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1 ᴍᴇ̂s ᴇ 4 ᴅɪᴀs ᴅᴇᴘᴏɪs
Dᴜʀᴛʜ Sᴍɪᴛʜ

Ficar no tatto foi incrível! O pessoal é muito engraçado, eles levaram eu e Jacob para procurar suprimento e, ao mesmo tempo, procurar algum médico. Acho que eles têm fé de que meu pai morreu, mas não querem tirar minhas esperanças.

Louis é praticamente a mãe do grupo, ele é super responsável, inteligente e, às vezes, meio seco, mas é só a Amélia chegar para ele perder a pose de mafioso. A Amélia tem se soltado cada vez mais, ela tem comentários que deixam todos sem graça, e isso a diverte muito. Outro dia, depois de eu enfiar um cano na cabeça de um rastejante que ia morder ela, a madame me deixou chamar ela de "Lia".

Eddy é um verdadeiro palhaço, ele consegue brincar com tudo, normalmente ele quem quebra o clima de constrangimento depois que a Lia lança seus comentários ácidos. Já a Vic é mais sentimental, então, às vezes, ela fica brava e sai de perto, ou chora e sai de perto, ou começa a contar uma história que normalmente começa com "Uma vez, um amigo meu disse isso e ficou entalado", mas no geral ela é um amor.

E a Lili, bem, ela adora desenhar e já fez milhares de desenhos meus. Ela é simplesmente apaixonada no Jacob e, na maior parte do tempo, tá brincando com ele. Ela também faz um molho vermelho maravilhoso. No grupo de conversa, ela é a que ri das piadas do Eddy, fala "nossa" pros comentários da Lia e fala pra Vic se acalmar.

Mas eu já estou aqui há muito tempo! Preciso seguir minha viagem, e sei que nessa cidade não vou encontrar nenhum médico.

— Tem certeza? — Louis perguntou enquanto Eddy colocava minha mochila dentro do carro. — Não precisa ficar sozinha, você já é praticamente da nossa família.

— Louis, io preciso ir, você não entenderia se io explicasse... grazie, molto grazie mesmo — falei, os abraçando. — Vocês não sabem como são importantes para mim.

Me despedi de todos e chamei Jacob para entrar no carro. Ele deu uma última lambida em Lilian antes de entrar.

Eles eram parte da minha família, eles são meus heróis, e eu nunca vou esquecê-los, mas preciso voltar para minha missão e salvar o outro membro dessa minha família.

[...]

Parei assim que achei uma árvore grande e grossa o bastante. Há alguns dias, eu e Jacob achamos uma delegacia abandonada. Foi ótimo para repor a munição, e acabei encontrando um colete canino, que deveria pertencer a algum daqueles cachorros policiais. Logicamente, o coloquei em Jacob.

E com a corda amarrada nesse colete, passada pela árvore e amarrada na minha cintura, eu nos levei para o alto da árvore. Com dificuldade, nos encaixamos no tronco principal.

Depois dessas três semanas de volta à estrada, eu aprendi que, mesmo sendo desconfortável, era mais seguro. Tirei o cobertor de dentro da mochila para cobrir eu e o cachorro, que deitava com a cabeça na minha barriga. Peguei um enlatado dentro da mochila, comi metade e, em seguida, derramei em um prato de plástico para dar para Jacob.

A noite foi chegando, e alguns rastejantes passavam. Eu aproveitava da minúscula segurança para descansar. Minha paz acabou quando Jacob rosnou. Me estiquei para poder ver o que acontecia fora do miolo daquela árvore. Algumas folhas nos camuflavam, e assim eu tinha uma boa vista de tudo que acontecia.

Um homem corria atrás de outro. Ambos estavam vivos. O perseguidor alcançou o outro e o jogou contra a árvore. Segurei Jacob para que ele não latisse e chamasse atenção.

— Você não entende! — falou o perseguidor antes de matar o cara, algumas lágrimas escorrendo dos meus olhos.

Como a humanidade podia ser pior que os rastejantes? Justo nesse momento que todos deveriam se unir?

Control- Carl Grimes(REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora