KISMET ; karma akabane

13 | rejeição

"A aula acabou!" Korosensei anuncia que deixou o país pela janela da classe imediatamente para comer nas Filipinas.

Levantei-me e coloquei minha bolsa na cadeira, arrumando minhas coisas, pois estava bastante ansioso para saber quem me entregou a carta de amor. Eu podia sentir o olhar de Karma em mim enquanto ele me observava arrumar minha mala, então eu olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas. "O que?"

Ele tinha um olhar hesitante em seu rosto antes de me responder: "Você vai aceitar... a carta?"

"Depende de quem deu."

Se fosse ele, com certeza. Mas pela forma como ele reagiu antes, não parece que foi ele quem deu.

Havia emoções girando em seus olhos quando respondi a ele, mas foi prontamente trocado com um sorriso malicioso em seu rosto quando ele se levantou com as mãos nos bolsos e me disse: "Não se arrependa de qualquer decisão que tomar."

E esquerda.

Por que ele está agindo de forma tão sentimental agora? Não é como se eu fosse aceitar. Só não queria dizer diretamente que não aceitaria nenhuma outra confissão, principalmente quando já amo alguém.

Mesmo que esse amor seja unilateral, eu nunca me rebaixaria tanto a ponto de fazer de alguém meu rebote para o Karma. Eles não merecem se machucar só porque estou sofrendo.

Colocando a mochila nas costas, fui ao Rio e disse a ela que ela não precisa me esperar e pode ir sozinha hoje para casa, pois ainda tenho que ir ao galpão de equipamentos.

Ela sorriu para mim e deu um tapinha no meu ombro. "Boa sorte rapaz!"

Eu estava prestes a me virar para ela quando de repente ela se inclinou em meu ouvido e sussurrou: "É melhor você não aceitar. Estou encaminhando para você e Karma."

Revirei os olhos com o que ela disse e saí da sala de aula para ir ao local indicado, próximo ao galpão de equipamentos.

Ainda não havia ninguém lá, o que foi bom, já que consigo pensar um pouco comigo mesmo enquanto me encostei na parede do galpão de equipamentos.

O que eu digo sem partir o coração deles...?

Me desculpe, mas eu já amo outra pessoa.

Desculpe, não estou interessado em você.

Eu não quero. Desculpe.

Não importa o que eu pense, vou acabar quebrando o coração deles!

Eu estava roendo minha unha por hábito novamente e antes que eu pudesse pensar em mais alguma coisa, alguém falou me fazendo olhar para eles com os olhos arregalados.

"Ah... Você já está aqui..."

Ele estava carregando um buquê de flores brancas em uma mão, um coelhinho de pelúcia e chocolate na outra mão enquanto olhava para mim com um leve rubor no rosto.

"Um... você esperou muito?" Isogai perguntou enquanto parecia apologético, caminhando em minha direção. "Sinto muito por ter demorado tanto."

Meus olhos se arregalaram, sem saber o que dizer.

"Isogai..."

Ele sorriu para mim com tanta delicadeza que até seus olhos mostravam sinceridade e tanto amor quando ele olhava para mim. "Posso começar?"

Mordi o lábio, assentindo.

"então, quando você me convidou para estudar mais tarde, fiquei muito feliz e chocado ao mesmo tempo que você me pediu para estudar com você. Começamos a ficar mais próximos desde aquele dia, e fiquei satisfeito por ser seu amigo - ainda estou satisfeito por ser seu amigo, porque mesmo que sejamos apenas amigos, ainda posso ver você sorrir. Caramba, eu não acho que isso seja mais uma paixão." A última frase que ele disse foi apenas um sussurro, mas ainda foi o suficiente para eu ouvir.