The Lan Brothers

Assassinos

Oi gente, tudo bem? Eu sei, estou demorando muito, mas achar inspiração leva tempo e gosto de organizar certinho tudo que estou pensando, por isso as vezes demora. Mas não se preocupem, já já um capítulo novinho vai sair.
Boa leitura. ^-^

Ahh antes que eu me esqueça, o que está em negrito é o passado sendo esclarecido.

Enquanto CangSe procurava nos lugares favoritos do filho, os irmãos voltaram para a mansão, esperavam entrar em contato com o tio pedindo ajuda.
Entretanto, não contava com uma visita indesejada.
Kyera.
- É tarde. Ele já sabe o que fizeram. - Disse Kyera.
XiChen trincou os dentes e Lan Zhan olhou com uma frieza desconcertante para aquele ser desprezível, Bichen vibrou em ansiedade.
- O QUE ESTÁ FALANDO? E COMO ESCAPOU? - Gritou quase em histeria XiChen.
Kyera sorriu em deboche.
- Às vezes o destino trabalha ao nosso favor. Só precisei mostrar os deuses que alguém estava tentando passar por cima deles, depois disso foi fácil.
Kyera mostrou exatamente o que Wei WuXian viu na mente dos irmãos, ao terminar os Lan ofegam de susto.
- Como você se atreveu a...
Mas Lan Zhan não pode terminar a sentença, Wei WuXian apareceu abatido com um livro nas mãos.
- Wei Ying, não acredite no que viu. - Disse muito rapidamente XiChen.
- Você fez isso? Como pôde? Lan Zhan, você foi cúmplice. Ela era uma inocente. - Wei WuXian estava mais do que chocado, ele estava enojado.
Os dois irmãos olharam apavorados um para o outro, eles abriram a boca tentando se aproximar ao mesmo tempo.
- Não, não. Fiquem longe de mim. - Wei se afastou pouco a pouco, fungando baixinho.
- As coisas não aconteceram assim. - Disse Lan XiChen dando alguns passos.
Palmas foram ouvidas fazendo Wei pular de susto. Não tinha reparado nela.
- Não adianta, ele sabe do que vocês são capazes. Dois assassinos cruéis que não tem escrúpulos.
Os irmãos Lan ignoraram aquela garota, ela não tinha a menor importância.
- Amor, nos deixe explicar...
- Wei Ying espere. - Gritou Lan Zhan.
Mas Wei WuXian correu para longe, longe da morte.
Os irmãos correram para alcançá-lo o mais rápido possível, mas o menor sumiu como fumaça.
- WangJi, ele... se foi. - Sussurrou XiChen desolado.
- Vamos achá-lo.
Kyera riu saltitando observando de longe o desespero das duas jades.
- Aí, aí. Foi tão fácil. Mas agora, é só eliminar aquele humano. - Suspirou e desapareceu indo cumprir o trato. Chega de brincar. Depois iria fazer o que queria.
Matar Wei WuXian.

- O Quê? COMO ELA FUGIU?
CangSe rosnou, seus olhos carmesim faiscaram perante a notícia que Kyera escapou.
- Querida, cheguei...
Changse ofegou ao vê a esposa. Os olhos antes gentis já não existia, estavam vermelhos. A face bela e pálida o encarou com ferocidade, ele arregalou os olhos ao contemplar sua esposa com asas negras e rosnando. Desorientado, Changse dá passos para trás quando CangSe tenta chega perto.
- O que...?
- Changse. - Chamou baixinho CangSe, mas o marido desmaia sendo amparado por ela.
CangSe encerra a chamada de qualquer jeito com Lan Zhan, ela chora pegando o marido facilmente no colo o colocando no sofá.
Ela chorou dando um grito angustiante sem saber o que fazer. Se sentia perdida.

Kyera colocou uma mistura que era receita própria no chá para o Wen, ela o observou beber distraidamente enquanto o mesmo olhava uma pintura de tamanho natural de Wei WuXian. A princesa quis bufar.
O que aquele humano ridículo tinha que todos o desejavam para si?
Era um bastardo nojento que em sua opinião não valia tudo isso, Kyera franziu os lábios de ódio ao vê a expressão quase doentia e de contentamento que Wen Chao dava ao admirar aquela pintura onde Wei WuXian estava semi nu. Revirou os olhos, aquilo era muito ridículo.
É sério que aquela sacerdotisa- que Kyera nem se incomodou de se lembrar o nome- quer isso aí?
A expressão de luxúria de Wen Chao foi cedida a uma expressão confusa, Kyera sabia que a poção do amor estava fazendo efeito, Wen Chao deixaria de ter olhos para Wei WuXian e enxergaria a tola sacerdotisa. Com a parte do trabalho feita, a cicatriz que a pena arranhou em seu braço desapareceu e ela voou longe em busca de seu objetivo. Matar Wei WuXian.

Longe dali, em meio a tantas dúvidas, ele soluça, as lembranças o fez ficar de joelhos e ofegante. As imagens vieram com mais nitidez.
- Você foi longe demais, até para nós isso é inaceitável. Livre-se disso. - Disse o ancião de vestes pretas enojado.
O cabelo longo e negro do ancião caia como cetim em suas costas, a bela face se contorceu de ódio ao vê o minúsculo embrulho nos braços de sua pupila, olhos infantis rubis curiosos o espiou através do manto que o cobria. E o bebê torceu seu pequeno nariz confuso com a gritaria, ele se escondeu no manto da mãe enfiando o rosto em seu peito, estava alheio ao que estava acontecendo.
- Por favor... é meu filho, não... não consigo. Ele... ele é parte de mim...
Mas CangSe não pôde terminar de implorar, rosnando furioso, o ancião apertou as mãos e fogo começou a querer sair. A Demônia abriu suas asas, ela já tinha feito sua escolha, sabia que seu mestre estava lhe dando uma última chance. E CangSe não desperdiçaria.
Voou o que pareceu horas, seu pequeno resmungava em seu sono, o dedinho apertou a roupa da mãe e o bebê suspirou abrindo os olhos, a boca pequena abriu em um bocejo, ele piscou algumas vezes e dormiu de novo.
As amanhecer, CangSe chega na casa de sua segunda mestra, a mais velha estava de costas para si, o manto vermelho cobria sua cabeça careca, os olhos vermelhos se estreitaram ao vê o bebê escondido.
- Por favor, me ajude.
- CangSe... - Ela começou, seu rosto branco, como a neve, se transformou em preocupação.
- Mestra, preciso fugir. O mestre dos demônios me deu uma última chance.
- E não vai se livrar dele. - Não perguntou, apenas afirmou o óbvio.
- Não. É meu filho, eu daria minha vida por ele.
A mais velha crispou os lábios e se virou.
- E como acha que não vão matá-lo? Ele é mestiço, o cheiro dele vai atraí-los.
- Sim, sim, eu sei. Por isso vim aqui para pedir que me ensine a selar os poderes dele, assim posso escapar para o mundo humano e ter uma chance.
Ravena não poderia acreditar no que ouvia. Não é possível.
- Por favor, minha senhora, por favor. - CangSe implorava em prantos, o bebê resmungou acordando como se sentisse o medo da mãe.
Se passaram alguns minutos, e isso pareceu horas para CangSe, no entanto, Ravena estende os braços.
- Me dê ele aqui.
CangSe quase engasgou de alívio, ansiosamente entregou o bebê que fungou choroso. Ravena olhou o rostinho pequeno e suspirou, estava prestes a fazer algo que vai ser considerado traição. Piscando os olhos vermelhos, a expressão do bebê se contorce enquanto Ravena murmura apressada palavras que ninguém entende.
O núcleo prata de poder dentro do corpo do pequeno parou de brilhar e "desapareceu", uma marca brilhante surge no meio da testa do bebê que fecha os olhos ao sentir a marca entrar em sua mente. Quando o pequeno abriu os olhos, já não era mais vermelho e sim castanho.
O brilho se desfaz e CangSe pega o filho de volta, o pequeno olhou para mãe com um biquinho. Ravena o entregou de volta dizendo:
- Selei de forma temporária o que ele é, conforme as estações humanas chegarem, vai poder renovar o selo para escondê-lo.
CangSe chorou de alívio, seu bebê estava a salvo.
- Obrigada, minha senhora.
Ravena estreita os olhos.
- Tem noção que conforme o tempo passar, ele vai ser ao contrário do que deve ser? A personalidade tímida não vai condizer com o que ele deveria se tornar.
Abaixando a cabeça, CangSe não diz nada.
Ravena prosseguiu.
- Se por um momento esquecer de refazer esse selo, ele vai despertar sendo ele mesmo.
Sim, CangSe sabia. Seu filho seria irônico, cruel. Ela esperava que seu bebê tivesse a bondade e pureza do seu humano.
- Mestra...
- Não há tempo. Vai logo, e não esqueça de refazer ou eles vão matá-lo.
Enrolando o bebê e o escondendo, CangSe voa pegando o caminho mais longo indo para o mundo humano.
A cabeça de Wei WuXian parece que vai explodir devido à lembrança, e para seu azar, o primeiro dia oficial do inverno chegou e um grito ensurdecedor foi dado quando sua cabeça parecia que ia explodir.
Ofegou com a garganta machucada, algo dentro do peito queria sair, estava o rasgando por dentro de forma quase inumana.
- So... socorro... ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh não...
E chorou quando uma queimação se alastrou pelo peito, e como se estivesse sido desligado do próprio corpo, Wei WuXian fica lá esparramado na neve, as mudanças continuavam acontecendo, mas era como se não tivesse forças nem para piscar.
Quando o fogo se concentrou em seu peito, o tronco de Wei WuXian se ergueu sozinho, e voltou a ficar imóvel.
A pele cheia de hematomas que os jades fizeram, foi dando lugar a uma pele lisa, sem imperfeições em nenhum lugar. Finalmente encontrando forças, Wei WuXian fecha os olhos sentindo cada célula do seu corpo querer dissolver.
Ao longe, CangSe arfou quando sentiu que era tarde, o selo não foi refeito com a chegada do inverno.
Wei WuXian abriu os olhos rubis para a nova vida.