After Care, After the Fight || Kiribaku

I'm in love with a criminal...

hey hey.

chegando aqui com um plot que foi o primeiro que eu pensei para a krbk week deste ano, porém me enrolei e escrevi mais do que o esperado.

Isso também era pra ser um pwp cheio de saliência pesada, mas o que minha mente nos deu: drama e choro.

É isso, um pouco agridoce, mas valendo.

Gosto do conceito de vilões, queria trabalhar melhor o nosso querido Dynamight maléfico, mas deixa pra próxima.

Já postei no Spirit, mas agora com a belíssima capa feita pela @Kuriyama_Nyah , cá estou postando aqui também.

Kuri muito obrigada pela capa PERFEITA, eu sigo apaixonada.

Enfim, para quem me deu a honra da companhia:

Boa leitura!

[...]

Já era quase de madrugada quando Kirishima, finalmente, pôde pisar dentro de seu apartamento, no vigésimo quinto andar de um prédio que estava com o maldito elevador em manutenção.

Arrependeu-se amargamente de sua escolha onde morar quando chegou ao décimo andar, passou a cogitar se mudar assim que suspirou no saguão do décimo sexto; no décimo nono andar, queria desistir e se jogar da janela para fazer o caminho inverso mais rápido, até o hotel mais próximo, para um quarto no térreo, mas logo usou os resquícios de energia que tinha para conquistar a vitória, avistando a porta de sua casa há poucos metros — que pareciam quilômetros depois de tantos degraus.

Apressou-se em largar as botas pesadas no chão — as quais já estavam nas mãos desde que chegou na portaria —, removendo as meias sujas da subida e largando tudo na entrada por não ter condições de se preocupar com roupas no momento. O piso gelado sob as solas doloridas arrancou-lhe um suspiro aliviado, mas ainda sentia a dor pulsante quando se pôs a caminhar para a cozinha.

Sabia que precisava ao menos comer alguma coisa, a longa patrulha havia sido exaustiva, durando mais do que o necessário quando deparou-se com um insistente vilão que sempre dava um jeito de encontrá-lo, tal como o desencontrava quando estivesse cansado da diversão de uma árdua luta.

Abriu as portas dos armários, encontrando apenas coisas que não levariam a uma refeição, a geladeira, estava vazia, não fizera as compras da semana, bateu a mão na testa quando lembrou que pretendia passar no mercado naquela noite, mas sequer se lembrou dos planos quando marchou da agência ao carro, e do carro para seu apartamento.

Ainda tinha a opção de pedir alguma comida por delivery, mas sabia que corria grande risco de adormecer antes de receber a entrega, então ignorou o vazio de seu estômago e bebeu um copo de água, em seguida, foi em direção ao banheiro.

Suas articulações protestavam a cada movimento para remover as roupas rasgadas e chamuscadas, removeu a máscara quebrada e jogou direto no lixo, fazendo uma anotação mental para solicitar uma nova à equipe de design assim que acordasse. Suas calças estavam com um cheiro forte de queimado, verificou sua perna direita para ter certeza de que sua pele não fazia parte desse assado de tecido, aliviado por ver que a queimadura não era grave em seu tornozelo, dando-lhe somente uma breve vermelhidão.

Encarou-se no espelho por alguns instantes, os cabelos vermelhos tão longos estavam desgrenhados e com um aspecto sujo, alguns resquícios de fuligem enegrecida destacavam-se no ruivo carmesim; seu pescoço estava marcado com longos hematomas, os quais provavelmente ficarão um pouco piores no dia seguinte, pois podia sentir a dor na garganta ao engolir a saliva.

Em seu peito, não havia marcas, mas ao virar-se de costas — arfando de dor no processo — notou uma marca de mão exatamente no meio de suas omoplatas, além de uma um pouco mais abaixo, em sua cintura. Ardia, mas não era algo que o prejudicaria tanto assim, ignoraria com louvor quando finalmente pousasse seu corpo sobre a cama.