Sai pra lá, carrapato!

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— Por que você me trouxe para o armário de vassouras? — Sana perguntou, confusa. — Isso é estranho.

— Precisamos conversar, por isso eu te trouxe.

— Tá, mas não podia ser, sei lá, na biblioteca?

Sana segurava com dificuldade o copo de milkshake, ainda tentando manter um equilíbrio decente dentro daquele cubículo, e claro, manter uma distância saudável da Chou, já que pelo pequeno espaço estavam mais próximas do que deveriam.

Ao vê-la passando, Tzuyu simplesmente a puxou do corredor e a empurrou para dentro daquele local sem qualquer explicação. Mas também, tinha lá seus motivos, e embora as chances de Sana se irritar fossem grandes, Tzuyu precisava se arriscar. Por seu trabalho, por seus lanches e, principalmente, por seu gabarito da prova final de economia.

— É urgente, Sana! — Tzuyu exclamou de repente. — É sobre aquele assunto.

— É claro que é sobre ele. Nós não temos outro assunto, já se esqueceu? — Sana revirou os olhos, ajeitando a alça da mochila exageradamente grande em seu ombro. — O que aconteceu?

— Digamos que eu precisei de informações confidenciais. Você sabe, para elaborar um plano mais eficiente — Tzuyu argumentou. — Por consequência, senti necessidade de contratar o serviço de uma pessoa X para que tudo saísse perfeito. Resumindo, preciso de grana para pagar por esse serviço.

— Você está me extorquindo, Chou Tzuyu.

— Claro que não! — Tzuyu esbravejou. — O dinheiro não vai ficar comigo, e sim, com a pessoa X, eu acabei de explicar isso. Você prestou atenção?

— Mais do que você pensa. Não podia conseguir as benditas informações sozinha?

— Olha aqui, Minatozaki, eu estou me esforçando para fazer um bom trabalho. Tudo isso é para atrair aqueles três songamongas pelos quais você baba feito um cachorro banguela.

— Ainda tem a coragem de me insultar?

— A questão é, eu já contratei o serviço e não vou pagar por ele porque as informações são para a SUA vida amorosa!

Sana respirou fundo. Não era o momento e nem local para se estressar com Tzuyu. Embora quisesse muito mandá-la para um certo local.

— Entrego amanhã.

— Viu? Doeu, por acaso?

— Doeu muito! — Sana mostrou sua expressão mais furiosa. — E posso saber por que estamos tão grudadas? Sai pra lá, carrapato!

Mas antes mesmo de obter resposta, Minatozaki Sana e Chou Tzuyu olharam naquela direção, já tremendo ao ouvir a velha maçaneta sendo girada e girada.

Quando a porta foi aberta naquele exato instante, o flash espalhafatoso e barulhento imediatamente iluminou todo o local. Bem como os rostos pálidos e confusos das duas garotas que ali dentro estavam, próximas o suficiente para interpretações errôneas de absolutamente qualquer pessoa.

Após fotografá-las, a misteriosa stalker de universitários oprimidos deixou o local em meio a tropeços. Parecia feliz, como se acabasse de conseguir uma foto milionária de algum famoso verdadeiramente relevante pelas ruas caóticas de Hollywood.

Mas não. Era apenas Minatozaki Sana e Chou Tzuyu em um quartinho velho e abafado da faculdade.

— Mas o que foi isso, Tzuyu? — Sana perguntou, atônita.

— Eu não faço a menor ideia.

Ela tá TÃO na sua! [SaTzu]Onde histórias criam vida. Descubra agora