O inverso de mim sou eu mesma
O antes, o agora, o porvir
Sou eu
E antes de mim, não havia nada
Acima de mim minha consciência
Abaixo minha existência
Sirvo como base para a criação de um novo eu
E quando me corto para ver o que tem dentro, me decepciono: só há sangue
O contrário de quem me habita é a inexistência da minha vida
O contrário de yin é o yang
E o contrário de mim sou eu
Não me alegro, nem me envergonho
Sofro calada por armadilhas do silêncio
E choro lágrimas que são falsas para quem estiver vendo
Sorrisos também falsos
E vontades falsas
Falsifico assim, a identidade de quem eu sou