Não quero ir te ajudar hoje.. ––Resmungo com a mão nos olhos
–– Olha como você fala comigo, Khao. ––Ele se senta na beirada da cama ––Vamos comigo só dessa vez, sim?
–– Tá bom, tá bom... Eu vou... Mas só porque vai ser aqui na cidade. ––Me sento na cama e bocejo
Eu não queria ir, não mesmo. Mas meu pai sempre me convencia a ir com ele, às vezes tinha que acompanhar até mesmo fora da cidade.
Cinco minutos depois eu me arrumei, fiz minha higiene pessoal e desci para a cozinha.
–– Pai, o que tem para o café? ––Digo enquanto olho para a mesa e não vejo nada
–– Desculpa Khao, mas a gente 'ta atrasado e não tive tempo de preparar nada. ––Diz ele pegando duas maçãs do fruteiro ––Mas tem essas maçãs para o café, toma. ––Ele me entrega uma enquanto morde a outra.
–– Melhor que nada, não é? ––Pego e dou uma mordida
Meu pai era comerciante de coisas artesanais e tecidos e temos um ótimo capital, mas não mais do que o Rei.. Raramente meu pai ficava na cidade, pois ele ia pelo mundo todo fazer seus comércios tanto como vender, tanto como comprar.. Quando ele estava fora da cidade, quase sempre, ele me mandava dinheiro para pagar as despesas da casa.. Não que eu precisasse tanto até porque eu fazia um trabalho aqui, outro ali.. Eu até costurava algumas peças de roupa para vender e elas são um sucesso.
–– Pronto, chegamos. ––Diz ele abrindo a porta de um salão onde era sua loja ––Você pode começar organizando os tecidos, os coloque no lado direito por cores, tamanhos e texturas.
–– Isso vai demorar... ––Olho em volta e percebo o quanto o salão é grande quando está quase vazio.
–– Não se você começar logo. ––Diz ele me entregando alguns tecidos e colocando os outros na bancada, esses eu também vou ter que arrumar mais tarde com certeza
Fui organizando eles cor por cor, textura por textura e depois de uns 20 minutos acabei de arrumar os tecidos..Enquanto isso o meu pai estava arrumando os artesanatos.
–– E agora a gente faz o que? ––Olho em volta e vejo tudo organizado.
–– esperamos os clientes para poder vender. ––Ele puxa uma cadeira e senta ––enquanto isso eu vou lendo o jornal de hoje.
––Só isso?Então ta. ––Sorrio e pego uma cadeira para tirar um cochilo, mas não consegui por conta do barulho.
Poucos minutos depois a loja se encheu de gente em muito menos tempo do que eu esperava que fosse encher.
–– Então a senhorita quer 4 metros de tecido azul-celeste... E o senhor 3 metros de verde-musgo?––Fico meio perdido no meio de tanta gente, mas consigo anotar todos os pedidos.
–– Senhora, não vendemos fiado.. ––Fico cercado de pessoas
–– Os artesanatos são do outro lado... Não, não temos dessa cor... 5 metros?Acho que consigo para você.. ––Vou atendendo um por um para que eu não desmaie de tontura.
No final do expediente uma mulher de mais ou menos 45 anos, com 1,66 de altura, pele clara e com algumas rugas, cabelos que alternavam entre preto e grisalho.. Wow, ela tinha olhos verdes bem chamativos.
–– Senhora, nós já fechamos por que a senhora não...
–– Mas eu não vim comprar nada, mocinho. Vim ver o Somchai. ––Ela me olhou de cima a baixo me julgando em silencio––Ele está?
–– Ele deve estar no fundo da loja, vou chamar para você. ––Coloquei a vassoura de lado e fui procurar meu pai nos fundos.
–– Pai?Você 'ta ai?Tem uma mulher lá na frente querendo falar com você ––Olho para os lados e o vejo dobrando alguns tecidos que sobraram.
–– Quem?Ah, sim... Eu já estou indo, espere só um pouco. ––Ele coloca os tecidos no chão e me segue até onde aquela mulher estava.
–– Anong?Achei que não iria vir mais. ––Ele sorri e deposita um beijo na mão direita dela
–– Como poderia não vir te ver, querido? ––Ela da um sorriso rápido e logo me olha novamente
–– Esse seu empregado não vai embora?Quero falar a sós com você. ––Ela diz em um tom sério
Empregado?Eu?Ela não me conhece?Que mulherzinha mais metida.
–– Anong, esse é meu filho que tanto te falei... Você pode falar o que precisa com ele aqui. ––Ele me puxa mais para perto dele
–– Ele?Seu filho?Aah... ––Ela ri sem graça ––É um prazer conhecê-lo. ––Ela dá um sorriso falso
–– Queria poder dizer o mesmo... ––Falo resmungando e reviro os olhos
–– O que disse? ––Ela me encara com aqueles olhos ameaçadores
–– Disse que falo o mesmo... É um prazer te conhecer. ––Sorrio totalmente falso
–– Que bom que se deram bem, pois vão passar bastante tempo juntos. ––Meu pai alternou entre me olhar e olhar para ela
Ele só podia estar brincando, nunca ficaria com ela por mais de 5 minutos.
Ela ficava me olhando como se ela me estrangularia ali mesmo que estivéssemos sozinhos.
–– Como é?Por que ficaria junto com ela? ––Cruzo os braços ––Ela vai trabalhar aqui é?
–– Uma dama como eu nunca trabalharia, ainda mais aqui.
–– Khao... Eu queria te contar faz um tempo... Acho que já está na hora de você saber. ––Ele me olha ansioso
–– Não vai me dizer que você vai se casar com.. Isso. ––Olho para ela e ela me olha surpresa
–– Bom.. É exatamente isso. Vou me casar com ela amanhã. ––Ele tenta pegar em minha mão, mas eu a puxo para longe dele
–– Filho... Olha, eu sei que isso deve ser meio repentino e estranho 'pra você, mas eu acho que você precisa de um afeto feminino, um afeto materno já que eu te criei sozinho.
–– Acontece que ela não é minha mãe e nunca vai ser. ––Aumento minha voz ––Eu não quero e nem preciso do afeto de nenhuma mulher que quer se passar pela minha mãe.
–– Mas filho, você também vai ter irmãos. Você vai ter com quem dividir suas coisas e com quem conversar. ––Ele tenta pegar na minha mão novamente e eu afasto mais uma vez
–– Mas eu prefiro ser filho único, nunca quis irmãos ou muito menos dividir minhas coisas com eles. ––Saio de lá batendo os pés e vou direto 'pra casa.
Ele só podia estar zoando com a minha cara. Madrasta?Irmãos?Eu nunca quis nada disso.
Ela era assustadora demais, provavelmente teria pesadelos essa noite.
Assim que cheguei subi para o meu quarto e me tranquei lá.
–– Será que ele gosta mesmo dela?Ela não é nem bonita... Não sei por que ela se chama *Anong. ––Falo irritado e sento na cama

Mr. Cinderella (FirstKhao)Onde histórias criam vida. Descubra agora