Capítulo 2

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O vestido que possui quatro rosas grandes mas não grandes ao ponto de cobrir o fundo preto, elas são distribuídas de ambos os lados na saia, cintura, costas e busto com centímetros de diferença o que evita que as rosas fiquem alinhadas e assentua o charme da veste ajustando de sua cintura pra cima sem ficar colado ou apertado. O que Thea mais gostava na peça era a saia lisa e solta, o suficiente para pegar as laterais com as mãos e puxar até a altura dos quadris sem mostra nada além do que já mostra, ou seja, suas panturrilhas.

Sim, ela ama a peça o suficiente para ficar horas falando dela.

Decidiu por um cordão dourado com uma pequena esmeralda de pingente e os brincos que compõe o conjunto, por último seu inseparável anel. Fez uma trancinha bem pequena em cada lado da cabeça e as usou para prender o resto do cabelo em um rabo de cavalo, seus cachos castanhos de brilho cobre são longos o suficiente para tal proeza. De maquiagem usou apenas rímel e batom, dessa parte não gostava muito e sua pele morena estava boa o suficiente para ficar sem o famoso reboco; por último e não menos importante, um sapato de salto baixo nos pés, a cor do par? Preto.

Pronta!

Ao ver a sobrinha descendo as escadas com dificuldade devido o peso de sua mala e a gaiola de sua coruja tão preta quanto piche, Noir, Fleamont se pós a ajudar-Deixa que eu carrego-e a menina agradece com um sorriso. Seu tio é um perfeito cavalheiro assim como o irmão, pai da Tete, era quando vivo e o seu velho sempre disse "Homens que prestam de verdade sempre foi algo escasso nesse mundo, então, não importa o quanto demora case com alguém que a trate como eu o faço". Sem a esposa para ajudá-lo a ser o exemplo de marido que a filha deveria ter para si futuramente, ele precisou se esforçar mais em ser o exemplo de homem que a menina buscaria se unir quando a hora chegar.

Fleanor foi uma completo canalha antes de conhecer sua esposa, Merasmi, ela o mudou muito e quando o bebê nasceu essa mudança se aprofundou ainda mais, queria ter um menino e tinha certeza que seria; mas quando viu aquela pequena embrulhada na mantinha e sentiu a fragilidade de seu corpinho nas mãos, a lembrança de todas as pobres mulheres a quem iludiu e deixou de coração partido veio a sua mente. Ali ele percebeu que nunca deveria ter feito aquilo, pois se fizessem o mesmo a sua filha... seria incapaz de responder por suas ações. O pensamento de vê-la sofrer por um canalha, como o que ele foi, destruía seu coração. Faria de tudo para protege-la e uma das várias formas seria mostrando a ela o tipo de homem por quem deveria procurar, e para isso ele precisava ser o exemplo.

-Pensei que estávamos indo pegar o expresso para escola e não visitar a rainha da Inglaterra-a voz de James a puxa de sua mente. Ela observa o primo largado no sofá, calças jeans, camisa xadrez marrom de botões e um casaco marrom escuro.

-Como você tem coragem de sair assim?-pergunta ignorando a frase do primo e se aproxima-quase pensei que era um mendigo aí no sofá. Ainda mais com esse óculos horroroso e tufo de palha na cabeça-Thea como sempre tirando sarro do cabelo indomável do primo.

James afasta a mão da prima que pegou no seu cabelo com um tapa-Engraçadinha.

-Se comportem-ordena Euphemia descendo as escadas tão, se não mais, arrumada que a sobrinha-Tudo pronto, querido?

-Sim, só faltava você para irmos-respondeu o marido dando um selinho na esposa.

-Ainda não entendo porque se arrumam tanto-resmunga o menino se levantando e arrastando seu malão.

-O vestido de uma mulher é a sua armadura de guerra-o peito de Thea se estufa e seu nariz se empina ao responder-e sua...

-Beleza a arma, já sei já sei-o garoto revira os olhos.

-Se sabe por que pergunta, James?-rebate a mãe do mesmo-Thea não está mais do que certa. Uma mulher tem sempre que estar pronta para guerra. Pegou tudo que pode precisar, querida?

Thea PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora