Um de Dez

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Quanto mais andava pelos corredores – agora – menos sombrios do Largo Grimmauld N°12, mais sentia que absolutamente nada seria o suficiente para tirar a tensão ruim daquele lugar.

Era mesmo horrível que, em todos os cantos e em todos os cômodos, lembranças de pessoas que já se foram, estavam presentes.

Os quadros com os Black que agora descansavam na parede da casa, já não mais infernizavam a presença de Harry. Não mais tanto. Parecia sem graça demais aborrecer o garoto, agora.

Monstro se comportava melhor desde que viu o grande poder de Harry Potter. Até mesmo se dispôs a fazer companhia ao Dobby, este que era o mais novo hóspede da casa.

"Você consegue, Harry"

"Estamos contigo, amigão"

"Pela profecia, senhor Potter, você é o Eleito"

"Harry... Potter"

"Potter?"

— Mestre Potter?

Harry não percebeu quando, mas agora estava sentado em sua poltrona vermelha, que fica na sala. Ela é perfeita. Entra o sol da manhã e fica na frente do ar fresco da janela. Realmente perfeita.

— Hm, é... Sim?

— O senhor tem visita.

Harry franziu o cenho, sentindo a proximidade do óculos em sua cara ao fazer o gesto.

— De quem, Monstro?

— Visita de seus amigos, mestre Potter.

— Ah, pode deixar que entre.

Monstro estalou os dedos e em seguida sumiu. Aguardou a chegada de seus amigos, cansado.

Eram dez e quarenta, da manhã. Ele se sentia tremendamente esgotado. Ninguém o avisou que a doença da mente era mais difícil de concertar do que um braço desossado. Não conseguia até mesmo ler o jornal em seu colo.

— Harry! — escutou Hermione dizer animada, a voz ficando gradualmente mais alta.

— Hey, Mione — sorriu para a mulher já feita, que portava um costumeiro olhar maternal.

— Compramos algumas coisas no mercado, espero que dê para ter um final de semana agradável.

Harry ergueu uma sobrancelha, estranhando.

— Não precisam se preocupar, Dobby e Monstro estão cuidando de mim...

— Harry, você só não consegue ver que-

— Hermione — Harry apontou, chateado — estou bem.

— Que ótimo Harry, ótimo mesmo.

As palavras eram sinceras, Harry viu, mas sabia reconhecer aquela culpa no rosto da amiga. Conseguia ver o quanto ela parecia tentar segurar suas emoções.

Fleuma CatarseOnde histórias criam vida. Descubra agora