Jisung e Chenle passaram algumas horas em seu lugar secreto, o mais novo estava reinventando formas para consolar o ômega, desde seus livros favoritos, até seus mangás favoritos, seu foco sempre era o bem estar do outro.
- Obrigado por cuidar de mim. - haviam muitas palavras que gostaria de ter dito, mas essas foram as únicas que conseguiu pronunciar no momento.
- Eu já te falei, vou sempre estar aqui para que você possa ser livre pra ser você, vou sempre estar aqui para ser porto seguro. - o alfa queria enfatizar aquelas palavras, queria chegar ao coração do seu amado.
O coração de Chenle... A terra prometida que Park Jisung tanto queria habitar, o que será que acontecia lá? Como, em tantos anos de amizade, o chinês nunca se apaixonou por aquele alfa tão carinhoso que o tratava como a pessoa mais preciosa que já nasceu? A resposta é que, apesar de ter se apaixonado tão rápido por Lee Jeno, o coração de Chenle era difícil de ser conquistado por causa de seus hábitos e barreiras de autoproteção, aquele ômega fazia de tudo para não se apaixonar por ninguém, exatamente porque não queria sofrer, mas acabou sofrendo de amor por ter se apaixonado em um momento que estava com a guarda baixa, não deixaria isso acontecer novamente. Seus hábitos e barreiras de autoproteção, também podem ser chamados de paranóias e obsessões, explicando melhor, sempre que conhecia alguém, ele passava a observar bastante procurando por seus defeitos e se concentraria neles para que não se apaixonasse, pois quem é que se apaixona pelos defeitos dos outros? Talvez exista alguém assim, mas não era o caso dele, ficava obsecado em encontrar e "cultivar" aqueles defeitos em sua mente para que seu coração não sucumbisse à gentilezas.
Depois de se acalmar e sentir que conseguiria ficar sem chorar, pelo menos até ver Jeno novamente quando fosse pra faculdade, Chenle e Jisung pagaram pelos cafés, saíram de lá para fazer uma caminhada, nada melhor para organizar alguns pensamentos.
- Jisung, por que você nunca namorou?
- Quê? - foi pego totalmente desprevenido pela pergunta, não sabia como responder pois sua cabeça repetia a frase "por sua causa!". - Não sei, acho que não me apaixonei ainda.
- Como assim, "acha" que não se apaixonou?
- Eu só não sei. - aquela frase soou mais grosseira do que gostaria, estava irritado com aquela conversa, queria gritar seus sentimentos mas não podia, o chinês já estava passando por uma situação difícil. - Me desculpe, não queria ser grosso. - ele pediu desculpas imediatamente, não queria ver seu amado chorando novamente.
- Está tudo bem, não deve querer falar sobre algo tão íntimo, mesmo sendo amigos a muito tempo, existem coisas que preferimos guardar pra nós mesmos. - o ômega falou como se soubesse o que o outro estava sentindo, mas ele não fazia nem ideia.
- É... Talvez. - ele respirou fundo tentando controlar a dor que sentia em seu peito. - Quer ir pra casa? Já está tarde, eu preciso chegar cedo hoje.
- Hm... Tá bom. - estranhou o comportamento do mais novo, mas preferiu não falar nada. - Eu posso ir sozinho, vá para casa.
Em outra situação, Jisung jamais deixaria seu hyung ir para casa sozinho, mas precisava urgentemente se afastar dele.
- Okay, me mande mensagem quando chegar. - se despediram e foram por caminhos contrários.
Agora, era a vez de Jisung sofrer e, ao contrário de Chenle, ele não tinha ninguém para ser seu porto seguro.
[...]
Mark e Donghyuck não poderiam estar melhores, o ômega agradecia mentalmente por ter encontrado o namorado perfeito, o seu alfa era amoroso, carinhoso, cuidadoso e sempre fazia o que o mais novo quisesse, poderia pedir algo melhor do que isso?
Amor, quero sorvete.
Claro, eu levo pra você.Yeobo, eu quero costeletas de porco.
Claro, vou comprar.Mark, eu quero chocolate.
Deixa comigo!Mark também estava muito feliz naquele relacionamento, havia gostado de Donghyuck desde que se conheceram, aquele brilho que o ômega emanava fazia seu namorado se sentir um calor confortável como em um belo dia ensolarado, tanto que às vezes chamava o namorado de Sun.
Dessa vez, Donghyuck queria de todo jeito fazer um piquenique, sendo que o dia já começou nublado, Mark estava queimando neurônios pensando em como fariam aquilo se tudo indicava que poderia chover.
- Yeobo... Eu quero muito! - ele fez aquele olhar que tornava impossível recusar, não que seu namorado fosse dizer "não" em algum momento.
- Eu vou dar um jeito. - o alfa sorriu bobo com o quão fofo seu namorado podia ser.
- Oba! Vou preparar a comida! - foi para a cozinha feliz da vida.
Como sempre, estavam no apartamento de Donghyuck, este estava na cozinha enquanto seu namorado ficava na sala pesquisando lugares que pudessem ir mesmo que chovesse, depois se juntou ao seu amado para se preparar.
- Encontrei um lugar. - o alfa abraçou a cintura do outro por trás.
- Que bom. - o ômega sorriu, estava preparando kimbap. - Aonde é?
- É um pouco longe, vamos de carro. - Mark deu um beijo no pescoço do mais novo e sorriu. - Amo seu cheiro.
- Eu sei que você ama tudo em mim. - ele comentou, cheio de si.
- Convencido... Não que seja mentira. - aquele alfa estava totalmente rendido ao seu ômega.
- Você é muito fraco, Mark. - ele deu risada.
Eles cozinharam juntos e prepararam uma bolsa térmica para levarem bebidas geladas, a comida foi colocada dentro de outra bolsa, também levaram pequenas coisas que poderiam precisar, como guardanapos, lenços umedecidos, duas toalhas, sacolas e almofadas.
- Nós praticamente moramos juntos né? - Donghyuck comentou enquanto retirava suas roupas indo em direção ao banheiro.
- Sim. - Mark já estava acostumado com aquele comportamento, retirou sua camisa planejando se juntar ao namorado.
- Você... Podia vir morar comigo. - ele comentou como quem não queria nada, o alfa congelou na posição em que estava, iria tirar a calça naquele momento mas ficou parado. - Irei tomar banho primeiro, depois você toma.
O mais velho se sentou na cama, sua cabeça estava cheio de pensamentos, seu coração acelerado, a possibilidade de morarem juntos era entusiasmante mas, também, assustadora. Estavam namorando a dois meses, já passaram dois cios juntos, seu namoro era belo, seus sentimentos estavam conectados, mas, será que era o momento certo? Será que a convivência não poderia mudar totalmente seu relacionamento?
Donghyuck também estava com a cabeça cheia de pensamentos, por que havia dito aquilo? Por quê? Por quê? O que estava acontecendo consigo? O que faria agora? Com certeza Mark deveria estar pensando se deveria levar aquele relacionamento adiante com uma pessoa tão desesperada, ele chorou durante o banho, chorou pelo medo de perder seu amado.

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be my cute | norenmin ABO
FanfictionJaemin nunca namorou pois era super protegido por sua família que pensava que ser ômega o deixava ainda mais frágil, ainda mais por sua fofura ser reconhecida desde pequeno. E Renjun, um beta fofo, estava prestes a se casar com sua namorada que tamb...