Capítulo oito

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SASUKE

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SASUKE


Um mês se passou, e estou eu ali, caminhando por duas horas pelas ruas desertas de Suna na escuridão. Não consigo encontrar nenhuma movimentação suspeita no local, mesmo que já tenha feito uma ronda consideravelmente grande pela área. Não há nenhum ataque premeditado para hoje, não depois da emboscada que tramei para os invasores da Vila da Areia que estão à espreita para tentar um novo golpe.

As minhas ações já estão antecipadas, e é só questão de tempo para o líder do grupo criminoso ser preso e sua fundação desmoronar por completo, como filhotes pegos por um predador.

Não há escapatória. E, tudo que eu posso fazer é aguardar, e quando menos esperasse, conseguiria pegar os culpados pelos atentados sofridos em meio à reestruturação da Vila. Mesmo que isso custe mais tempo — o tempo que eu sinto não ter. Mas esses assuntos apenas vão ser resolvidos no meu retorno para Konoha que, pela primeira vez em muito tempo, me dá uma sensação de saudade misturada com apreensão. Tudo é novo. Sentimentos que surgem gradativamente e, agora, vem à tona contradizendo tudo o que acredito ser o correto já não condiz com minha nova realidade.

Existe uma redenção entre o amor e o ódio. E as circunstâncias que nos levam para um ou outro. A realidade é a supremacia da perseverança, e o tempo que se leva para encontrá-los. Reflito ao saltar para cima de uma torre alta e sento sobre uma pequena mureta de proteção.

Meus olhos se atentaram para as casas que compunham a vila shinobi no deserto, o vento batendo no meu rosto.

Apesar de eu estar ali por causa de uma missão, ainda é agradável. Toda areia em torno da aglomeração de casas torna o lugar mais fascinante e é capaz de arrancar suspiros ao se comparada com um céu cheio de estrelas.

As constelações são hipnotizantes, e a brisa transborda paz para quem mora ou vaga debaixo das estrelas. A areia sem dúvidas é semelhante a um mar, um reflexo das estrelas mas em grãos de poeira e nada, como se muito em breve fosse se desfazer. Eu olho para os lados mas não encontro nada além de deserto. Areia e mais areia.

Mas eu seria capaz de viver ali enquanto meu coração fosse preenchido por paz, e minha alma se limpasse da culpa e dor que me preencheu durante quase toda a minha vida. Meus olhos se mantêm firmes no céu. Embora minha mente esteja vazia de todo o resto que me cerca, uma coisa é certa: Eu preciso voltar. Eu preciso decidir o que vai ser da minha vida. Estou cheio de dúvidas no último mês, cheio de incertezas.

Mas eu posso ter um recomeço, eu não posso me negar uma nova chance para tentar.

Eu não sei se mereço... Talvez eu realmente não seja digno de merecer isso. Ou todo o tempo que caminhei em busca de redenção não seja o bastante. Não importa.

E mesmo que não fosse ao lado de Sakura, seria só. Mas eu tenho que me dar a oportunidade de descobrir o conceito de perdão e amor. Pois, ainda que tente me reerguer sobre ela, minha consciência pesa por todas as tragédias que nos cercavam. Eu não posso me dar ao luxo de cobrar algo que nunca consegui valorizar. Eu não estou pronto.

Uma nova chance - PS. Eu ainda preciso (Sasuhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora