capítulo 2

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Ravena

Acordo no outro dia bem cedinho, tomo um banho bem gelado para acordar, coloco a mesma roupa, pois não tenho outras, suspiro cansada, queria meu tête, mas ainda não tenho nada aqui, levanto vestindo minha sapatilha surrada que tem um furinho em baixo, e saio trancando a casa indo em direção a rua e procurando algum lugar em que eu possa trabalhar, entro em uma lanchonete, e vou até o balcão.

Ravena: Olá vocês estão contratando?

Pergunto com um sorriso tímido nos lábios a moça do caixa me encara feio, não gosto dela, mas logo uma senhora vem vindo em minha direção e me olhou com um sorriso acolhedor.

Senhora: Estou sim, para a limpeza se você, tiver interesse pode começar agora mesmo.

Abri meu melhor sorriso enquanto a moxa revirava os olhos ignoro ela e olho a senhora a minha frente balançando a cabeça freneticamente.

Ravena: Aceito, sim

Senhora: me acompanhe para pegar as coisas, vai ficar das 9h30 até às 22h, tranquilo para você?

Ravena: sim

A senhora me levou até os fundos me entregou um avental e as coisas da limpeza, já começou limpando por ali mesmo a senhora já tinha saindo, enfim vou limpando tudo direitinho, até a lanchonete estar brilhando para ela não brigar com Ravena, sempre sorrindo, pois estava grata ao trabalho.

Quebra de tempo

Já se passava um pouco das 22h, estava cansada mas guardei tudo, dei tchau a senhora que agora sei que se chama Lúcia, e sigo meu caminho para minha casinha, passo na vendinha e compro algumas comidinhas e sigo para casa, faço meu tête, tomo meu banho e caio na cama cansada.

Um ano depois

Já havia se passado um ano desde que cheguei aqui fiz amizades com duas meninas, uma se chama Solange mas pede pra eu chamar ela de Barbie e a outra eu chamo de Dias, elas são muito lindas e tem a cor do chocolate, eu gosto bastante delas, eu comprei roupas também e agora eu me sinto em casa, continuo no meu trabalho e continuo grata a ele, sempre limpo tudinho com meu melhor sorriso, minhas amigas não sabem que tenho infantilismo e quero que continue assim, eu me acostumei a falar tudo corretamente reprimo bastante meu lado infantil com medo de alguém me bater novamente... Eu falo com o loiro também ele é bem engraçado e me protege eu conheci o americano, ele me acompanha quando o Loiro não pode, eles sempre falam de um tal de coreano com as meninas mas eu nunca conheci e nem quero, tenho medo vai que ele me manda de novo para aquele lugar, meu corpinho se arrepia só de pensar, estava andando pelas vielas da favela, já estava bem acostumada com esses caminhos que nem me importava de andar sozinha, hoje nem o loiro e nem o americano conseguiram me acompanhar para casa, e minhas amigas estavam em uma festa aqui no morro mesmo acho  que se chama baile, eu nunca fui, e nem quero ir esses lugares cheios, meus seios estão pesados e eu só quero chegar log na minha casinha, estava tão distraída ao entrar em um beco um pouco escuro só sinto meu corpo ir de encontro ao chão ou o que eu achava que era chão já que cai em cima do moço até então desconhecido por mim, sua voz se faz presente ela é rouca e seu tom de voz é grosseiro, logo sinto as lagrimas e o nervosismo me dominar.

xxx: Não olha por onde anda fedelha _ Automaticamente algumas lagrimas caem de meus olhos, e eu agradeço por estar escuro.

Ravena: Eu... eu... disculpa moxu _ Digo de forma errada pois estava muito nervosa e com medo, quando o som de minha voz chega aos meus ouvidos fico ainda mais nervosa e acabo saindo correndo dali, e indo o mais rápido possível para minha casa, ao chegar em casa tranco todas as portas e janelas e me jogo na cama ao longe se ouvia barulhos de tiros e música alta, mas dentro do meu quarto só se ouvia os soluços demonstrando o quão em pânico eu estava com um desconhecido...

AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora