Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sanemi levantou por volta das 10h da manhã, passando o braço pela cama na procura de Gyomei, já não sentindo o corpo do mais velho ali, imaginando que ele poderia estar meditando em algum lugar da casa. Shinazugawa tomou seu banho com calma e aproveitando a água quente da banheira, relaxando seu corpo depois da missão do dia anterior.
Após acabar, enrolou uma toalha em sua cintura e escovou seus dentes em seguida, olhando-se no espelho e observando seu corpo com mais cicatrizes do que ele poderia contar. Sua vida como Hashira não era fácil, todavia, foi o que ele escolheu e não se arrepende. E o motivo inicial foi seu irmão mais novo.
Concluído a higiene matinal, Sanemi vestiu sua roupa habitual, pronto para ir à caçada de Onis caso fosse solicitado. Saindo do quarto, seguiu para cozinha tomar café da manhã, vendo Muichiro sentado em volta da mesa, bebericando seu suco e logo notando sua presença. Sanemi às vezes esquecia que seu irmão e cunhado moram com ele e seu marido, mesmo que isso faça mais de 3 anos.
— Bom dia — Sanemi desejou bocejando, sentando-se de frente para o mais novo e despejando um pouco de café na xícara que estava vazia sobre à mesa.
— Bom dia — Muichiro respondeu após mastigar um dos biscoitos de gengibre feito por Gyomei.
— Cadê o crápula do seu marido?
A maneira como Sanemi falava do irmão era graciosa.
— Ele saiu cedo para uma missão junto do Rengoku — o mais novo limpou o canto da boca com a mão, sentindo o farelo saindo dali, levantando-se em seguida e fazendo Sanemi ver o ventre de 3 meses que carregava do primeiro filho, no tempo em que ele caminhava até a pia para lavar o que sujou.
— Está se sentindo bem? Gyomei me disse que ontem você estava enjoado — o de fios brancos perguntou, parecendo mais preocupado do que queria.
— Nesse momento sim. Fiquei assim por ter comido mamão além do que podia — Muichiro terminou e secou as mãos, indo pegar mais dos biscoitos feitos pelo mais velho da casa, tirando uma risada do cunhado.
— Tudo bem. Não exagere! — avisou ao Tokito quando ele colocou 4 das guloseimas no prato.
— Diga isso para o seu sobrinho — Muichiro saiu do local levando o prato consigo e fazendo Sanemi arquear uma sobrancelha pela audácia.
Deixando isso de lado, o Shinazugawa terminou seu café sozinho e fez o mesmo que Muichiro e logo saiu de dentro da residência à procura do marido. Caminhando para a área de trás, ele viu o Himejima meditando, como havia imaginado mais cedo. Sanemi seguiu até o mais alto com tranquilidade, sentindo o piso amadeirado fazendo um leve barulho e chamando a atenção do outro.
— Sanemi? — Gyomei perguntou, sabendo que era seu amante somente pela forma como ele andava.
— Sim, Mei — o Shinazugawa chamou o mais velho pelo apelido carinhoso, ficando em pé na frente do homem sentado de olhos fechados, concentrado em sua meditação — Posso me sentar com você? — a voz saiu baixa e envergonhada, tirando um sorriso dos lábios de Gyomei que acenou positivamente.
Logo Sanemi baixou-se e passou a cabeça sob as mãos juntas do Himejima, virando-se um pouco desajeitado e sentando no colo do esposo, encostando suas costas no peitoral largo que Gyomei possuía. Sanemi se ajeitou confortavelmente e relaxou, deixando seus braços por baixo dos de seu marido que beijou o topo de sua cabeça com carinho, podendo sentir o cheiro bom do seu shampoo.
O colo de Gyomei era tão bom que Sanemi se sentia protegido de qualquer coisa.
Ali, naquele local silencioso onde era possível somente ouvir suas respirações tranquilas, Sanemi recordou do seu passado quando Gyomei confessou que sentia algo a mais por ele, e foi uma cena tão fofa que o próprio Sanemi, sendo bruto e esquentado, ficou vermelho como um pimentão ao ver o marido ajoelhado, com o pessoal em volta jogando pétalas de rosa e arroz para deixar o clima ainda mais romântico naquela noite estrelada no jardim da mansão.
A partir dali, não desgrudou de Gyomei e percebeu somente ao começar a se relacionar com o Himejima, como poderia ser grudento e ciumento, mesmo que o esposo não pudesse enxergar, dizia que o mais velho não deveria ter olhos para outra pessoa a não ser ele, o que fez Gyomei rir e responder entre risadas que nunca iria desviar o olhar de Sanemi.
Shinazugawa sorriu com o pensamento, roçando seu nariz no braço de Gyomei coberto pela vestimenta e recebendo um beijo na nuca logo em seguida, o que lhe fez arrepiar com a respiração quente no local sensível e chamar pelo nome do mais velho mansamente.
— Cheiroso como sempre — Gyomei sussurrou ao pé do ouvido, sabendo que aquilo era suficiente para deixar seu esposo fraco e envergonhado.
— B- bobo... — Sanemi respondeu manhoso, apertando os braços do marido, mesmo que suas mãos não conseguissem rodear um terço da carne.
— Por você — o Himejima falou, voltando a se concentrar em sua meditação.
Sanemi deu um breve suspiro e se permitiu tirar uma soneca, afinal, ainda se sentia um pouco cansado da missão do dia anterior, e nada melhor do que dormir no colo de seu esposo que era grande como um urso e tão fofo quanto.
Gyomei terminou sua meditação e sabia que seu amado ainda permanecia em seu colo, porque, além do peso, ouvia sua respiração tranquila enquanto dormia sem menção de acordar. Gyomei ouviu as risadas de 2 crianças se aproximando, e ele sabia muito bem quem eram os pingos de gente.
— Papai! — à menina, idêntica ao Shinazugawa, exclamou um pouco alto, logo sendo repreendida pelo irmão minutos mais velho que ela, esse que, além da aparência, tinha a mesma calma que Gyomei possuía.
— Fale baixo, Sanazu. Olhe, mamãe está dormindo — o menino falou, fazendo a citada perceber somente agora e rir baixinho, aproximando-se junto dele de seus pais.
— Crianças — Gyomei sorriu para a dupla de apenas 5 anos de idade. Mesmo sem poder vê-los, sabia que eram tão lindos como Sanemi — Como foi o treinamento com Shinobu?
— Foi muito bom e engraçado — Gyohime, o menino ao lado de sua irmã falou, vendo Sanemi se remexer no colo de seu pai e abrindo os olhos lentamente, logo vendo os pequenos em sua visão.
— Catarrentos, venham cá — Sanemi disse, ainda parecendo sonolento enquanto a dupla sentava em seu colo, um em cada perna, recebendo seu abraço e logo em seguida de Gyomei.
— Conte-me como foi — o mais velho viu o esposo cair desmaiado mais uma vez e os pequenos começando a falar um atrás do outro, em uma cena que fazia seu coração ficar preenchido.
Gyomei não poderia imaginar que por conta de uma simples declaração de amor, do qual estava nervoso em realizar, faria com que ele tivesse uma linda família agora, e zelava por ela, para manter seus filhos seguros de qualquer mal deste mundo junto de Sanemi, que mesmo dormindo, estava ligado no 220.
Fim. ┏⚜️┈┈┈↷ ┇✐; ɴoтαs dα αυтoгα
Pequeno, porém feito com carinho que esse casal merece!
