My first • jihyuck

único

Jisung estava surtando, querendo arrancar os cabelos.

Nunca foi de ligar muito para relações com outras pessoas senão seus membros, isso nunca o incomodou, pelo contrário, sempre gostou muito de ter um grupo grande onde não precisava fazer amizade com qualquer outro ser humano fora dele. Mas ultimamente sentia em seu âmago as consequências daquilo.

Jisung era jovem, vivia para o trabalho, sem qualquer outro tipo de lazer a não ser jogar seus jogos no tempo livre. Só que tinha algo o incomodando muito. O assunto surgia na maioria das vezes nas rodas de conversas quando seu grupo se reunia para uma noite de bebedeira pré-comeback ou quando só queriam relaxar da agenda cheia.

A questão é que ter relações sexuais com alguém parecia longe demais da realidade de Jisung. Ele sabia que não era impossível, até porque, todos os membros já tinham feito essa tal coisa, até mesmo Chenle, menos ele. Mas como poderia? Mal saia do dormitório para qualquer coisa senão ir para a empresa, não tinha outras pessoas com quem falar sobre isso, sequer tinha coragem de arrumar alguém só para isso, não cogitaria nunquinha arriscar seus anos de trabalho por causa disso.

Mas qual é? Jisung está no auge dos seus vinte e um anos, sentia que poderia ficar duro por absolutamente nada e sinceramente, odiava ter que admitir, mas só suas mãos não tinham mais graça.

Era vergonhoso ver o ponto em que tinha chegado, queria sair gritando por ajuda, por uma luz. Pensou em diversas formas de resolver seu problema, mas nunca chegava a uma solução. Tentou conversar com seus hyungs mais próximos sobre isso várias vezes, mas nunca conseguia, seu coração acelerava, suas bochechas coravam e suas mãos suavam, sem sucesso.

Mas tinha alguém com quem Jisung ainda não tinha tentado e existia um grandíssimo motivo por trás.

Lee Haechan vinha sendo sua ruína fazia alguns meses. Se sentia sujo por pensar assim de seu hyung, mas Haechan era impossível! Ele sempre vinha daquele jeitinho meio cínico e manhoso pra cima de si, lhe agarrando e apertando e Jisung ficava maluco! Maluco porque tinha que se segurar para não ficar duro com a proximidade, com os toques em lugares que o mais novo sequer sabia poder sentir algo.

Donghyuck não o ajudava, não tinha dó nem piedade ao andar pela sala de prática sem blusa, ao deitar em sua cama só de camiseta com as pernas bonitas livres de roupa, quando passeava as pontas dos dedos pelas suas costas nuas num "carinho" que o dava vontade de subir pelas paredes e muito menos quando sentava em seu colo.

Jisung sofria calado ao sentir o cheiro gostoso que seu hyung sempre tinha no pescoço que era doido para se enfiar ou quando tinha que pegar nos quadris largos para acalmar os movimentos constantes que ele fazia porque não sabia ficar parado. Esse tipo de situação lhe deixava mais pirado porque não tinha coragem nenhuma de chegar nele para conversar sobre isso, sentia que podia desmaiar ao imaginar Haechan ficando bravo consigo por pensar nele dessa forma.

Até o dia em que ele o lançou uma cantada. Lee o perguntou "Quer que eu sente em você, Sungie?" com aquela voz sugestiva e com certeza com - não pôde ver, mas imaginava - a sobrancelha levantada após ter pedido que o mais velho se sentasse e ficasse quieto porque estava jogando e ele lhe atrapalhava. Park ficou mais vermelho que um tomate, mas fingiu não ter ouvido, ainda que tenha perdido aquela partida porque não conseguia mais se concentrar.

Desde então vinha pensando em formas de contar ao seu hyung que queria sim, por tudo o que era mais sagrado no planeta Terra, que ele sentasse em si. Que queria ter sua primeira vez com ele e que jurava ser um menino muito bom e deixá-lo fazer o que quisesse.

Viu uma oportunidade quando estavam reunidos no dormitório do Dream para jogar e beber e Donghyuck e Mark ficariam para dormir.

Ironicamente, o mais velho parecia mais bonito naquela noite. Usava apenas uma bermuda de tecido leve que cobria somente metade das coxas grossas e uma camiseta branca, mas estava extremamente gostoso na visão de Jisung.