Ao fundo ouve-se, o agonizante sussurrar dos homens que estão caídos ao chão, pilhas de homens sobre corpos de outros, que parecem homens, mais já não o são mais, ao distante vê-se as torres de proteção do forte, em pedras com telhados de madeira, no local de telhas havia escudos... O cheiro de urina, merda, sangue e morte estava em todos os cantos, O Urso Berserker, levanta-se do campo, estava deitado, após ver o que os inimigos foram derrubados, ele caiu de cansaço. Um homem vem o ajudar, o urso segura em sua mão, em meio a um campo verdejante, tropeça em um corpo, tira seu elmo e respira fundo, como se saído novamente do útero.
- Comandante!
- Diga homem... (fala o Urso, ainda tomando folego)
- Vencemos! (O homem levanta a espada ao ar, sorri e o abraça)
O Urso não expressa reação alguma, bate duas vezes no ombro do homem e segue em direção ao forte, andando e olhando de homens, mulheres e crianças, ensanguentadas, esfaqueadas, um rosto lhe é familiar, seu último escudeiro. Ele respira fundo...
Caminha pelo campo de batalha, enquanto os ceifadores cortavam as gargantas dos inimigos que estavam feridos e acolhiam os poucos sobreviventes das últimas pessoas, ele adentra pelo portão negro.
O Forte longínquo era uma construção feita de pedras de pelo menos 100 quilos cada, havia argamassa entre as paredes da muralha, acima da muralha havia corredores que seguiam pelas torres, que erigiam em quatro pontos, fazendo um quadrado perfeito, a construção principal também era feita de forma que blocos de pedra eram encaixados uniformemente, não era uma construção bela, era um enorme quadrado, porém forte e grande o suficiente para acomodar a todos, se assim fosse necessário. Havia outras pequenas construções, como um ferreiro, uma taverna, alojamentos, tudo tanto precário, pois eram construções recentes, feitas de tijolos e argamassa.
O urso adentra o alojamento dos oficiais, num pequeno quartinho ele dormia, se é que podia-se dizer que dormia. Ele arremessa o elmo que ele havia pego no campo de batalha em cima da mesa, que bate com um som oco, retira as luvas de combate, respira fundo e tenta sem muito sucesso desafivelar atrás, uma fivela que prendia entre a ombreira e o corpete, sem abrir essa fivela, ele não conseguia tirar a armadura, a mesma havia o salvo de uma martelada no peito, porém a amassou e ele respira com dificuldade...
Ouve um bater em sua porta.
- Entre... (Urra o Urso)
Um homem de seus soldados adentra a sala.
- Senhor, baixas.
- Prossiga
- Morreram 20 dos nossos, 40 dos Cervos, 5 dos mamutes.
- Quantos de nós sobraram? Ao todo, sem dividir por origem.
- Cerca de 50 homens, 40 mulheres e crianças umas 20... Não achamos todas.
- Os ICS, há corpos deles ou somente dos doentes...
- Somente os doentes, senhor.
- Dispensado homem.
- Se me permite dizer, senhor, se o forte longuiquo cair, todos nós cairemos...
- Esforços de guerra estão chegando, de todas as tribos e reinos... E os condenados também...
- Eles estão atrasados senhor.