Mergulhei
lá no fundo por conta própria,
onde a luz do sol é inalcançável
lá não é admirável.
Só tem escuridão
e eu,
com frio nos ossos
encontrei a menina,
a moça,
a jovem.
Sozinhas,
desamparadas, desoladas
abandonadas, e
culpadas.
Olhei para elas, e as abracei
para a menina cantei uma canção de ninar
para moça deixei ela gritar e se revoltar
e para jovem deixei-a chorar.
Então entendi
que a cura
de todos os males
era só olhar no espelho,
e ver o reflexo de quem me tornei
e quero me tornar um dia.
Agora posso ir para superfície
e mergulhar
sem medo de me afogar porque
aprendi a nadar.
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marador • stillburns
Poetryversos sobre a vida, amor, bloqueio emocional sobre minha perspectiva das coisas, uma coisa eu digo, não é bonito.