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Era pra ser apenas uma viagem até a cidade de seus pais, mas, o destino quis brincar com você naquela noite.
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Wally × Leitore
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História baseada no arg Welcome Home e inspirada em outro livro do mesmo tema.
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Criador de...
O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o.
Carl Jung
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Ação!
Desde o dia em que minha tentativa de fuga falhou, os dias passaram normalmente, por assim dizer. Wally conversava comigo e cuidava de mim, como se nada tivesse acontecido. Ele cozinhava boas refeições, tratava das minhas feridas e até leu um livro infantil para mim numa noite, para me ajudar a dormir, o que foi bem engraçado.
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Apesar da aparência amigável de Wally, era claro que um homem que havia sequestrado alguém estava escondendo algo. Eu frequentemente o ouvia falando sozinho, sempre mencionando um tal de "Home", o mesmo nome que ele havia mencionado no dia da minha fuga e quando eu vi aquele olho na janela. Às vezes saia para ver os "vizinhos",como ele mesmo fala. O que era uma ideia idiota na minha opinião. Como ele mantém uma pessoa presa em sua casa enquanto ele saia?
É claro, eu não esqueci que preciso fugir daqui o mais rápido possível. Já se passaram cerca de duas semanas e minhas feridas estão muito melhor do que antes.
"Olha só, você parece muito melhor agora", disse Wally sorrindo enquanto retirava as ataduras do meu braço direito, sentando na borda da cama onde eu estava com o tronco levantado.
"Você tem cuidado de mim o tempo todo, então é de se esperar", respondi olhando para o ferimento no meu braço que agora estava curado.
"Isso é bom. Finalmente você vai conhecer os vizinhos", disse ele, retirando as últimas faixas do meu corpo.
"Você sempre fala sobre eles. Quem são?", perguntei curiose.
"Não precisa perguntar. Você vai conhecer eles hoje mesmo", respondeu o amarelado se levantando da cama. Demorei um pouco para processar o que Wally havia dito.
"Como assim?", perguntei, mas ele não respondeu. Em vez disso, foi até o armário do quarto e abriu-o, revelando várias roupas coloridas. Eu nunca havia visto aquele armário aberto antes. Quando eu tomava banho, Wally sempre me dava roupas para vestir.
"Essa, ou talvez essa...", ele parecia indeciso sobre qual roupa escolher, mas acabou pegando duas peças de lá. "Essa aqui, s/n, vá tomar um banho e depois vista isso", disse, colocando as duas peças de roupa em cima da cama onde eu estava.
"Pra quê essas roupas?", perguntei confuse, mas Wally já estava me ajudando a levantar da cama e me levando para o banheiro para tomar banho.
Depois de terminar o banho, fui até o quarto onde estava e vi Wally sentado na cama, provavelmente me esperando. Ele se levantou, parecendo muito feliz.
