As crianças do orfanato estão agitadas, correndo escada a cima para se aprontarem em suas melhore roupas, o que significava as menos puídas ou com buracos menores e imperceptíveis. Os sons de sussuros pelo predio eram como o zumbido irritante e opressor de mil moscas nojentas procurando seu próximo monte de lixo ou merda para ser sua refeição, Tom os odiava.Tom Ridlle era a criança mais bonita e educada do orfanato, e sempre chamava a atenção dos pais desesperados primeiro, era tudo estética e preferência antecipadas de pessoas de bom coração ou ansiosas para formar uma família adequada, mesmo que tivessem que pegar ratinhos de ruas pra isso. E se esses ratinhos fossem fofos e inteligentes o suficiente para se passar por seus filhos eles correriam para assinar os papéis e o levariam embora para suas casas. E isso era o que acontecia com Tom, com uma frequência que não deveria existir para um pobre e doce órfão.
Os pais o viam, caiam em seu puro olhar escuro e conversa suave, e corriam para leva-lo embora. Mas nunca era pra sempre, Tom os assustava ao decorrer do convívio mútuo. Eles voltavam a porta do orfanato e o largavam lá como se estivesse devolvendo um produto defeituoso de volta a loja, e Tom, que não era um produto inanimado, sentia a decepção e a dor todas as vezes que voltava com pais assustados que não o queriam mais com eles.
Depois de um tempo, esse processo doloroso o fez ficar dormente para coisas assim, e mais algumas vezes tornaram todo o desenrolar apenas tedioso e irritante. Tom terminou com todo aquele ciclo quando passou a se esconder toda vez que um novo casal vinha ao orfanato.
Ele poderia sobreviver bem sem pais, sem o amor que um vez desejou e passou a desacreditar que consiguiria. Afinal, Tom era tão assustador que assustava até os adultos.
E agora, escondido atrás das escadas do hall de entrada, entre a poeira e as aranhas trabalhando em suas teias, Tom olhava com desinteresse as outras crianças se enfileirando e aguardado a sua susposta nova família os escolher. Tolos e esperançosos, como Tom uma vez foi.
"Chegaram" A matrona disse em seu lugar da janela, arregalando os olhos bêbados por um instante antes de se firmar, o máximo que conseguiria depois de duas garrafas de sua bebida fedorenta, e se voltou para os órfãs aguardado ansiosamente ombro a ombros. Parecendo satisfeita com o que viu se virou e foi até a porta assim que ouviu batidas suaves mas firmes da entrada. Ela não se importou que um dos órfãs não estava na fileira, na verdade, ela mesma se agradava com a sua falta.
Tom se virou e tentou ver quem estava na porta, mas de seu lugar na escada tudo que poderia ver eram as costas largas da matrona que parecia vacilar enquanto falava agradevelmente com os novos pais. Tom podia ouvir uma voz feminina suave responder, mas era difícil reconhecer as palavras de tão longe.
Depois de um tempo, longo o suficiente para deixar Tom impaciente, a matrona tropeçou para trás enquanto gesticulava em convite para aqueles a porta entrarem. Com a mudança nas sombras da porta Tom prendeu a respiração em um ato instintivo que o deixou confuso, seu corpo tenso e coração mudando em batidas lentas e fortes, do jeito que só acontecia quando ele encontrava perigo, sua pele formigou por alguns instantes, tudo isso acontecendo em meros segundos, Tom apertou suas mãos em punhos fechados enquanto esperava o casal entrar.
A primeira coisa que Tom viu foi um belo e requintado sapato vermelho de fivelas, seguido logo em seguida por outro e finalmente a imagem completa de uma mulher alta e elegante usando um vestido branco recatado passou pela porta, com cabelos loiros e presos em um penteado elegante do lado direito da cabeça, lábios pintados de um vermelho escuro, quase preto, completados com os olhos mais escuros que Tom já vira, não como os seus, um castanho escuro que brilhava levemente em vermelho quando expostos ao sol, não, os da bela mulher eram tão escuros, que faziam o branco de suas esclera parecerem brilhantes em contraste com suas iris de tom profundo e pretos. Tom os achou um pouco amedrontador de seu lugar escuro da escada.
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Conte um pouco sobre Harry Potter e deixe todos curiosos.
FanfictionHarry era um bom garoto, um ótimo homem, uma bela mulher, um professor responsável, um pai amoroso, uma mãe sem moral, um filho rancoroso, um pet comportado. Harry Potter era muitas coisas, e muitas "coisas" poderiam ser Harry Potter. •°•°• **Cada c...