Ela acordou sobressaltada, sua mente era um borrão, uma névoa de entorpecimento que a impedia de saber por que estava dentro de um carro com água entrando por todos os lados.
Da janela do motorista, Maeve via somente água e o que parecia ser uma carpa, nadando calmamente diante do caos que ela vivia. Maeve ficou paralisada de medo, a água entrando, a carpa batendo no parabrisa... O estrondo do vidro e estilhaços de trás foi o suficiente para tirar Maeve do transe. A garota olhou assustada, começou a puxar o cinto se segurança. Apertou a fivela mas tinha dado algum defeito, ela sentiu a água bater em suas pernas enquanto lutava para se soltar.
Quando ela enfim agarrou a fivela, a desgraçada se soltou. Maeve imediatamente puxou a maçaneta da porta, e de novo, tentou mas três vezes, porém sabia que seu tempo estava acabando, a água já atingia seu peito.
Ela tinha de agir rápido. Abriu o porta luvas embaixo da água, procurou em busca de qualquer coisa que fosse capaz de quebrar o vidro. Não tinha nada que ajudasse. Foi então que, com a água no pescoço, lembrou do extintor de incêndio. Tatiou embaixo do banco, Maeve esticava o pescoço o máximo que podia para poder respirar. Sentia o cilindro nas pontas dos dedos, tão perto porém tão longe...
Quando pegou o extintor lançou ele com toda a força contra o parabrisa, mal teve tempo de se proteger antes dos estilhaços.
Maeve saiu nadando pelo buraco no vidro, ela balançou as pernas e os braços se impulsionando para cima na águandensa e escura.
Quando atingiu a superfície sugou o ar em grandes lufadas gélidas que queimavam sua garganta. Mas não importava, ela já estava muito feliz de poder sequer respirar. Seus cabelos ensopados cobriam a visão, ela os afastou aproveitando para olhar ao redor. O cenário não ajudava Maeve a saber aonde estava; era um canal comum, com a terra e vegetação muito longe para que ela fosse nadando, olhou para baixo e viu a sombra do carro afundando mais e mais. Ela começou a se desesperar, não tinha comunicação, nem fazia ideia de onde e como fora parar naquele lugar desconhecido. Ela balançava os braços para se manter boiando.
Maeve ficou ali, na água, por um longo tempo. Uma hora? Três? Quem poderia saber..? Mas algo mudou na quietude do lugar. Um som de motor. Um barco de aproximando dela.
- Socorro! Me ajudem! - berrou com todas forças branindo os braços no alto.
Era uma pequena embarcação, do tipo pesqueira cheia de redes penduradas pelas laterais. Ele avançava na direção de Maeve.
- Socorro! Ajuda! - gritou, de alguma foi ainda mais alto. O barco buzinou.
Um homem de gorro vermelho se debruçou na lateral com as mãos em concha na frente do rosto.
Maeve balançou os braços e gritou de novo.
- Vamos te subir! - disse o homem gritando. Ele se virou para a tripulação para dar ordens desaparecendo. Maeve chorou de alívio.
O homem reapareceu.
- Vamos chegar mais perto! Ok? - disse alto o suficiente para que ela ouvisse.
- Obrigada! - foi a resposta chorosa.
Demorou um pouco para que a embarcação enfim fizesse a volta, eles pararam bem ao lado de Maeve. Ela teve a presença de espírito para pensar que seja lá quem pilotava o barco era muito bom.
Uma escada com cordas e madeiras.
Mesmo homem de antes segurava a estrutura.
- Pode subir!
Ele não precisou pedir de novo. Ela pisou com as pernas trêmulas na madeira, subiu de um em um com cuc5idado para não cair. Quando chegou na parte de
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The Way She('s )Are
FantasyVocê acredita que uma palavra mal dita, um café derramado, um sorriso, podem mudar o destino de alguém? Acredita em destino? Ou mesmo a magia? É, elas não acreditavam nele, mais até um novo universo, irmãs caóticas e cheias de problemas dignos de u...