A tomar um vinho sozinha num sábado a noite e dar risada das suas conquistas.
A se arrumar, piscar para si, sentar num bar e pedir uma bebida sem que um homem tivesse que fazê-lo por ela e apenas apreciar a noite.
Aprendeu também que não precisava ser tirada para dançar por ninguém, pois ela tinha a melhor companhia, a sua própria, já que seu corpo bailava com sua alma.
Ela aprendeu a acordar e apreciar o dia, porque a dádiva de abrir os olhos lhe havia sido concedida mais uma vez.
Ela aprendeu a deixar nas estações quem não quisesse seguir a viagem com ela, e abriu seu coração para a próxima parada, curiosa e esbanjando júbilo pois sabia que não necessariamente teria que ficar, e mais ainda, apreciou cada momento sabendo que não se tratava de um contrato de vida, e sim apenas apreciar a vida e deixar ir, era basicamente isso.
Ela aprendeu tanta coisa quando passou a se amar, e foi se amando tanto, mas tanto que, chegou o momento de deixar alguém se sentar a sua mesa, não porque ela não se basta, mas porque ela sabe que "um bom vinho", não deve ser privado de um bom apreciador.
Por: D. Medeiros