''...até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.''
Para Amanda essa frase só não se aplica quando esses planetas são completamente diferentes mas começou a ter suas dúvidas depois de um encontro caótico com um certo lutador.
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O zumbido insistente do celular em cima das ferramentas fez ela levar um susto. Deu um impulso na cadeira alta com rodinhas até a bancada onde a luz do aparelho brilhava.
Eram muitas mensagens e todas vindas de um único lugar.
Fazendo um malabarismo conseguiu destravar e correr as mensagens usando a ponta do nariz, evitando de colocar as mãos sujas no telefone.
Olhou o horário de envio das mensagens e pro relógio do celular.
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-Merda. -deu um salto da cadeira. -Merda. Merda. Merda. Merda...
Correu até o tanque do outro lado da sala, abriu a torneira de uma vez e foi água pra todo lado.
-Merda! – aparentemente esse seria seu mantra.
Lavou as mãos rapidamente, procurando em seguida um pano limpo pra se secar e voltando pra sua bancada que parecia brilhar feito um farol em meio a sala escura.
Estava atrasada, pra variar, mas dessa vez não foi intencional. Apesar de que quando acordou mais cedo a sua ideia de um final de sexta-feira perfeita era se enfiar em sua cama com um balde de pipoca e uma generosa taça de vinho enquanto assistia um filme qualquer, agora já estava conformada e até empolgada com essa saída com as amigas.
Quando Bruna enviou a mensagem logo cedo, ela se empolgou, não saiam pra uma noite só de garotas e as quatro juntas fazia um bom tempo.
Havia conhecido Bruna e Larissa no campus da faculdade, era o primeiro ano de todas ali no instituto de Artes. Larissa fazia dança, Bruna fazia cênicas e ela estava no curso de Artes Visuais. Por alguma razão acabaram juntas no meio do trote. Algumas semanas depois conheceram Aline, veterana do curso da Bruna e se tornaram inseparáveis.
