Detetive particular

83 6 6
                                    

Carlos: você precisa estar lá, Tiru.

Everson: Kaká, a gente acabou de chegar, foi uma viagem de doze horas -disse empurrando a mala- não dá pra gente reunir amanhã?

Carlos: não, eu preciso agir o quanto antes.

Ao chegar no Brasil mesmo cansados eles foram até a empresa, precisavam proteger a empresa e mais importante que isso, precisava proteger sua família.

Gessica: que demora hein.

Carlos: seu expediente ainda não acabou? -deu um abraço nela-

Gessica: sim, mas você resolveu vir direto pra cá, Simone está chateada com você.

Carlos: depois me acerto com ela, eu não poderia ir pra casa sem antes resolver isso, e você disse que ele não chegaria perto dela.

Gessica: por mais grotesco que seja seu irmão, ele ajudou sua mulher, ela quase se espatifou no chão.

Carlos: eu não quero explicações, não agora -se virou para ir a sua sala-

Gessica: tem horas que dá vontade de arrebentar a cara do Kaká.

Everson: eu que o diga. Você vem?

Gessica e Everson foram até a sala de Carlos, ficaram horas ali, e foi decidido que contratariam uma amiga antiga para vigiar os passos de Rodrigo.

Everson: uma detetive particular?

Carlos: mais que uma detetive, uma amiga, uma cúmplice.

Gessica: Simone conhece ela?

Carlos: conhece, eram muito amigas.

Everson: ótimo, já são duas horas da manhã, vamos pra casa que eu não consigo pensar em mais nada. -boceja-

Foram embora muito cansados, Carlos só queria chegar, tomar banho e dormir, chegou em casa e estava tudo escuro, foi direto para seu quarto, desatento entrou no banheiro sem nem perceber que Simone estava na sacada ainda acordada. Tomou um banho rápido e nu como gostava de dormir foi até a cama.

Carlos: meu Deus, Simone que susto -com a mão no peito-

Simone: essa não era minha intenção. -estava com com uma camisola curta de cor lilás-

Carlos: acordada a essa hora? -se aproximou e viu o pé ainda na bota ortopédica-

Simone: não consegui dormir, já comeu alguma coisa? -foi até a cama se sentar, sentiu dor-

Carlos: comi um lanche lá na empresa, tomou seu  remédio?

Simone: não, eles me dão sono e eu queria te esperar chegar -estava com saudades, queria beijar ele, mas precisavam conversar-

Carlos: não precisava, eu disse que chegaria tarde. -se sentou do lado dela-

Olharam no fundo dos olhos e Simone tomou iniciativa e o beijou, o beijo foi calmo e de saudade.

Simone: estava com saudades de você -sussurrou-

Carlos: eu também estava, do seus olhos, seu corpo, seu sorriso -acariciou o rosto dela-

Simone: em outras o ocasiões eu te daria um chá, mas estou impossibilitada -deu um selinho- como foi na Itália?

Carlos: foi tudo bem, consegui voltar antes do tempo estimado. Ficaremos mais ricos e meus pais bilionários!

Simone: não gosto quando fala assim, soa muito soberbo... Precisamos conversar, Kaká.

Carlos: sim precisamos, espera só um pouco que vou colocar uma cueca.

Simone: não, gosto de te ver assim -sorriu ó impedindo de se levantar- eu sei que me pediu pra ficar longe do seu irmão e eu fiquei, mas eu torci o pé quando estava descendo as escadas e por pouco não cai, Rodrigo estava perto e me segurou, mas nessa hora o fotógrafo estava perto e queria uma foto de nós dois juntos, ele tirou algumas mas insistiu pra gente ficar um pouco mais juntos.

Carlos: ei, amor, calma, não precisa de me dar explicações, eu acredito em você e amanhã vou agradecer ele por ter segurado minha esposa.

Simone: eu não gosto de te ver triste ou decepcionado comigo.

Carlos: você não me decepciona, me alegra -a beijou outra vez-

Simone: do que trataram lá no escritório?

Carlos: Rodrigo vai ser vigiado todos os dias, sinto que ele quer me passar a perna -se levantou e pegou os comprimidos dela- qual desses é pra dor?

Simone: conversei com a Gessica hoje também, decidi mudar toda a minha assinatura quando os papéis virem do Rodrigo... O azul é o pra dor e o rosa é o de dormir.

Carlos: ótima ideia -entregou os comprimidos e água- todo papel que vir deles vão passar primeiro pelas suas mãos até chegar em mim, nós dois vamos analisar cada um.

Simone: teremos uma cota estimada do quanto eles podem pedir em relação à logística, se passar seremos imediatamente avisados. Quem será o detetive particular?

Carlos: será uma mulher, lembra da sua amiga que além de advogada é detetive particular?

Simone: claro que lembro, Simaria -sorriu- quando ela vem?

Carlos: em quatro dias Simaria estará aqui.

CONTINUA...

Dos seus lábios, um "Eu Te amo"Onde histórias criam vida. Descubra agora