Prólogo

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Meus pais, a seita estranha, o médico e as clínicas.

Ouvi alguém forçando a maçaneta e tapei a boca com a mão. Sabia que eram eles. Escutei falas estranhas e o choro da minha mãe. Devagar fui em direção à janela, na ponta dos pés.

A única alternativa era sair por ela – mesmo sendo alta, era a minha chance.

"Ou eu pulo e tento... Ou eles me levam!", pensei, levantando o vidro e tentando não fazer ruídos.

Coloquei uma perna para fora, sentei com a metade do corpo para dentro. Só então notei que usava apenas uma camiseta, calcinha e meias. Isso me desconcentrou e me desequilibrei.

Segurei forte e, ao mesmo tempo, começaram a bater com algo na porta. Iriam arrombar a qualquer instante. Virei a outra perna para fora e, sentada na janela, olhei para baixo.

— Realmente alto — sussurrei.

O estouro me fez olhar para trás ao mesmo tempo em que me joguei.

Vi de relance homens entrando, vestidos de branco, minha mãe e o psiquiatra. Mas foi só.

Eu caía e caía.

Meu corpo parecia ser chicoteado pelo vento da queda e eu gritei. Mas da minha boca som algum saía. Eu simplesmente desabava, me debatendo e gritando sem ninguém ouvir.

A sensação era de terror.



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