Poemas, poesias, textos e prosas de um andarilho louco da estrada do saber

A morte da razão

Hoje, fazia um tempo que achava que os sonhos tinham acabado,

E me pego chorando anos após a nossa ultima conversa, 

Como num golpe de facão, o sonho que passou anos na minha cabeça,

Volta a aparecer, e logo eu, que funciono totalmente na razão, 

Me pego chorando, pelo simples fato de minha vida não ter seguido os planos que eu queria. 

Me pego lembrando nas frases que eu disse, e ainda fazem sentido na minha cabeça,

Que não importa aonde eu esteja, ou como você esteja, eu estaria disposto a te esperar,

Independente da sua idade, ou de quem esteja ao meu lado, 

Independente de meu trabalho, dos meus sonhos ou meu estado,

Me pego olhando seus stories do passado, imaginando como eu queria, poder estar encaixado,

Em cada viagem, em cada passado, 

Invadindo teu perfil, sem nem te seguir, 

Imaginando momentos que te fizeram feliz

Mas é algo além de mim, por que eu entendo que não deveria ser assim,

Eu entendo que a mente me sabota, sonhando as noites nessa proposta, 

Trazendo as lembranças toda a mostra, me fazendo cogitar minhas escolhar, 

Querendo me fazer fugir, pra qualquer lugar que você esteja, 

Abandonar tudo e esquecer de tudo, e só viver no mar, sem nunca nem voltar, 

Apenas na presença de seu bem estar, voltar a olhar as estrelas e esperar só o tempo passar.

E talvez como num suspiro de alivio e dor, 

Me pego escrevendo mais um poema, 

Imaginando que de alguma forma estaria lendo, 

E assim imaginar você sorrindo, enquanto lê esses pequenos descritivos, 

Com seus pequenos olhos felizes, 

Enquanto eu canto o lado vazio do sofá,

Imaginando que em algum momento, quiçá,

Tu hás de voltar.