A professora de Artes

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Amélie estava no bar e por sua garganta passava o álcool caro que a queimava e intoxicava seu organismo, mas aquilo era mais do que merecido após um dia cansativo dentro de uma sala de aula.

Ela poderia sair ao menos uma vez na semana para beber com os amigos, com amigos ela queria dizer pessoas que conheceu em um bar qualquer ou no momento ali.

Enquanto eles se divertiam flertando com mulheres ou dançando em algum canto, ela mandava mais uma bebida para dentro em um gole rápido.

Dar aula de sociologia era difícil e desgastante, principalmente a parte do estudo e compreender o assunto, mas era algo que ela amava. Ela não trocaria isso por nada em sua vida.

Mas naquele momento o que lhe interessava, estava entrando no bar, a mulher de cabelos dourados e sorriso gracioso.

A música latina toca no bar e ecoa pelos auto falantes, a mulher parece sorrir com o fato de ser música latina e arrasta o amigo para a pista de dança.

O olhar de Amélie ainda paira sob a mesma mulher, Amélie virá o álcool rapidamente batendo o copo no balcão.

A mulher de cabelos dourados parece uma obra de arte… Amélie tem para ela que aquela mulher é a mais deslumbrante de todas.

Apesar da mulher não ter nenhuma descendência latina, a música parece movê-la e ela dança com leveza, algo que Amélie admira nela.

A mulher não parece querer compromisso com alguém, ela não tem intenções naquele bar diferente das outras pessoas que estão ali para benefícios.

Após dançar bastante, a mulher se dirige ao bar, onde Amélie está sentada. A francesa muda sua postura procurando estar o mais séria possível e parecer ser interessante.

Ela pede uma tequila ao garçom e então ele flerta com ela, mas ela simplesmente o dispensa de dócil e não rudemente. Amélie sente-se receosa, mas ainda está confiante de flertar.

Ela pois um sorriso confiante em seu rosto, a mulher buscou incorporar aquela energia contagiante que distribuía em sala de aula.

— Eu não entendo porquê de músicas sertanejas, elas não são nem tão boas assim —. A mulher de cabelos dourados disse.

— Eu honestamente curto um pouco de tudo — Amélie prosseguiu com o assunto.

— Não mais do que ele — A mulher apontou para o amigo que estava animado.

Milo estava com o microfone em mãos, uma música de Taylor Swift tocava e a melodia doce da música se misturava ao som da voz aguda Milo, a combinação não soava nada boa, mas o que importava era a felicidade que isso proporciona ao homem.

Amélie e Bárbara não conseguiram segurar o riso e caíram em gargalhadas, gargalhadas daquelas que doem a barriga de tanto rir e que o fôlego some em um segundo.

O drink chegou a mesa e logo a bebida alcoólica descia pela garganta de Bárbara, ela bebeu a tequila sem fazer careta alguma.

Bárbara mexeu o cabelo e os colocou um pouco para o lado, deixando visível o brinco em seu orelha e seus piercings expostos.

Amélie ficou encantada com aquilo, a mulher era pura divindade. Seus olhos não saiam da mulher nem por um segundo e a mulher se divertia com esse fato.

— Hm… qual é seu nome, querida? — A mulher disse após beber a bebida.

Ela poderia simplesmente ignora lá como fez com o garçom ou quem sabe flertar com todas as outras pessoas daquela boate, mas seus olhos estavam em Amélie também.

Ela literalmente apaixonou se pela forma desajeitada e pela confiança de Amélie, o flerte era indiscreto e vinha com segundas intenções.

— Eu? — A francesa fica muda por um segundo como se ficasse confusa — Oh, claro! Eu sou Amélie Florence e você, minha cara? 

De bar em bar 🍺 - BarbelieOnde histórias criam vida. Descubra agora