As circunstâncias que me trazem até aqui,
não são as mesmas da intenção primária.
Me entristece o peito vê-la
e não poder fechá-la com as próprias mãos,
observar aquilo que era impossivel existir
e ainda sim, ter se formado ali.
Em formato de fenda que paralisa,
profunda e intensa o suficiente para nos tocar.Existiria rachadura caso não houvesse medo?
Ou um tremor na dúvida de uma certeza?Medo é o que nos toma,
medo daquilo já não desconhecido
causado pelas existências complexas de cada ser.
Medo a se proteger com armas
apontadas para as juras feitas no íntimo do amor,
como se a ameaça nos dividisse as cobertas.
Quisera eu
tirar-te o peso que tal pavor acomete
e sufoca a cada erro cometido ou palavra mal dita.
Maldita trinca que nos separa
do ardor da entrega desnuda,
maldita.Imbecis somos,
por permitir tal erva-daninha
nesse quintal tão lindo que estamos a semear.
Casa, filhos, cachorros,
carinho, sexo e cumplicidade.
Sem dúvidas, imbecis no hoje!Quantos imbecis existem
no mar de solidão que chamam de solteirisse,
após o encontro do verdadeiro amor?
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Uma história de amor
PoetryPara um amor da vida toda... A ti grande amor, entrego meu corpo, alma e espírito.